terça-feira, novembro 30, 2010

Frutos de uma arquitectura abençoada

Estado brasileiro de Paraná tem 200 igrejas ucranianas de madeira, mas muitas padecem por falta de manutenção e porque nem sempre são vistas como um património cultural a ser preservado.

por: Pollianna Milan

Obra de arte não tem religião. Mas na prática não é o que parece. Pelos quatro cantos do país é fácil encontrar igrejas que estão a ponto de ruir. Diria o arcebispo de Juiz de Fora, dom Gil Antonio Moreira, presidente da comissão de bens culturais da regional Leste, que as casas de Deus representam 60% das obras artísticas do país.
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O problema é que muitas estão abandonadas porque esbarram em uma questão de crença: quem não é religioso normalmente não se interessa em saber quais foram as técnicas construtivas aplicadas nesses verdadeiros templos arquitectónicos. E pior. Há padres rezando por aí que igrejinha de madeira é coisa de pobre: quando existe dinheiro, ele não é usado na conservação, mas com o intuito de derrubar tudo e construir a sonhada igreja de alvenaria, mais moderna. “Antes ainda existia a aura de que se estragar é pecado. Hoje nem isso”, afirma o arquitecto Key Imaguire, que estuda a arquitectura de madeira no estado.
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É no interior do Paraná que estão escondidas as verdadeiras relíquias de madeira, muitas desconhecidas por grande parte dos próprios paranaenses. Ao todo, são cerca de 200: 25 delas foram catalogadas em um dossiê arquitectónico que virou livro, intitulado Igrejas Ucranianas: arquitectura da imigração no Paraná.

O estudo desta arquitectura é uma lição de herança cultural, da relação do homem que chegou por aqui (no caso os ucranianos) com o ambiente que encontrou, com a matéria-prima que necessitava para reconstruir sua identidade. Não por acaso, três das igrejas construídas por esses imigrantes já têm tombamento estadual e duas estão com processo de tombamento (protecção) federal. “Não sei se o tombamento é a melhor alternativa, porque pode engessar. É lógico que se for tombado e vir o recurso [como em Antonio Olinto], óptimo. Caso contrário, é importante trabalhar com a comunidade para explicar a importância da manutenção e do que não deve ser feito, para que não se cometam besteiras durante a reforma”, explica Key.

Bónus

O estudo das 25 igrejas está no livro “Igrejas Ucranianas: arquitetura da imigração no Paraná”, dos arquitectos Fábio Domingos Batista, Sandra Magalhães Corrêa e Marialba Gaspar Imaguire. A obra é do Instituto Arquibrasil. Mais informações pelo telefone + 55 41 3252-7634.

Políticos portugueses sobre Holodomor

Discursos de dois políticos portugueses durante a comemoração do 77º aniversário de Holodomor – a Grande Fome da Ucrânia de 1932-1933 que se realizou no dia 28 de Novembro último em Lisboa, organizada pela Associação dos Ucranianos de Portugal.

No evento participou o Deputado da Assembleia da República da bancada do CDS-PP, presidente da Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, Dr. José Ribeiro e Castro

Ver noYouTube:
http://www.youtube.com/watch?v=Il8y83hbp3w


e a Deputada luso – ucraniana da Câmara Municipal de Lisboa pela PPM, Dra. Aline Gallasch-Hall

Ver no YouTube:
http://www.youtube.com/watch?v=_xO87DiCRz8

segunda-feira, novembro 29, 2010

Rússia ataca os direitos dos ucranianos

O Tribunal Supremo da Rússia ordenou em 24 de Novembro corrente a liquidação compulsiva da Autonomia Nacional – Cultural dos Ucranianos (FNKAU) da Rússia, informa a agência Interfax.

O iniciador da proibição da organização cultural ucraniana é o Ministério da Justiça da Federação Russa, que formalmente acusa FNKAU de “cometer irregularidades nas actividades económicas”.

As actividades de Autonomia Ucraniana foram suspensas em Outubro de 2009, mas o seu Presidente, Valeriy Semenenko continuava a intervir na imprensa, participar na vida pública, organizar os eventos, dedicados à memória das vítimas do Holodomor.

Essas actividades incomodaram o Ministério da Justiça russo, que recorreu ao tribunal, exigindo a proibição da organização ucraniana. O Ministério também se serviu da queixa de N. Zhuravliov, activista da fundação nacionalista russa “Otechestvo” (Pátria), que acusava FNKAU de “engajamento em actividades políticas e propaganda positiva dos seguidores de Stepan Bandera”. Activista russo acusava os ucranianos de “descarregar apenas o negativismo sobre a Rússia”.

Em sua defesa, Valeriy Semenenko, explicou ao Tribunal, que as suas intervenções na imprensa, as participações em diferentes actividades, constituíam a iniciativa privada de um cidadão russo e não do Presidente da FNKAU. Valeriy Semenenko também afirmou que acredita que o Ministério da Justiça russo deseja proibir a sua organização por razões políticas.

O ataque estatal contra as organizações ucranianas na Rússia começou em 2009, quando o primeiro vice – presidente da União dos Ucranianos da Rússia (OUR), cidadão ucraniano Yuriy Kononenko foi impedido de entrar no território russo, onde reside a sua família. Os guardas – fronteira russos, o informaram que a sua entrada é proibida por instruções dadas pelos “órgãos competentes”, mas incógnitos.

Quer FNKAU, quer OUR funcionavam activamente na Rússia desde o início dos anos 2000. Ambas organizações ucranianas costumavam ser acusadas pela imprensa e circuitos xenófobos russos de fazerem propaganda de “valores nacionalistas” (ucranianos) e “glorificar” os heróis ucranianos como Ivan Mazepa ou Stepan Bandera.

Fonte

Página independente dos ucranianos da Rússia “Kobza”

Blogueiro

Não consigo imaginar por exemplo o Ministério da Justiça da República Portuguesa proibindo uma associação moçambicana por esta “glorificar” Eduardo Mondlane ou Samora Machel, nem encerrando uma associação brasileira por seus membros “glorificarem” o legado do Tiradentes

sexta-feira, novembro 26, 2010

Recordar Holodomor em Lisboa

A Associação dos Ucranianos de Portugal convida todos os interessados a participar na comemoração do 77º aniversário de um dos maiores genocídios do século XX: Holodomor – a Grande Fome da Ucrânia de 1932-1933 que se irá realizar no dia 28 de Novembro de 2010 na praça Martim Moniz em Lisboa às 11h00.

Bónus:

Congressista democrata Mike Quigley (5° Distrito de Illinois) recorda a tragédia do Holodomor Ucraniano no plenário do Congresso dos EUA (House of Representatives).

Ver no YouTube:
http://www.youtube.com/watch?v=InfJSsThAWc

Recordar as vítimas do Holodomor

O Comité Público de Homenagem a Memória das Vítimas do HolodomorGenocídio de 1932-1933, exorta os cidadãos a acender as velas no dia 27 de Novembro em memória de milhões assassinados pela fome.

Os membros do Comité exortam todas as pessoas de boa vontade, independentemente da sua nacionalidade, cidadania e religião, todos os que compartilham a dor e o sofrimento do povo ucraniano, acender uma vela no dia 27 de Novembro, às 16h00 em memória daqueles que foram vítimas da fome”, – informou o membro do Comité, Dr. Ivan Vasyunyk, citado pela agência de notícias UNIAN.

