domingo, maio 31, 2009

Caso Alexandra no show de Oprah Winfrey

Ana Cristina Pereira, a jornalista do “Público” escreve que o Juiz admite que os maus tratos a Alexandra não foram equacionados

Gouveia Barros, o relator do acórdão do Tribunal da Relação de Guimarães, que decidiu entregar Alexandra Tsyklauri à mãe biológica, ficou “perturbado” ao ver Natália Zarubina dar palmadas na filha. Não se sente, porém, culpado: “Não estou arrependido porque julguei de acordo com o que era a minha consciência e com os factos constantes do processo”. O Conselho Superior de Magistratura vai averiguar se, ao falar, violou o dever de reserva.
O Tribunal de Barcelos dera como provado que, ao ser entregue a Florinda e a João Pinheiro, a miúda “apresentava sinais de desnutrição e de evidente negligência de cuidados ao nível da alimentação, higiene e saúde”. E que, antes de as visitas serem supervisionadas, “relatava episódios de agressividade física e verbal”.
“A criança já se queixava de algumas agressões físicas da mãe”, admitiu Gouveia Barros, mas tal não lhe pareceu motivo suficiente. A decisão da Relação assentou em dois factores: o relatório da Psiquiatria do Hospital de São Marcos (Braga) não dava Natália como alcoólica crónica; e as autoridades russas afiançaram que a família teria condições de dar uma vida normal à menina.
Mas o que não se percebe é como foi possível, o tribunal de Guimarães entregar os cuidados da menina, à uma pessoa desequilibrada de maneira como é a mãe biológica da Xanunha. Pois segundo o ponto an) do Acórdão do Tribunal da Relação de Guimarães (processo número 864/08-2, Relator: GOUVEIA BARROS, Data do Acórdão: 24.04.2008), aconteceu o seguinte:

"Recentemente a progenitora, encontrando-se alcoolizada, foi encontrada em cima de um autocarro, tendo sido necessário solicitar a presença da PSP e o auxílio dos bombeiros e após ter sido retirada daquele local e se mostrar agressiva foi conduzida à Unidade de Psiquiatria do Hospital de S. Marcos, tendo sido transferida para a Casa de Saúde, na qual ficou internada, mas não aceitou manter o internamento e saiu contra parecer médico na manhã seguinte".
Caso da Alexandra “Xana” Tsyklauri na Internet

Já há uma petição internacional com mais de 20 mil assinaturas: http://www.gopetition.com/online/28077.html. Também é possível assinar a petição portuguesa: http://www.peticaopublica.com/?pi=P2009N65. Existe um blogue português: http://xaninhanossa.blogspot.com/, um fórum: http://xaninha.forums-free.com/ com um chat concorrido: http://xaninha.forums-free.com/chat. Além disso, o caso já tem a página no Hi-5: http://xaninha-feliz.hi5.com/ e Facebook: http://apps.facebook.com/causes/289782/14321122?m=1cba23b2.

Entre as ideias mais debatidas nestas páginas, são as várias possibilidades de resgatar Alexandra Tsyklauri, incluindo uma ida ao programa de americana Oprah Winfrey.

Houve também a convocatória para uma Vigília no dia 05 de Junho em Braga, na Praça Conde de Agrolongo, às 20h00h, a Vigília é organizada pelos colegas de escola da Alexandra e respectivos familiares.

Escrever para a Oprah Winfrey, pedindo a sua ajuda no resgate da pequena Alaxandra:

sábado, maio 30, 2009

A confissão de um russófobo

O termo “russofobia” nasceu na Europa no século XIX, após a intervenção sangrenta do exército russo na aniquilação da Revolução húngara de 1848. À partir desta data, a Rússia é chamada de “gendarme da Europa”, o papel que continuou desempenhar com brilho e orgulho no século XX e, pelos vistos, pretende seguir no século XXI.

Como tal, achamos pertinente publicar hoje “A confissão de um russófobo”, pois todos os interessados devem saber identificar muito bem os adeptos deste sentimento totalmente anti – científico e anti – histórico (para estes dissemos anátema!, arrependei-vos, senão estareis excomungados da igreja canónica da Fofudja).

