O militar ucraniano Andrii Rubliuk dos serviços de informação militares não sabe quanto tempo durou a sua morte clínica após a detonação de um explosivo
por baixo dele.
Tudo o que Andrii Rubliuk se lembra é de frio, escuridão e medo avassaladores. Quando recuperou a consciência no seu corpo despedaçado — sem os dois braços e a perna esquerda — uma dor excruciante apoderou-se dele, e as alucinações toldaram-lhe a mente.
Dois anos depois, Rubliuk está novamente vestido com um uniforme militar, os seus membros perdidos foram substituídos por próteses — ganchos no lugar dos dedos, uma
perna firmemente plantada num membro artificial.
Desde o momento da explosão, Rubliuk sabia que a sua vida tinha mudado para sempre. Mas uma coisa era certa: jurou regressar ao campo de batalha.
Muitas brigadas ucranianas têm pelo menos um, e muitas vezes vários, soldados amputados ainda em serviço activo — homens que regressaram ao combate por sentido de dever no meio das perspectivas sombrias para o seu país.
Para estes soldados, estar deitado numa cama de hospital era insuportável comparado com estar ao lado dos seus irmãos de armas para defender a Ucrânia. Mas todos concordam
numa coisa: quando a guerra terminar, já não passarão um dia fardados; ingressar no exército nunca foi a sua primeira escolha.
Fotos: Evgeniy Maloletka
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