Representante do Comité, Yevhen Svestyuk explicou que não se pretende politizar a comemoração do Holodomor. “Acender a vela de memória, recordar nas igrejas aqueles que foram enterrados sem o direito à missa, não há necessidade de politizar o evento. Queremos despertar na sociedade o espírito da memória” – explicou ele.

Até hoje, o actual governo ucraniano não anunciou a sua posição oficial sobre a forma de como pretende homenagear as vítimas do Holodomor em 2010. “Esperamos ouvir a posição do governo sobre as iniciativas que o governo vai ou não vai adoptar em 27 de Novembro”, disse Ivan Vasyunyk.

Exactamente pela falta de uma posição clara das autoridades ucranianas, por iniciativa da sociedade civil foi criado o Comité Público de Homenagem a Memória das Vítimas do Holodomor – Genocídio de 1932-1933.

Fazem parte do Comité várias personalidades da sociedade civil ucraniana: Académico Ihor Yukhnovskyi; escritor e ex-dissidente Yevhen Svestyuk, ex-vice – primeiro-ministro Mykola Zhulynskiy, cantora lírica Nina Matviyenko, entre outros.

O Comité, também apelou a todas as igrejas e organizações religiosas da Ucrânia para sediar os eventos de oração e participação das cerimónias de luto, para recordar as vítimas do Holodomor. O Comité exortou os partidos políticos, ONGs e outras instituições da sociedade civil a não usar os símbolos partidários, mas apenas as bandeiras nacionais e as faixas de luto nacional durante a sua participação nas acções solenes em Kyiv, outras cidades ucranianas e da Diáspora, programadas para o dia 27 de Novembro de 2010.

Anualmente, no quarto sábado de Novembro, Ucrânia comemora o Dia da Memória do Holodomor e das repressões políticas, recorda UNIAN.

Bónus

A página dedicada ao Holodomor (na versão censurada) foi reinstalada no site oficial do presidente da Ucrânia (com a última actualização datada de 26 de Novembro de 2009).

Na noite da inauguração oficial do Victor Yanukovich como presidente ucraniano, a página do Holodomor foi retirada do site oficial. Em Abril de 2010, respondendo a pergunta dos deputados da Assembleia Parlamentar em Estrasburgo, Yanukovich afirmou que Holodomor não pode ser considerado como genocídio. “Eram consequências do regime totalitário de Stalin … Isso foi a tragédia, tragédia conjunta dos países que faziam parte da URSS”, cita UNIAN.

É de notar também, que a página do Holodomor só está presente nas versões ucraniana e russa do site oficial, já na versão inglesa é ausente qualquer menção do Holodomor.

Conferir a página oficail de Yanukovich

PME’s contra o Código Tributário

Durante o quarto dia executivo, os representantes das PME’s ucranianas não arredam o pé da Praça de Independência em Kyiv, protestando contra a aprovação do novo Código Tributário.

A maior crítica feita pelas PMS’s ucranianas e pelos trabalhadores por conta de outrem, se prende ao facto do que o novo Código tributário “cortará” os seus parcos rendimentos em cerca de 50%. Na altura, em que o sacrifício deve ser de todos, os grandes grupos industriais e oligárquicas do país, usam o lobby do partido no poder, para escapar à qualquer exercício de “solidariedade social”.

Os grevistas continuam discursar desde o palco improvisado na praça central de Kyiv, tentam organizar a sua vida nas tendas (no dia 25 de Novembro, o termómetro mostrava 4°C na capital ucraniana). Os presentes gritaram a palavra de ordem “Veto!”, quanto a caravana presidencial de Victor Yanukovich passou pela avenida Khreshatyk, que cruza o centro da cidade.

Os representantes do poder e do empresariado já acordaram as cinco possíveis mudanças importantes no Código Tributário, na parte do pagamento simplificado dos impostos. Ao mesmo tempo os organizadores da acção afirmaram que nas negociações com o primeiro vice – primeiro – ministro Andriy Klyuev participa o grupo que não representa os interesses de toda a classe empresarial.

Fonte & Foto Mustafa Nayem

Blogueiro:

Ontem, os protestos ucranianos não foram demonstrados nem na RTPi, nem na CNN, nem na Aljazeera English... Não será porque a União Europeia sai a lucrar com o descontentamento dos ucranianos? A classe média é a faixa da sociedade mais atingida pelo novo código draconiano e a classe média é primeira a pensar em emigrar para os países da EU, onde apesar das dificuldades económicas, falta a mão-de-obra qualificada em vários sectores de economia.

terça-feira, novembro 23, 2010

Reconhecer Holodomor como genocídio!

Ao Presidente da Ucrânia
Sr. Viktor Yanukovich


Caro Sr. Presidente,

No dia 27 de Abril de 2010 durante a Sessão da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, o senhor declarou que o reconhecimento do Holodomor como genocídio de um povo específico, em oposição aos outros é inadequado e injusto. A sua declaração violou a Lei ucraniana sobre a negação do Holodomor de 1932-33.

A divulgação da verdade histórica sobre a Ucrânia no meu país de residência é muito importante para mim. Sr. Presidente, peço-lhe para reconhecer publicamente o Holodomor como um acto de genocídio contra o povo ucraniano e para garantir que a Lei da Ucrânia sobre o Holodomor de 1932-33 mantenha a definição do Holodomor como o acto do genocídio.

Respeitosamente,

Patrocinado pelo Comité Internacional de Sensibilização do Holodomor do Congresso Mundial Ucraniano (SKU).

Assine a petição agora!

segunda-feira, novembro 22, 2010

Dr. Rost eleito deputado

Dr. Rostislav Chaplynskiy (conhecido em Moçambique como Dr. Rost), médico anestesista ucraniano que deu 12 anos da sua vida ao serviço da saúde em Moçambique, foi eleito deputado na Ucrânia.

Dr. Rost, que trabalhou nos Hospitais Provinciais de Xai-Xai e Inhambane e no Hospital Central de Maputo (ler aqui e aqui), foi eleito nas últimas eleições municipais da Ucrânia como deputado da Câmara Municipal de Sambir pela União Eleitoral “Liberdade” (VO Svoboda).

Muitos parabéns, força e saúde para lutar pela Ucrânia e uma prenda virtual que pode ser bastante útil no seu futuro trabalho…

Bazar ou acontecimentos irreais

O desenho animado ucraniano “Bazar ou acontecimentos irreais” (Chortkiv, 2010) consegue captar na perfeição a essência da vida contemporânea na Ucrânia Ocidental (Galiza Ucraniana).

A emigração laboral massificada na Europa Ocidental; economia de bazar (já não a socialista, mas ainda não totalmente de mercado); a polícia pouco competente, bruta e corrupta; crendice (chupacabra ucraniana); forte influência da Igreja Grego – Católica Ucraniana, etc.

Frase: Vujko, os bichos vão morrer do seu veneno? Morrer, não morrem, mas não vão ter aquela saúde é de certeza!

Na produção do cartoon foram gastos 4 kg de plasticina e muitos nervos do chefe do projecto Oleh Marchak, nenhuma criatura viva foi machucada e até o gato está de boa saúde. Qualquer semelhança com os acontecimentos ou as personagens reais é aleatória. Não acreditem no alferes Khabarchenko, a chupacabra está em liberdade!

