domingo, fevereiro 23, 2025

3º aniversário da invasão russa em grande escala: conquistas diplomáticas da Ucrânia

Foto: Getty Images/BBC

Apesar da situação extremamente difícil na frente, Ucrânia conseguiu manter e expandir o apoio internacional. Graças ao persistente trabalho diplomático, Kyiv continua a receber ajuda, alarga a sua coligação de aliados e aproxima-se da adesão à UE e à NATO.

Ucrânia tornou-se um actor geopolítico de pleno direito. Kyiv está agora não apenas a conduzir a diplomacia, mas a moldar a agenda no cenário internacional. Ucrânia tornou-se um estado fundamental para garantir a segurança europeia. A questão ucraniana continua a ser central para a política mundial.

Ucrânia tornou-se o primeiro país do mundo a receber e a utilizar eficazmente armas da NATO na guerra contra a federação russa. Os EUA, a UE, o Reino Unido e o Canadá forneceram à Ucrânia mais de 100 mil milhões de dólares de apoio militar. Aeronaves F-16, sistemas de defesa aérea Patriot, MBT Abrams e Leopard, sistemas de mísseis HIMARS – Ucrânia recebeu tudo isto graças à diplomacia persistente.

Ucrânia já faz parte da Aliança, de facto, pois recebe assistência militar e passa por treinos de acordo com as normas da NATO. A cimeira da NATO em 2024 confirmou que Ucrânia seria membro da Aliança após a guerra. Os militares ucranianos são treinados nos países da NATO, o que aumenta significativamente o seu nível de prontidão para o combate.

Ucrânia interpôs ações judiciais em tribunais internacionais pedindo indemnização por danos e confisco de bens russos. A questão de estabelecer um tribunal internacional para crimes russos está a ser ponderada. Os activos russos congelados nos EUA e na UE (mais de 300 bilhões de dólares) podem ser transferidos para ajudar a reconstruir Ucrânia.

Mais de 50 países em todo o mundo apoiam Ucrânia financeira, política e militarmente. A expansão do formato Ramstein permitiu um fornecimento constante de equipamentos militares.

Ucrânia restabeleceu contactos com países de África, América Latina e Ásia. A iniciativa dos cereais provou que Kyiv se preocupa com a segurança alimentar global, ao contrário da federação russa. A rússia perdeu parte do apoio entre os países neutros.

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