Mais de 100 soldados russos morreram no leste da Ucrânia em uma única
batalha no mês de agosto, ajudando os separatistas pró-russos à lutar contra as
tropas ucranianas, disseram nesta quinta-feira (28.08.2014), dois membros do
Conselho Presidencial de Direitos Humanos da Rússia, citando relatos de
testemunhas e parentes dos mortos.
Ella Polyakova e Sergei Krivenko, ambos membros do Conselho – um órgão
consultivo sem poderes legais e numa relação difícil com o Kremlin – disseram
que cerca de 300 pessoas ficaram feridas no mesmo incidente de 13 de agosto,
perto da cidade de Snizhne (Snezhnoe), quando uma coluna de camiões em
andamento, cheia de munição, foi atingida por uma barragem sustentada de
mísseis “Grad” (ucranianos).
“Uma coluna de soldados russos foi atacada por mísseis “Grad” e mais de 100
pessoas morreram. Tudo aconteceu na cidade de Snizhne na província de Donetsk”,
disse Krivenko à Reuters. Polyakova disse que ela recebeu o mesmo número de
soldados russos mortos.
Eles disseram que tinham falado com cerca de 10 parentes e colegas dos
soldados mortos (estes últimos) que testemunharam o ataque, alguns dos quais
haviam acompanhado os corpos de volta para a Rússia. As fontes disseram que não
havia nenhuma documentação que comprove que os soldados tinham estado na
Ucrânia e os certificados de óbito foram preenchidos de forma à sugerir que eles
morreram em outros lugares. “Quando falo com os rapazes que acompanharam esses
caixões de soldados contratados, eles me dizem que a ordem foi dada oralmente,
não havia documentação”, explica Polyakova.
Se for confirmada, a morte apoiará as afirmações de Kyiv e os seus aliados
ocidentais de que a Rússia está a alimentar o conflito no leste da Ucrânia,
fornecendo aos separatistas as armas e soldados. Isso cria as perguntas
embaraçosas para o Kremlin, que tem sistematicamente negado o seu envolvimento
no conflito. Um funcionário do Ministério da Defesa repetiu essa negação em
termos fortes na quinta-feira. Ninguém atendeu o telefone quando Reuters ligou
ao porta-voz do ministério, perguntando sobre o incidente de Snizhne.
“Aos soldados que servem sob o contrato é dada uma ordem, e as colunas
viajam por toda a Rússia e eles param em acampamento, como se fazendo a parte
de um exercício de treino, na fronteira com a Ucrânia”, disse Polyakova. “Eles
retiram todos os números de (identificação) ou escondem-os, e, em seguida,
atravessam a fronteira”, disse ela.
O líder rebelde (terrorista), Alexander Zakharchenko, disse nesta
quinta-feira que os soldados russos em ativo estavam lutando com os rebeldes
contra as tropas ucranianas, mas estavam fazendo isso durante as suas férias. Polyakova
explicou que nenhum dos soldados com quem ela ou seus colegas tinham falado,
tinha preenchido o formulário para a ida de férias, procedimento padrão para os
soldados contratados.
Krivenko disse que por volta de meados de agosto eles haviam recebido
reclamações de pais dos soldados que estes não poderiam entrar em contato com
os seus filhos. Os dois ativistas disseram que pediram o Comité de Investigação da
Rússia para abrir uma investigação sobre o caso. “Fizemos visitas a órgãos
oficiais, mas até o momento não recebemos nenhuma resposta”, informou Polyakova.
Fonte:
(Reportagem de Thomas Grove, Edição de Mark Trevelyan e Will Waterman)
Os para-quedistas russos novamente capturados
Nos arredores de Ilovaisk, os batalhões voluntários ucranianos, mesmo
estando cercados, capturaram mais dois para-quedistas russos. Os invasores se
chamam: Akhmedov Ruslan Akhatovich e Ilmitov Arseniy Arkadievich, nas suas
próprias palavras eles vieram ao Rostov-no-Don para “participar nos exercícios”,
informa Charter97.org
https://www.youtube.com/watch?v=SbA8wbAvo8E
Os terroristas liquidados: “Dingo”
Um dos terroristas da rp de Donetsk, cidadão russo, Yevgeni Ponomariov (39) “Dingo”,
foi liquidado pelas forças ucranianas. “Dingo” participou nas atividades
terroristas desde o início da onda separatista, notabilizou-se em Sloviansk e Kramatorsk.
Era comandante da centena de cossacos-terroristas “Lobos de Terek”, escreve o
blogueiro ucraniano Vitaliy Umanets.
A morte do terrorista foi confirmada pelas fontes independentes.
Os terroristas liquidados: Valery Bolotov
O Estado-maior da OAT informou os jornalistas que recebeu a informação não
confirmada que o terrorista russo Valery Bolotov foi liquidado no território da
Rússia. A informação foi avançada pelos empresários de Luhansk, que
anteriormente eram coagidos pelo terrorista de lhe pagar uma espécie de “propina”
de agiotagem.
No último dia 14 de agosto, o terrorista resignou dos seus “postos” na rp
de Luhanks e se retirou à Rússia, sem nunca mais ser visto. Os empresários de Luhansk que sob a pena de morte pagavam o “imposto”
semanal ao Bolotov, entregando o dinheiro aos seus comparsas, foram confrontados
com um pequeno problema. Quando vieram para “pagar o imposto”, foram informados
do que “para já isso não é necessário”. Aos empresários também foi dito que: “não
há mais ninguém para pagar. Bolotov já não existe”.
No Estado-maior da OAT disseram que a informação foi recebida de várias fontes independentes e é verificada de momento. Como autores são apontados os serviços secretos russos ou os oligarcas ucranianos que colaboravam com Bolotov. Em ambas as versões os motivos são idênticos: a “queima de arquivos”, escreve Charter97.org
No Estado-maior da OAT disseram que a informação foi recebida de várias fontes independentes e é verificada de momento. Como autores são apontados os serviços secretos russos ou os oligarcas ucranianos que colaboravam com Bolotov. Em ambas as versões os motivos são idênticos: a “queima de arquivos”, escreve Charter97.org
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