Produção & Autores:
Estúdio infantil “Shevchenko 64 Production”; Núcleo de arte fotográfica “Pervocvit”. Chefe da Produção: Oleh Marchak; criação de figurinos de plasticina: Tania Yasinchuk.

Ver no YouTube:
http://www.youtube.com/watch?v=PQbOb-dWKrw

domingo, novembro 21, 2010

Nome do Ivan Pinsel ao aeroporto de Lviv!

O blogue Ucrânia – Moçambique se junta à iniciativa da revista ucraniana "Ї" que propõe atribuir o nome do Ivan Pinsel ao aeroporto internacional de Lviv.

Em todo o mundo existe a tradição de atribuir os nomes próprios aos aeroportos. Frédéric Chopin em Varsóvia, Charles de Gaulle em Paris, Ben-Gurion em Telavive. Além de tudo o resto é a promoção de um país que se inicia, por assim dizer, desde a manga do aeroporto.

Porque não chamar o recentemente renovado aeroporto internacional de Lviv, entrada aérea de toda a Ucrânia Ocidental, com o nome de Ivan Pinsel?

Primeiro, isso é simplesmente bonito.

Segundo, o nome de um grande artista, escultor da época barroco, Ivan Pinsel não deve suscitar nenhumas objecções (especialmente para o Ministro da Educação da Ucrânia, D. Tabachnyk: Pinsel morreu à muito tempo e já muito tempo é considerado com o clássico da arte mundial).

Terceiro, as obras de Pinsel são preservados e salvos em Lviv e exactamente o seu nome poderia se tornar o brand único, que tão falta ao Lviv. Desde o aeroporto com o seu nome, até os doces e anjos de recordação de Pinsel.

Quarto, tendo em conta a biografia incomum e misteriosa deste escultor, vários países têm a tentação de o “puxar” até si. Chamando o aeroporto de Lviv com o nome de Pinsel, o nome deste grande mestre para sempre será ligado a Ucrânia. Isso é absolutamente lógico, pois ele criava em Lviv e na Ucrânia Ocidental, quase todas as suas obras são preservadas apenas aqui.

Quinto, e isso é muito importante, o nome Pinsel não é difícil para a compreensão dos estrangeiros, pois não possui as letras como as “sh” ou as “jotas”. Aeroporto Pinsel – todo o mundo entende.

Sexto, Pinsel esculpiu tantas criaturas celestiais com asas (os famosos anjos e querubins), que o aeroporto com o seu nome será uma bela continuação do tema principal da sua criação e irá adicionar o estilo inimitável ao design do edifício do aeroporto.

Poderá haver muitos outros argumentos, até um empurrão para o desenvolvimento e a renovação do Museu Pinsel em Lviv, que neste momento sobrevive com todas as dificuldades. Será pena, se essa oportunidade será perdida e o aeroporto de Lviv não se tornará único e claramente identificável em todo o mundo. Pois isso não é apenas bonito, mas também é muito necessário ao desenvolvimento de Lviv e da sua imagem.

Se você quer apoiar a iniciativa de atribuir o nome de Pinsel ao aeroporto de Lviv, pode enviar o seu nome, apelido, profissão e a cidade de residência para o seguinte e-mail: jimagazinearrobamailpontolvivdotua.

Todas as assinaturas serão publicadas na página WEB da revista "Ї", caso se conseguir o número suficiente de assinaturas, será possível apelar às instituições que tem a competência para tratar este tipo de questões.

De repente iremos conseguir?

Fonte & lista de assinaturas na revista “Ї”

sábado, novembro 20, 2010

Doces da Ucrânia Soviética


Após a queda da República Popular da Ucrânia em 1920 e a criação da República Socialista Soviética da Ucrânia, o novo poder instalado iniciou o profundo processo da ucrainização, optando, por exemplo, pela adaptação da ortografia ucraniana conhecida como skrypnikivka (em nome do “pai” da ucrainização, Mykola Skrypnyk), classificada em 1933 pelo Stalin como “nacionalista”.

A colecção de 14 etiquetas que se seguem são de diversos doces ucranianos produzidos no país entre 1920 – 1930, cujos nomes na maioria dos casos são escritos neste idioma “ucraniano nacionalista”, antes que a onda de repressões estalinistas se abateu sobre a Ucrânia socialista.

№ 1 Caramelo Arak (provavelmente na base de anis). Sociedade Alimentícia de Kyiv, Fábrica Estatal de Pastelaria Karl Marx

№ 2 Caramelo “Barbarys”, Fábrica Estatal “Pasteleiro Vermelho” de Kharkiv.

№ 3 Caramelo “Benedyktyn” – Sociedade Alimentícia de Kyiv, Fábrica K. Marx. Os doces soviéticos em tributo à ordem católica de São Bento

№ 4 Chocolate “Rótulo Vermelho”, Comissariado Popular de Fornecimentos. Fábrica Estatal de Pastelaria Karl Marx. União de Pastelaria da Ucrânia. Kyiv – (bairro de) Stalinka (nome histórico Demiїvka).

№ 5 “Citrino” era produzido pala Fábrica Estatal de Doces “Tremas” Primeiro de Maio em Kyiv no bairro de Petrivka (baixa de Kyiv).

№ 6 Doce “Infantil”. Sociedade Alimentícia de Kyiv, Fábrica Estatal de Pastelaria Karl Marx.

№ 7 “Café com Licor”. Kyiv – Fábrica K. Marx

№ 8 Mais um “Café com Licor”. Kyiv – Fábrica K. Marx

№ 9 Simplesmente “De Licor”. USRR – República Soviética Socialista da Ucrânia, assim a Ucrânia se chamava antes de 1937 (ano de aprovação de nova Constituição da União Soviética). Abreviatura V. R. N. G. significa Conselho Superior da Economia Popular análogo ao Ministério do Comércio. VRNG da Ucrânia existia no período entre 1920 à 1932.

№ 10 Doce “Urso Siberiano” era fabricado em Kyiv na Cooperativa dos Pasteleiros Inválidos “Inválido – Alimentador” que fazia parte da União Distrital de Cooperativas. No seu endereço, Spaska № 1 hoje se situa um edifício de escritórios.

№ 11 Doce “Morango” não revela o endereço do seu produtor. Falador é achado do espião! Fábrica de Doces Primeiro de Maio. Kyiv no bairro de Petrivka (baixa de Kyiv).

№ 12 Doce “Groselha Negra”. Kyiv – Fábrica K. Marx

№ 13 “Morango Silvestre” (única etiqueta bilingue em ucraniano e russo). Fábrica de doces “Crepúsculo Vermelho”. Cooperativa da Sociedade dos Inválidos “Lavouro”, cidade de Bila Tserkva.

