domingo, julho 16, 2023

Donbas: a vida quotidiana após a «libertação russa»

Cidade de Mariinka em resultado da sua «libertação» pelos ocupantes russos

Os moradores da cidade ocupada de Mariupol pedem socorro público, fazendo inscrições nos seus apartamentos e prédios, tentando chamar a atenção das autoridades russas de ocupação.
«SOS. Vivem as pessoas, desligaram energia eléctrica e água» 

«Salvem. Ajudem preservar o nosso prédio. SOS. Queremos viver»

«Ajudem, nós vivemos aqui!!!»

«Salve o prédio, mayor. SOS»

«SOS Nós queremos viver ajudem»

«SOS Cortaram a energia eléctrica e água. Vivem as pessoas»

Muitos moradores se opõem à demolição de suas casas danificadas e exigem que os prédios sejam reparados. Pois temem, que no caso de demolição eles sejam simplesmente despejados para lugar nenhum, e as casas novas, se forem construídas no local das demolidas, serão entregues aos colonos vindos da federação russa.

A cidade ucraniana de Mariinka. Exemplo prático da ação russa que «protegeu a população local de língua russa das perseguições ucranianas».



No território ocupado de Donbass, decorrem as rusgas maciças de homens daquela região que foram levados aos «exércitos» das ditas repúblicas populares, mas que escaparam e agora são considerados como desertores. Listas são enviadas para empresas, fotos são coladas em pontos de autocarros/ônibus e espaços públicos. 

Cerca de 300 destes desertores são procurando apenas na cidade de Chystiakove (ex-Torez), que de longe não é a maior cidade da região. É claro que existem milhares desses desertores em toda a Donbas. Isso significa que os ucranianos, sob ocupação, mesmo aqueles que em 2014 foram iludidos pelas promessas da propaganda do «mundo russo», hoje, em 2023 se recusam maciçamente a lutar pelo dito «mundo russo» e fogem, «aos sete pés», dos exércitos russos de ocupação.

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