sexta-feira, novembro 16, 2012

Retratos da resistência ucraniana

com esposa Halyna em 1942 (?)

O comandante do kúrin (batalhão) do UPA Oleksiy Brys hoje tem 87 anos, 10 passou nos campos de concentração soviéticos, outros quarenta, já em liberdade, trabalhou nas minas de Inta e Vorkuta. Ele se move com ajuda da cadeira de rodas, mas conta com assistência de uma enfermeira e não está esquecido.

O seu nome é citado várias vezes no livro de memórias do guionista soviético, judeu Valeri Frid, “58 e meio ou as notas do abobalhado dos campos de concentração”, sempre com uma grande simpatia.

Oleksiy Brys terminou o secundário já durante a ocupação soviética (1939-1941), matriculando-se em seguida na faculdade paramédica do Instituto Médico de Lviv. Mas com início da guerra entre URSS e Alemanha, incumbido pela OUN, se tornou o funcionário da bolsa de trabalho (Arbeitsamt), onde ajudava à evitar a saída dos jovens ucranianos para os trabalhos forçados na Alemanha.

No dia 21 de março de 1943 participou no ataque da clandestinidade ucraniana contra a gendarmaria alemã na vila de Horokhiv (região de Volyn), com intuito de libertar os prisioneiros e obter o armamento. O ataque revelou-se um sucesso.

Mais tarde Oleksiy Brys fez parte do estado-maior UPA-Norte, onde continuou a lutar contra alemães e partisanes pró-soviéticos. Foi preso juntamente com esposa Halyna e toda a sua família. Seu pai morreu de fome no degredo em Cazaquistão, mãe Pelagia morreu em Vorkuta, irmão mais velho Pavló foi morto pelos alemães, o mais novo, Anatoliy pelos soviéticos, combatendo nas fileiras do UPA. A sua esposa Halyna também passou 10 anos nos campos de concentração de Norilsk. Hoje, todos eles vivem na Ucrânia.

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