№ 14 Doce “Caramelo de nata”

Mais etiquetas no álbum do coleccionador internetdengi

Fonte & Imagens

sexta-feira, novembro 19, 2010

Iván que veio de longe

Entre o Paraná e a Ucrânia não existe apenas o sentimento dos imigrantes que aqui se enraizaram desde a metade do século passado (desde 1891). Existe também um cineasta que transforma esse sentimento em filmes. Guto Pasko é o seu nome.

por: Carlos Alberto Mattos

Há três anos ele fez o documentário de longa-metragem Made in Ucrânia, muito apreciado no sul do país. Em meio a um painel de descendentes, historiadores e cenas do quotidiano da colónia paranaense, Guto levava uma personagem à Ucrânia para conhecer parentes que nunca haviam saído da terra natal (leia matéria no DocBlog e veja o trailer do filme).

Em Agosto último, ele repetiu a aventura, levando dessa vez outro personagem de Made in Ucrânia para rever uma irmã que não via há quase 70 anos. O emocionado reencontro se deu na cidade sulista de Mykolaiv, perto de Odessa.

Iván Boiko, hoje com 91 anos, foi expatriado para a Alemanha nazista em 1942 depois de se oferecer para ir no lugar da irmã mais velha, conforme as ordens do exército ocupante. Ele passou por trabalhos forçados e, em 1948, chegou ao Brasil com a mulher e a filha recém-nascida. Trabalhou por 27 anos como costureiro da Polícia Militar do Paraná e actuou na preservação da cultura ucraniana no Brasil. Fabricou a primeira bandura em terras brasileiras, instrumento musical típico da Ucrânia, e tornou-se referência nesse mister. Depois de ver Made in Ucrânia, o velho Iván resolveu confiar a Guto Pasko os seus diários, lavrados em letra miúda em pequenos cadernos de espiral.

A nova longa-metragem Ivan – de Volta para o Passado vai contar tudo isso a partir de quatro eixos narrativos: a memória/história de Iván Boiko; a viagem à Ucrânia; o instrumento bandura; e uma apresentação especial da Capela de Banduristas Fialka, de Curitiba. Actualmente, Guto está às voltas com mais de 200 horas de material na ilha de edição. Para maiores detalhes sobre a trajectória de Iván Boiko e o projecto do filme, leia esta matéria da Gazeta do Povo.

Apaixonado pelo tema da imigração, Guto Pasko tem produzido episódios de ficção para a RPCTV (a Globo do Paraná). Dois deles, já exibidos, podem ser vistos no YouTube: O Herói de Cruz Machado, sobre a saga da imigração polonesa; e O Casamento de Dalila, que aborda conflitos étnicos entre ucranianos e polacos em Prudentópolis (Paraná), cidade natal do director.

Fonte
Foto@ Iván Boiko e Guto Pasko na Ucrânia.

quinta-feira, novembro 18, 2010

O esquecido cinema ucraniano

A década de 1920 – 1930 se revelou como época dourada do cinema ucraniano. Realizadores como Oleksander Dovzhenko ou Dziga Vertov produziam na Ucrânia as suas obras que revolucionavam o processo cinematográfico, fazendo parte da clássica do cinema mundial.

Desde os meados dos anos 1920 a Direcção de Fotografia e Cinema da Ucrânia (VUFKU) chegou aos níveis da produção que permitiram a exportação dos filmes ucranianos para o estrangeiro.

Em 1924-1925 os filmes ucranianos representavam 7% dos lucros nos cinemas da Rússia Soviética, em 1927 – 39%, em 1928 – 20% de toda a produção cinematográfica soviética.

No fim de 1927, o director do VUFKU, O. Shub prognosticou que nos próximos anos a Ucrânia chegará a produção de 100 filmes por ano: “Cem filmes por ano, mesmo se não forem totalmente vendidos no Ocidente darão alguns milhões em divisas ao cinematografia ucraniana”. Planeava-se que cada filme teria até 70 cópias.

O cinema ucraniano dava bons lucros das vendas no Ocidente. Em 1926 a Ucrânia se torna o 2° (após os EUA) fornecedor dos filmes estrangeiros na Alemanha.

À partir de 1925 VUFKU começa editar a sua própria revista “Kino” (Revista da Cinematografia Ucraniana). Um dos autores cativos, e de facto, o redactor-chefe da revista era o escritor ucraniano Mykola Bazhan. Além disso, nas páginas da revista regularmente escreviam os realizadores, guionistas, actores e administradores.

A revista “Kino” era recebida nas bibliotecas públicas de Paris e Londres, biblioteca académica de Praga, biblioteca de cinema em Berlim.

Na imagem: poster do filme do realizador Dziga Vertov (diz-se que ele inventou a técnica de montagem hoje usada nos clipes vídeo) “Entusiasmo” (outro título “Sintonia de Donbass”), que se tornou o primeiro filme sonoro ucraniano e soviético.

Capas e publicações da revista “Kino”

quarta-feira, novembro 17, 2010

Recordar Holodomor nos EUA

Este ano marca o 77° aniversário do Holodomor, um dos capítulos mais sombrios da história da Ucrânia, o genocídio soviético de 1932-33, que resultou na morte de milhões de homens, mulheres e crianças inocentes.

Como ucranianos, é o nosso dever honrar e lembrar as vítimas deste crime terrível. Ao manter a sua memória eterna, podemos recordar às pessoas os crimes hediondos, para que estes nunca se repetem.

A comemoração deste ano será realizada no dia 20 de Novembro, com o início às 14h00 na Catedral de São Patrick, localizada na esquina da 5ª Avenida com a Rua 51 em Nova Iorque. Após o serviço de missa solene celebrada em conjunto pela Igreja Ortodoxa e Igreja Grego – Católica Ucraniana, com a participação do Coro ucraniano Dumka, oradores proeminentes da comunidade ucraniana e americana discursarão perante a plateia presente.

O UCCA e SUSTA convidam todos os seus membros e simpatizantes a participar nesta cerimónia em Nova Iorque e recordar as vítimas do Holodomor que morreram de fome em 1932-1933.

Se tiver dúvidas ou precisar de informações adicionais, por favor contacte o Escritório Nacional de UCCA pelo telefone (212) 228-6840 ou pelo e-mail: uccaarrobauccapontoorg

Tamara Gallo Olexy (Presidente da UCCA)
Vera Partem (Presidente da SUSTA)

Moscovitas em Lviv

O passeio romântico de moscovitas enamorados: Daria e “Professor Louco” Nikolya pelas ruas e praças de Lviv foi captado pela câmara do fotógrafo ucraniano Maksym Balandyukh.
Ver fotos (26): http://zirvygolova.livejournal.com/148403.html

terça-feira, novembro 16, 2010

PME’s ucranianas contra o Código Tributário

Os representantes das PME’s ucranianas apareceram em massa na capital ucraniana, Kyiv, para protestar contra o novo Código Tributário do governo do Partido das Regiões.

A página WEB Pravda Ucraniana informa que parlamento ucraniano (Rada Suprema) é cercado por uma multidão de mais de 10.000 pessoas e o seu número continua a aumentar. Os representantes da classe empresarial cortaram parcialmente a rua Hrushevski, artéria que liga a Praça de Independência ao edifício do parlamento.

Entre os participantes estão os empresários das províncias de Dnipropetrovsk, Luhansk, Donetsk, Kyrovohrad, Sumy, Odessa, Chernivtsi, Lviv e Zhyromyr. Alguns participantes contam que a polícia de trânsito tentava impedir a chegada dos autocarros vindos das províncias a Kyiv.

