Por alguma razão politicamente incorrecta, Hollywood tem um gosto especial para atribuir os apelidos ucranianos aos inúmeros vilões e vilãs das suas diversas produções. É bastante difícil de acreditar que os vilões supostamente russos recebem os apelidos que terminam em –enko, –yenko, apenas pela “coincidência” ou porque os criativos “não sabem” distinguir as diversas origens étnicas.
Vejamos apenas alguns exemplos aleatórios:
No filme Iron Man 2 (2010), o super-vilão Ivan Vanko (Mickey Rourke), é o Chicote Negro que pretende destruir o Homem de Ferro. Apesar de possuir o apelido aparentemente ucraniano, no filme Ivan Vanko é filho de um cientista russo e na BD o seu pai era arménio. Curiosamente, o grupo dos vilões soviéticos Crimson Dynamo era composto na BD por 13 personagens (Boris Turgenev, Dmitri Bukharin, Gennady Gavrilov, etc.), apenas um deles teve o apelido “ucraniano” e apenas esta personagem foi repescada para servir de vilão no filme...
Na série “Alias” (Vingadora), a mãe e a tia da heroína principal, Sydney Bristow (actriz Jennifer Garner), são agentes do KGB e as personagens globalmente negativas que se chamam Irina Derevko (Lena Olin) e Katya Derevko (Isabella Rossellini).
No filme “Death Race” (Corrida Mortal), um dos vilões tem o apelido Pachenko (Max Ryan), curiosamente, o filme é dirigido pelo realizador Paul Anderson, actual marido da ucraniana Milla Jovovich. É de notar que no original do remake, filme “Death Race 2000” (Corrida da Morte – Ano 2000), estrelado por David Carradine e Sylvester Stallone em 1975 não existiu nenhuma personagem com o apelido ucraniano.
No filme “Crimson Tide” (Maré Vermelha), uma rebelião armada na Rússia comandada pelo ultra-nacionalista russo chamado Vladimir Radchenko (Daniel von Bargen), toma de assalto o arsenal nuclear para atacar os EUA.
No filme “Santo”, o poder na Rússia está prestes a cair nas mãos do ultra-nacionalista russo Ivan Tretiak (Rade Serbedzija), outro mau da fita é o seu filho Ilya Tretiak (Valeri Nikolaev).
Alem disso, várias vezes vemos nos filmes de Hollywood os vilões do KGB (ou as personagens soviéticas negativas, em geral), com os apelidos que acabam em –ko ou –enko, por exemplo Stas Siyanko (Oleg Shtefanko) no filme The Good Shepherd (O Bom Pastor). Claro que na vida real KGB teve vários operativos de origem ucraniana, mas não se percebe porque nas telas não aparecem os camaradas –in ou –ev.
Sem comentários:
Enviar um comentário