Às 0h00 do dia 15 de fevereiro entra em vigor o cessar-fogo. Os mais
otimistas até já felicitaram o nosso blogue pela “paz na Ucrânia”. Os mais
otimistas não sabem que na guerra que Sérvia moveu contra Croácia, o cessar-fogo
foi assinado 13 vezes. Até que a guerra realamente acabou e diversos criminosos
de guerra sérvios começaram ser despachados para a Haia...
Não sabemos quanto tempo irá durar o cessar-fogo assinado em Minsk, e até
que ponto os terroristas irão o respeitar. Para já se sabe, que nas últimas 48
horas, desde a noite negocial na capital da Belarus, entre 50 à 140 peças de
equipamentos militares russos entraram ilegalmente na Ucrânia. Pois, os
terroristas russos já deram entender que não irão acatar os acordos alcançados. Os
seus sagazes em “rpd” também afirmaram que na sua visão distorcida o
cessar-fogo, por exemplo, não é extensivo ao atual assalto em Debaltseve. Enfim,
apenas a vinda do armamento altamente defensivo e o despacho dos responsáveis
terroristas à Haia irá acabar com a guerra movida contra Ucrânia.
Pisky. Dois do “Donbas”
«Bandera na linha», – pode-se ouvir na rádio. Na localidade de Pisky
(arredores de Donetsk, nas mãos da forças ucranianas) decorre a troca da guarda.
por: Anna Tsyhyma, Andriy Bashtoviy
Trocando dois companheiros da companhia “Karpatska Sich” (Sich dos
Cárpatos), os voluntários “Donbas” e “Bandera” entraram em posições de combate.
Linha da frente. Realmente a “linha da frente”, na sua frente está uma faixa do
território neutro e logo depois as posições reforçadas dos terroristas russos. Para
cá voam os disparos dos morteiros e os mísseis dos “Grad”. Em frente das
posições (ucranianas) regularmente aparece o blindado inimigo, dispara e
desaparece.
Os rapazes mostram onde habitualmente fica o franco-atirador. Do outro lado
são regularmente vistos os corretores de fogo inimigos. Sistematicamente aparecem
os grupos de sabotagem terroristas. Ninguém vive nas imediações destas posições,
qualquer movimento detectado é recebido com o fogo das metralhadoras e morteiros
RPG.
Ambos têm um pouco mais que 20 anos, mas as memórias da guerra, em apenas
um ano reuniram que cheguem para algumas vidas. Participaram na batalha de
Popasna, no cerco de Ilovaysk. Ambos, como voluntários do batalhão “Donbas”. O
companheiro “Donbas” quase pagou com a vida pelo tatuagem patriótica que tinha no
pescoço, quando passou pela cativeiro dos terroristas, após o cerco
de Ilovaysk. Conta que tive sorte e fugiu, durante alguns dias caminhou até
chegar à sua casa, comia pelo caminho o que apanhava. Ele se tornou “Donbas” já em
“Karpatska Sich”, antes disso, era conhecido como “Biliy” (Branco).
As memórias mais difíceis são sobre os companheiros tombados na batalha que
não conseguiram retirar do campo de batalha, ou quando os retiravam após alguns
dias de espera. Ao «Bandera» não foi fácil voltar para casa: os pais pediam que não volte
para a guerra, dificuldades de dormir: «Eu não conseguia dormir, na cabeça
passavam as imagens das batalhas…»
Enquanto observam a linha da frente, contam:
– Foi para a guerra, para que não cheguem na minha casa, para que não
matem, não estuprem. Tenho mais pena é das crianças e das mulheres, são gente pacífica,
não têm culpa de nada…
– De um lado, eu até talvez os entendo em algum ponto, do outro lado não
entendo nada… Por exemplo, se «dnr» ou «lnr» estivessem sob a bandeira
ucraniana, não sob a bandeira russa, tal como na Maydan, assim mesmo, se
manifestariam contra o poder (político), tudo seria bem diferente. Ninguém iria
disparar. Agora todo o país luta contra o leste.
Cada dia seu como se fosse último. Vivem não dia-após-dia, mas a
hora-após-hora... O irmão mais novo do “Donbas” também está na companhia “Karpatska
Sich”, mas sobre ele contaremos numa próxima estória do ciclo «Pisky».
Fonte:
Ver a reportagem, 9'59'':
https://www.youtube.com/watch?v=p5iLlZ8tGik
Os olhos da guerra
1º tenente Pavló Chayka, FAU |
Apenas olhem estes olhos, escreve o voluntário ucraniano Yuri Biryukov (Asas
de Phoenix), o 1º tenente Pavlo Chayka após combate que durou 9 horas.
Simplesmente o nosso herói (FONTE).
Acrescentamos que este é o olhar chamado Thousand-yard stare,
um dos sintomas da Desordem pós-traumática (PTSD), comum nos militares que
passaram pelas grandes sacrifícios e privações na guerra.
A nova artilharia ucraniana
O usuário @tombreadley publica a foto de canhão de longo alcance ucraniano, já equipado com o sistema computorizado básico, que ajuda aos militares ucranianos à ter a maior eficácia
no combate ao terrorismo russo (FONTE).
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