Os empresários seguram os dísticos com os slogans: “Impostos são mais altos do que os lucros! Deixem trabalhar honestamente”, “Adaptação do Código Tributário – crime contra o povo indefeso da Ucrânia!”, “Donbas contra o terror tributário”, “Hoje – (Código) Tributário, amanha – de Trabalho, depois de manha – escravatura?!

Na praceta em frente do parlamento as pessoas presentes tocam as panelas vazias e os tambores, gritam “Vergonha!” e escutam a música. A edição on-line do jornal Notícias Ucranianas escreve que vários carros de táxi em Kyiv ostentam as cores da bandeira nacional, os seus motoristas buzinam, aumentando deste modo o barulho geral.

O edifício do parlamento é guarnecido pela polícia, cerca de 10 autocarros de polícia de choque estão estacionados no parque Maryinski, junto ao parlamento.

Como foi anunciado, hoje a Rada Suprema irá debater o projecto do novo Código Tributário, da responsabilidade da coligação Partido das Regiões & Partido Comunista.

Ver no YouTube:
http://www.youtube.com/watch?v=ZqQIxS43bZg


Blogeiro

A maioria do empresariado presente é originária das províncias ucranianas do Leste, a base de apoio do Partido das Regiões. Mas o partidão parece não tem nenhum interesse em apoiar as PMS’s nacionais, optando por favorecer os grandes grupos oligárquicos ou o capital estrangeiro.

segunda-feira, novembro 15, 2010

Les Cahiers Ukrainiens

A editora francesa Editions Futuropolis apresenta a BD “Les Cahiers ukrainiens: Mémoires du temps de l’URSS” (9782754802666), por Igort, 176 páginas coloridas, preço: 22 €.

“Cadernos ucranianos (memórias dos tempos soviéticos”) é uma série de memórias em forma de banda desenhada sobre a história da Ucrânia, desenhada pelo autor italiano Igort. O estilo e o género desta BD são específicos, eles imitam o estilo gráfico e literário da propaganda soviética da época. Mas também são populares, a edição italiana de 10.000 exemplares esgotou, acaba de sair a versão francesa, para breve é esperada a versão alemã, espanhola e inglesa.

Este mergulho da história do século XX é necessário, para entender melhor os países do espaço pós – soviético, que neste momento auto descobrem-se eles próprios”, escreve o crítico francês.

Temos a informação sobre os horrores da ditadura comunista, mas poucos sabem sobre a tragédia assustadora do povo ucraniano, que passava a fome pela vontade de uma única pessoa, – acrescenta outro. “Cadernos ucranianos” merecem absolutamente para serem incluídos nos livros da história”.

Na base do livro estão quatro novelas gráficas – memórias de quatro pessoas comuns, os destinos dos quais foram marcadas pelos períodos cruéis da história do século XX.

Serafima Andriyivna contou sobre Holodomor de 1932-1933, Mykola Vasylyovych lembra a ocupação alemã e os anos pós – guerra de Stalin e Brejnev.

Maria Ivanivna recorda como na década de 1930 as carroças cheios de cadáveres passavam pelas ruas. Ela fica nostálgica pelos anos de Brejnev, quando a comida era barata, embora a roupa e o resto dos produtos só era possível de comprar apenas em prestações. Hoje, gastando todas as poupanças em medicamentos, Maria Ivanivna pede esmola e espera pela morte.

Mykola Ivanovych fica nostálgico pelos kolkhozes e sente-se perdido na Ucrânia actual.

***

Primeiramente a Ucrânia me parecia como algo incerto, como uma nuvem no céu soviético. Depois comecei visitar aquele país e os nomes exóticos que eu ouvia em criança – Kyiv, Odessa, Poltava, Sebasopol, Lviv, Yalta se transformavam nas paisagens concretas… E eu perguntava a mim mesmo: “Como a vida era aqui durante e após o comunismo?”

“Eu comecei trabalhar no kolkhoz. Eu era o veterinário, cuidava dos porcos… Na época de Stalin os camponeses anualmente entregavam ao kolkhoz 300 litros de leite, 50 kg da carne, 300 ovos. Todas as famílias, independentemente de número dos seus membros. Minha mãe era solteira e não conseguia alcançar estas quantidades, mesmo trabalhando no duro. Isso era um horror, que não me deixava dormir em paz… ”

Eles não encontraram nada e querem levar a vaca. – Eu o imploro, camarada.

Essa casa, como todas nesta aldeia, é feita de madeira, é untada com o barro misturado com estrume e pintada de branco. Ela é pequena e quente. “Eu achei dois raízes, e vocês? Nós nada”. Nossa avo cuidava de nós. Em frente tínhamos um inverno de muita neve. Nós não tínhamos pão.

Verão de 2008. Eu estou em Dnipropetrovsk – cidade no leste da Ucrânia com a população de 1.200 mil habitantes. Durante a guerra-fria, todos os mísseis soviéticos eram construídos aqui. Ainda 10 anos atrás nenhum estrangeiro poderia estar aqui. Agora tudo mudou. Da minha janela eu vejo o Dnipro calmo. Ao mesmo tempo, as torneiras há três dias estão sem água. Estes dias me pareciam a eternidade.

No mesmo ano de 2008, em Dnipropetrovsk se matou acidentalmente (?) na carreira de tiro o procurador local Shuba. (O autor mete na história a primeira-ministra Yulia_Timochenko e Kremlin com V. Putin).

Andriy diz que o seu pai fazia parte do Exército Vermelho. Como oficial, ele tinha que se filiar no partido comunista. Se recusar, não iria ter nenhuma chance de prosseguir com a carreira. Eles estavam inscritos na bicha para receber o apartamento anos sem fio. Finalmente, compraram o apartamento e o carro. Mas se separaram. Durante a guerra-fria as crianças cresciam por entre as fábricas de armamento na atmosfera de desconfiança total.

Ler mais (em francês) & comprar o livro:
http://www.bibliosurf.com/Les-Cahiers-ukrainiens-Memoires-du
http://culture.france2.fr/livres/bd/les-cahiers-ukrainiens-la-bd-temoignage-63907457.html

sexta-feira, novembro 12, 2010

Sandarmokh: oito porcento do corpo, sem contar com alma

Um dos mitos defendidos pela esquerda estalinista é o mito do que os campos de concentração soviéticos eram muito mais humanos do que os campos de concentração nazis. A verdade histórica demonstra uma realidade cruelmente diferente...

por: Vakhtang Kipiani, jornalista, historiador e redactor-chefe da página “Verdade Histórica”

... No Verão de 1937 a troika especial do Departamento do NKVD da província de Leninegrado (chefe do NKVD L. Zaykovski, o seu vice-chefe V. Garin e procurador da cidade de Leninegrado B. Pozner), condenou ao fuzilamento um grande grupo de pessoas (no total 1825 indivíduos), prisioneiros da Cadeia Especial de Solovki (em russo STON, palavra que em russo também significa o gemido).
Les Kurbas, o director teatral ucraniano
mais importante do século XX
Durante muitos anos não se sabia onde e como os carrascos vermelhos executaram a sua sentença bárbara. Falava-se de ilhas de Solovki, existia a versão, segundo a qual os prisioneiros foram colocados nos barcos, afundados em seguida no Mar Branco, e finalmente temos nas mãos os documentos do arquivo especial do KGB (hoje FSB da República da Carélia).

