Maria Zasimenko-Bonatska
tem 84 anos (em 2017), ela passou 7 anos nos campos de concentração soviéticos pela sua militância
no Exército Insurgente Ucraniano (UPA). É autora de 8 livros poéticos e de ensaios,
na prisão aprendeu a bordar.
Na sua casa senhora
Maria tem retratos do Stepan Bandera e Roman Shukhevych, muitos livros e
bordados ucranianos (vyshyvanky). Foi presa em 1948 aos 15 anos, condenada à 10
anos de “trabalhos laborais corretivos com o confisco dos bens”: “os nazis queimaram a
nossa aldeia por ajudarmos ao UPA. Escondíamo-nos no bosque, pessoas e o gado:
duas vacas, alguns porcos, ovelhas. Desde 6 anos ajudava na safra.”
Maria Zasimenko-Bonatska em setembro de 2012 |
“As linhas eram
retiradas dos lenços coloridos ou panos. Bordávamos as toalhas de mesa. As
agulhas eram fabricadas do arame farpado. Para bordar na cadeia tínhamos que
sentar de maneira que o guarda não ver através da mira na porta. Bordávamos até
as camisas”.
Após a libertação do GULAG soviético não
consegui se formar em jornalismo, a “má” biografia não permitiu. Vários anos
trabalhou como bibliotecária, agora reformada, escreve livros de memórias e poesia.
Visita a sua aldeia natal, mas quase ninguém dos seus conhecidos está lá, uns
morreram, outros não voltaram da Sibéria.
Maria Zasimenko-Bonatska em novembro de 2017 |
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