Cada processo tem um marco de “Absolutamente secreto”. Mesmo mortos, os fuzilados eram testemunhas perigosas contra o regime soviético.
Valerian Pidmohylny, escritor e tradutor ucraniano,
representante mais prominente do "renascimiento fuzilado" ucraniano
No dia 16 de Outubro de 1937, o comissário do NKVD da 1ª categoria, Zaykovski, prepara dois documentos: o primeiro é dirigido ao chefe do STON, camarada Apeter com a ordem de “entregar imediatamente 1116 pessoas condenadas ao fuzilamento ao cuidado do enviado para a execução da sentença ... capitão da NKVD cam(arada) Matveev M. R.”, o segundo documento é a disposição pessoal ao Matveev, com o marco “apenas pessoal” com a ordem “fuzilar”.
Volodymyr Chekhivsky, figura política e pública, 1º Ministro da República Popular da Ucrânia
(1917-1919), um dos fundadores da Igreja Autocéfala Ortodoxa Ucraniana (UAPC)
O assassínio em massa das pessoas inocentes foi executado em três tempos.

O último grupo (198 prisioneiros) foi fuzilado na ilha Grande Solovki na área da “missão especial” de Isakovo no dia 17 de Fevereiro de 1938. Antes disso, um grupo de 509 prisioneiros do STON foi levado até a cidade de Leninegrado (os documentos da execução da sentença foram assinados pelo primeiro tenente A. Polikarpov).
Hrygoriy Epic, escritor, tradutor e publicista,
membro do "renascimiento fuzilado" ucraniano
O destino dos 1116 condenados era desconhecido. Agora sabemos que no dia 27 de outubro Matveev fuzilou 208 pessoas, 2 de novembro – 108, 3 de novembro – 265, 4 de novembro – 248, nos próximos dias outros 210 pessoas. Cinco condenados à pena capital não chegaram ao destino da execução (um morreu na cadeia, outros quatro foram enviados para Leninegrado, Odessa e Kyiv e assassinados lá).
Mykola Kulish, escritor, director teatral e dramaturgo,
figura pública, editor e mestre da educação
O local exacto da sepultura dos 1111 mártires – 16º quilómetro da auto-estrada MedvezhyegorskPovenets na Carélia. Os documentos existentes permitem seguir a sua última marcha.

No dia 27 de outubro de 1937 na floresta de Sandarmokh, nos arredores da cidade russa de Medvezhyegorsk começaram os fuzilamentos dos prisioneiros políticos da “etapa de Solovki”. Eram 1111 pessoas no total. Cerca de metade eram russos, 163 – ucranianos; 135 judeus; 40 belarusos; 31 alemães; 30 polacos…
Dois dos fuzilados em Sandarmokh, o realizador teatral Les Kurbas e o escritor Mykola Kulish 
Lista dos fuzilados na floresta de Sandarmokh

Por mar eles foram trazidos até a vila de Kem, da lá, pelo caminho-de-ferro até Medvezhyegorsk, onde se situava a cadeia de isolamento pertencente ao Canal Mar Branco – Mar Báltico, com a capacidade mínima de 300 pessoas. Da cadeia, com as mãos amarradas, as pessoas eram transportadas até a floresta de Sandarmokh, onde Matveev pessoalmente (as vezes com ajuda do vice – comandante provincial do NKVD, Y. Alafer) fuzilava as pessoas com a bala de revolver na nuca.

Cada dia duzentos pessoas... Um trabalho normal de um chekista...
Mykola Zerov, poeta, crítico literario, tradutor da literatura ocidental medieval,
poliglota (dominava 20 idiomas), editor, cientista e profesor
No dia 10 de novembro o capitão avisou as chefias sobre o fim da tarefa e já no dia 20 de dezembro o esperava uma surpresa agradável – uma prenda valiosa e a Ordem da Estrela Vermelha “pela luta de sucesso contra a contra-revolução”. Uma testemunha contemporânea escrevia que Metveev “batia os contra-revolucionários com as estacas de bétula nas cabeças, nas costas – todos os que apareciam debaixo da sua mão quente”. Ele também fuzilava as pessoas “rapidamente, de forma precisa e inteligente”.

Após a queda do “inimigo do povo” Yezhov, os grandes e pequenos chefes da NKVD, eles próprios, entraram atrás das grades. Matveev também – acusado de “abuso do poder”.

Do protocolo de interrogatório do 13 de Março de 1939: “Pergunta: Você participou nas operações de execução das sentenças dos condenados à pena capital?

Resposta: Sim, nestas operações eu participei várias vezes, desde 1918, com intervalo entre 1923 à 1927. Em 1937 as sentenças eram executadas pessoalmente por mim, Matveev Mikhail Rodionovich e Alafer, os restantes membros do grupo tinham outras tarefas...”.
O capitão Matveev também foi prisioneiro do GULAG
Desta maneira, o assassino sádico também foi sentenciado. Ao mando da mesma “consciência revolucionária”.

Os locais da floresta, onde foram assassinados milhares de pessoas foram achados absolutamente ao acaso. Ainda nos anos 1950, um operador da escavadora do Povenets durante a construção de uma estrada encontrou os ossos humanos. E os enterrou, “longe do pecado”. Depois, mesmo antes de morrer, se confessou um dos moradores locais – participante nas acções de fuzilamentos da NKVD. Quarenta NKVDistas “trabalhavam” de noite, vivendo nas tendas sob a guarda. Tentando se justificar, dizia que se recusasse a matar, seria fuzilado ele próprio.

Em 1994, um operador da escavadora, trabalhando no areal em Sandarmokh outra vez encontrou os crânios com o buraco característico e ... outra vez os enterrou. Medo.
Matviy Yavorsky, historiador, ativista político,
académico da Academia Nacional de Ciências da Ucrânia
No dia 1 de Junho de 1997, o líder da Sociedade Memorial da Carélia, Yuriy Dmitriev, finalmente encontrou a primeira campa, a vala comum: “Vi no terreno a fossa de forma geométrica correcta – se a (fossa) é de 15 – 20 cm, na vala estão cerca de 40 pessoas”.
A cruz na floresta russa de Sandarmokh, em memória dos ucranianos
assassinados por regime comunista soviético
A pessoa deixa apenas oito por cento do seu volume. Pois a alma dos inocentes assassinados voa até o céu...

Fonte:
http://www.istpravda.com.ua/columns/2010/10/26/1398

quinta-feira, novembro 11, 2010

XVII Festival de Danças Ucranianas

No dia 13 de Novembro de 2010 às 19h00 será iniciado o Lançamento das Comemorações dos 120 anos da Imigração Ucraniana para o Brasil e terá lugar o XVII Festival Nacional de Danças Ucranianas no Teatro Guaíra em Curitiba no Brasil.

O grupo folclórico ucraniano Barvinok no ano em que comemora 80 anos de sua Fundação recebe o 17º Festival Nacional de Danças Ucranianas com a participação de 15 grupos folclóricos ucranianos vindos do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Os ingressos poderão ser adquiridos ao preço de R$ 15,00 nos seguintes locais:Secretaria da SUBRAS + 55 41 3224 5597; com os componentes do Barvinok, Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora – Padre Elias; Grupo Folclórico Ucraniano Poltava – Bilheteira do Teatro Guaíra.

Contamos com a presença de todos!
A Diretoria e Componentes
Fonte & História da emigração ucraniana no Brasil

Ver Barvinok nos ensaios (com as entrevistas):
http://www.youtube.com/watch?v=qE2EbTxCbrs

terça-feira, novembro 09, 2010

A mulher mais sexy de Moçambique

A edição on-line da revista Esquire elaborou um curioso atlas de mulheres mais sexy do mundo, procurando as beldades em 195 países.

A própria revista define a sua iniciativa como “um ataque ambicioso de curiosidade e anti – jingoísmo na busca da mulher que amamos ... em todos os países do planeta. Não necessariamente a mais sexy, mas ainda assim – um recurso”.

No caso moçambicano, a mulher mais sexy é Graça Machel, que é descrita pela Esquire em seguintes termos: “Sabe uma coisa ou duas sobre os casais poderosos: quando o Presidente Samora Machel morreu, ela casou-se com Nelson Mandela. Também é uma das mais importantes defensoras dos direitos de nosso tempo.”

Aqueles que vão encarar a lista do Esquire demasiadamente sério, devem ler o conselho da própria revista: Esqueça a Miss Universo. Bem, não completamente. Mas qual é o ponto de um concurso de beleza, na verdade? Não deveriam as mulheres do mundo serem admiradas por aquilo que elas são, mesmo se elas fiquem maningue nice em biquíni? É isso o que nós pensamos, afinal, quando Esquire.com se preparava no início de 2010 para encontrar exactamente o que encontramos na Minka Kelly, a mulher viva mais sexy do ano, entre 194 outras mulheres: algo diferente, algo belo, algo que revela um pouco mais sobre quem somos. Junte tudo isso com uma pequena ajuda dos editores de 17 edições internacionais da Esquire e, sim, você tem algumas faixas, mas também as presidentas, activistas de direitos humanos, modelos com os corações de ouro e essa actriz incrível da Índia. Nossa lista é altamente subjectiva e longe de ser científica – fique à vontade para encontrar o seu país nas fotos abaixo e sugere as alternativas – mas isso é um bocado como as Nações Unidas: útil apenas o suficiente para manter os miúdos da faculdade a estudar.

Poderá tentar conversar com as suas damas de eleição no Twitter ou Facebook.

E por último, a Ucrânia é representada na lista pela Yulia Timochenko, ex-primeira ministra da Ucrânia, hoje a líder da oposição nacional, chefe do bloco eleitoral BYUT e do partido Batkivshyna (Pátria).

Ler e ver mais:
The-sexiest-woman-alive

segunda-feira, novembro 08, 2010

Medalha Truman-Reagan do Prémio de Liberdade

No dia 9 de Novembro, a Embaixada da Lituânia nos EUA irá sediar a recepção comemorativa da entrega da Medalha Truman-Reagan do Prémio de Liberdade.

A recepção é organizada pelo Embaixador Sr. Zygimantas Pavilionis e pela Fundação Memorial Vítimas do Comunismo.

Em 2010, a Medalha Truman-Reagan será entregue ao escritor Robert Conquest, activista dos direitos humanos da China Harry Wu e político lituano Emanuelis Zingeris.

Contactos:
2622 16th St., N.W., Washington, D.C. 20009. Tel. 202-536-2373 (Nathaniel); vocmemorialarrobaaoldotcom

sábado, novembro 06, 2010

5 dias de Agosto

O filme 5 Days of August (5 dias de Agosto), realizado pelo finlandês Renny Harlin já tem a estreia mundial marcada para a Primavera de 2011.

O filme conta a história da agressão e invasão russa contra Geórgia, acontecimento da história recente, que teve o lugar durante cinco dias de Agosto de 2008. A película é abrilhantada pelas presenças dos “pesos pesados” de Hollywood, casos do Andy Garcia e Val Kilmer.

Andy Garcia, que nasceu em Cuba e no exemplo da sua própria família sabe o que significa o totalitarismo, já disse que participa no projecto por causa das suas convicções políticas. No filme ele dá corpo a Presidente da Geórgia, Mikheil Saakashvili. Val Kilmer faz o papel do jornalista americano, que cobre a guerra e que morre, vítima do bombardeamento russo.

Renny Harlin já frisou que o seu filme é um hino à paz, onde não haverá personagens bons ou maus. O mais importante, o filme mostra a verdadeira Geórgia: um país pequeno, mas belíssimo, onde vivem as pessoas honradas que compartilham os valores universais de democracia e liberdade. Em 2008 este país sofreu um ataque brutal e injustificado de um vizinho chauvinista e agressivo.

Já vi o novo trecho promocional várias vezes e posso atestar que o filme consegue transmitir uma verdadeira emoção de comoção e solidariedade, a mesma que sentia em Agosto de 2008, quanto na CNN e Aljazeera English assistia a crónica real da invasão russa.

Além disso, o filme é um óptimo entretenimento, o veterano Harlin sabe fazer filmes interessantes que vão agradar todos os apreciadores de uma boa dose de acção.

Ver o trecho no YouTube:
http://www.youtube.com/watch?v=V9UeDHvxfkI



Bónus 1
Geórgia deteve 13 espiões russos (texto e vídeo)
Filme documental (com elementos de reconstrução) “Enveri”, sobre o desmantelamento da rede dos espiões russos na Geórgia (em 4 partes):
http://www.youtube.com/watch?v=cRU9km7In4M
Bónus 2
O trecho do filme “Tropa de Elite 2”:
http://www.youtube.com/watch?v=DZvfSSfAOjc

quinta-feira, novembro 04, 2010

Estou lá?! Ucranianos em Portugal

O filme documental “Estou lá?! – vidas suspensas, chamadas em espera” exibido pela a RTPi & RTPN é o retracto da vida de três emigrantes em Portugal: um deles, Sr. Ivan é ucraniano.

Se escutássemos com atenção o que se diz numa cabina telefónica, podemos conhecer histórias e pessoas que dificilmente conheceríamos de outra forma. As cabinas são como janelas com vista para a vida, lugares onde podemos observar medo, alegria e sonho. Neste documentário conta-se a história de três homens com o mesmo sonho: a sobrevivência da sua família. O sonho é talvez a primeira etapa na vida de um imigrante, muito antes do medo, do confronto com a realidade e da desilusão. “Estou lá?!” é mais que um documentário sobre a condição de imigrante. É um filme sobre a condição humana.

Realizado e escrito por Sónia Lacerda; Direcção de Fotografia Sérgio Morgado, Edição Marco Miranda; Música Dead Combo. Uma produção Farol de Ideias (Portugal).

Fonte

Ver o trecho no YouTube:
http://www.youtube.com/watch?v=eG6vVo5fslg
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quarta-feira, novembro 03, 2010

Moda em ser ucraniano

O número dos ucranianos no Canadá tem aumentado significativamente. Censo anterior registou um milhão de ucraniano – canadenses. No último censo este número subiu para um milhão e 213 mil ucranianos, informou os jornalistas em Lviv embaixador da Ucrânia no Canadá Sr. Ihor Ostash.

Segundo Embaixador esta situação se deve ao fato de que os canadenses começaram a admitir que eles são ucranianos, começaram a explorar as suas raízes. “Isso se deve a vários factores. Nasceu o Estado ucraniano, que se afirma cada vez mais. Certo impulso foi dado pela Revolução Laranja, que foi um grande projecto de mídia – muita gente recebeu a informação sobre a Ucrânia”, – disse Ihor Ostash.

Segundo o embaixador, o número de ucraniano – canadenses vai continuar a crescer. “Tenho certeza que o próximo censo vai mostrar o número ainda maior de ucranianos. O Canadá não é o único país no mundo onde está na moda ser ucraniano,” – assegurou Sr. Ostash.
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Embaixador também informou os jornalistas sobre os projectos de celebração de 120 anos da imigração ucraniana no Canadá, a decorrer em 2011.
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Embaixada da Ucrânia irá organizar o Dia da Ucrânia no Parlamento do Canadá. Serão organizadas as exposições, shows, contactos políticos e sociais. “Nossa missão é celebrar este dia ao mais alto nível, na Ucrânia e no Canadá” – assegurou Embaixador Ostash.
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Bónus

Ivan Pylypiv e Vasyl Eleniak, naturais da aldeia Nebyliv (distrito de Rozhniativskiy da província de Ivano-Frankivsk, onde tiveram o direito à um monumento comemorativo), foram os primeiros emigrantes ucranianos que chegaram a Canadá a bordo do vapor “Oregon” no dia 7 de Setembro de 1891. Com a chegada destes pioneiros, começou o fluxo da imigração ucraniana no país. Já em 1892 instalaram-se no Canadá mais algumas famílias vindas da Ucrânia.

Fonte: zik.com.ua

Bónus 2

Embora carece do estudo, mas é bem possível que a actriz americana Erika Eleniak é descendente do primeiro emigrante ucraniano no Canadá, pois o apelido do seu pai é Eleniak e ele também nasceu no Canadá.

segunda-feira, novembro 01, 2010

Eleições locais falsificadas na Ucrânia

As eleições locais na Ucrânia decorrem em clima de falsificações maciças ao favor do partido do poder (Partido das Regiões): assinaturas dos protocolos em branco; os protocolos com os carimbos molhados; corte de energia nos locais de contagem dos votos.

Mas apesar de tudo, a União Eleitoral Svoboda (Liverdade) ganha fortemente em Lviv, Ternopil, Ivano-Frankivsk com mais de 30% dos votos

Câmara Municipal de Lviv: o candidato do PR, Petro Pysarchuk perdeu as eleições ao favor do Andriy Sadoviy do Partido Cristão Republicano; já reconheceu a sua derrota e saudou o adversário:

União Eleitoral VO Svoboda (Liberdade) – 34,23%
Frente das Mudanças – 10,96%
Partido das Regiões – 7,41%
Nossa Ucrânia – 6,16%
Partido Cristão Republicano – 5,31%
Udar (do pugilista Vitali_Klitschko) – 4%
PORÁ (força estudantil da Revolução Laranja) – 3,95%
Movimento Popular Rukh – 3,5%
Ucrânia Unitária – 2,85%
Província de Lviv (vila de Pustomyty): duas vezes foi desligada a energia eléctrica na mesa de voto № 17).

Câmara Municipal de Ternopil:
União Eleitoral Svoboda (Liberdade) – 32,05%
PR – 8,58%
Frente das Mudanças – 7,91%
Nossa Ucrânia – 7,38%
Pela Ucrânia – 5,12%
Partido Popular Ucraniano – 3,59%
União Eleitoral Batkivshyna (da Yulia Timoshenko) – 3,59%
Udar (Vitali_Klitschko) – 3%

Câmara Municipal de Vinnytsya:
Consciência da Ucrânia – 30%
União Eleitoral Batkivshyna – 19,4%
PR – 9,4%
Frente das Mudanças – 9,1%
União Eleitoral Svoboda (Liberdade) – 8,95%
Udar (Vitali_Klitschko) – 3,95%
Partido Comunista – 2,65%
Ucrânia Forte – 2,6%

Província de Kyiv (dados não oficiais):
PR – mais de 20%
Frente da Mudanças (Arseniy Yatsenyuk) 8 – 10%
União Eleitoral Svoboda (Liberdade) 5 – 6%
Nossa Ucrânia (Viktor Yushchenko) 4 – 5%
Ucrânia Forte (Serhiy Tihipko) 4 – 5%
Na cidade de Bucha foram registados as falsificações gritantes (tentativa do lançamento maciço de boletins de voto, quando foi desligada a energia eléctrica no edifício onde decorreu a contagem de votos).
Na vila de Hostomel na mesa de voto situada na escola secundária № 13 apareceram 3 camiões com votantes fora da região, a líder do grupo foi detida pela polícia.

Câmara Municipal de Kharkiv: o candidato do Partido de Regiões Gennadiy Kernes lidera com 30,73 dos votos, após o apuramento dos 14,91% dos votos. O antigo governador da província, Arsen Avakov da União Eleitoral Batkivshyna (Pátria) liderado pela Yulia Timoshenko, obteve 28,33% dos votos. Segundo os inquéritos à boca de urnas conduzidos pela GfK Ukraine, Avakov deveria ganhar com 34,7%; Kernes deveria obter 30,9% dos votos.

Câmara Municipal de Zaporizhzhia: candidato do PR Volodymyr Kalcev prognostica a sua derrota nas eleições ao favor do Oleksander Syn, candidato da União Eleitoral Batkivshyna (os inquéritos à boca de urnas conduzidos pela Research & Branding Group dão 39,35% ao Syn e 34,95% ao Kalcev). Oleksander Syn já recebeu a proposta de se filiar no PR em troca da confirmação da sua vitória nas eleições, informa UNIAN.

PR – 31% e poderá ganhar 40 – 42 mandatos pelos circuitos maioritários e terá a maioria na Câmara Municipal da cidade.
União Eleitoral Batkivshyna – 18%
Partido Comunista – 11,6%
Sylna Ukratina (Ucrânia Forte) – 4,6%
Frente das Mudanças – 4,5%
Cidade Natal (grupo regional) – 3,5%

Câmara Municipal de Kremenchuk: o candidato do PR Mykola Gluhov perdeu as eleições ao favor do Oleh Babaev da União Eleitoral Batkivshyna.

Região de Odessa_(Oblast): falsificações maciças ao favor do PR
No centro da cidade de Odessa o presidente actual da Câmara Municipal Eduard Gurwits anunciou o início do comício popular sob o slogan “Não entregarei a Odessa” (à PR).

Região de Sumy (Oblast): falsificações maciças
Câmara Municipal de Sumy:
Cidade Natal (grupo regional) – 30%
União Eleitoral Batkivshyna – 22%
PR – 10%
Frente das Mudanças – 7%
Partido Comunista – 3%
Contra todos: 10%
Circuitos maioritários: maioria dos mandatos vai para Cidade Natal e Batkivshyna

Inconscientes que votam contra todos

Em todas as regiões entre 5 à 11% dos eleitores votam contra todos (depois estes votos são distribuídos proporcionalmente às todas as forças políticas que conseguirão ultrapassar a barreira eleitoral de 3%).

Obrigado aos blogueiros v-n-zb; mmaryniak; jesfor e página maidan.org.ua