Por: Yevhen Bulavka

[...]

Agora é difícil de lembrar, quando na imprensa começaram mencionar a “russofobia”. Um termo bastante estranho, que até agora não foi estudado totalmente. Por cima ainda traiçoeiro e pegajoso, pior que a “gripe suína”. Pois afinal, qualquer um de nós pode se tornar o “russófobo”.

Queres educação ucraniana para as crianças ucranianas, a televisão ucraniana e o cinema ucraniano – já está, é a forma primária da russofobia.

Pior, se falarmos da história. Em princípio, qualquer pessoa, que sabe ler a analisar os factos, para não cair no pecado russófobo, tem que correlacionar as suas conclusões com os livros escolares soviéticos e russos. A sorte é nossa, que (neste momento) não há nenhuma diferença principal entre estes!

Na pior das hipóteses, é preciso ficar atento às declarações do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia ou os seus políticos. Eles vão explicar bem direitinho, quem no passado era bom e quem era mau. E se os vizinhos realmente vão introduzir a persecução judicial por “reescrever, negar a história”, então, podemos concluir que eles conseguiram inventar o remédio contra a russofobia. E a efectividade deste método será cardeal – mais ou menos do género de curar a dor da cabeça com a guilhotina.

[...]

Tudo isso porque é difícil resistir contra a propaganda russófoba na Ucrânia – aqui tornam os documentos secretos, quase é impossível levar o pensamento alternativo para a TV. Enquanto os arquivos russos estão abertos para os estudiosos e por isso a (Rússia) reclama o direito bem fundamentado sobre a verdade, a verdadeira “verdade” única. Ou o autor confundiu algo?

São pormenores. O principal, terá que lembrar: falar bem sobre o UPA isso é a russofobia, apenas é possível falar mal. Lembrar os mortos durante a fome – isso também é russofobia, uma russofobia declarada. Falar sobre a abolição do anátema (que recai) sobre o hetman Ivan Mazepa também é a russofobia.

[...]

E ninguém quer saber, que as questões aqui levantadas tocam a Rússia de uma maneira secundária, pois ela era a medula do império – Soviético ou Czarista. Mas o “sovietofobia” ou “chauvinismofobia” não fica bem no ouvido! Enquanto a russofobia, esta sim, fica!

[...]

Como é possível não amar a Rússia ou ter qualquer reclamação dela! Isso é, o Sol que tem as manchas, mas a história russa é branquinha e limpinha como a folha mais branca do papel.

E mesmo se teve algumas páginas, que nem se queremos recordar – repressões contra o seu próprio povo, ou digamos, as deportações ou a colaboração com os nazis antes da II G. M., o mais importante é encontrar uma boa formulação propagandística. Por exemplo, “gestão efectiva”, serve bem. Os seus próprios erros que reconheçam os fracotes. Tudo o resto é a russofobia.

Conduzindo deste modo o trabalho sobre o meu próprio interior, consegui me acalmar. Finalmente, pude ver no espelho, a face absolutamente e completamente pronta para receber as recomendações da recém – criada “Comissão junto do Presidente da Federação da Rússia de luta contra qualquer tentativa de falsificar a História em detrimento dos interesses da Rússia” (popularmente conhecida como “ministério da verdade”).

O Sol batia na minha janela, inundava com a luz a rua comum de Kyiv, palco das andanças desenfreadas dos pedestres. Apenas pensei: “Meu Deus, quantos russófobos potenciais entre eles?”...

Fonte:
http://www.pravda.com.ua/news/2009/5/25/95314.htm

Bónus:
Resumo do romance do George Orwell “1984” (em português)

quarta-feira, maio 27, 2009

Fumo, álcool e desleixo rodeiam Alexandra na Rússia

A imprensa russa descreve o novo ambiente em que se encontra a menina Alexandra, a viver com a mãe biológica desde que foi retirada ao casal português que a acolheu nos últimos quatro anos.

O diário russo Komsomolskaia Pravda escreve esta quarta-feira que a vitória da mãe de Alexandra sobre a justiça portuguesa está longe de ser tão brilhante como ela desejaria. “A mãe de Alexandra apresenta o regresso da filha à Rússia como sua vitória pessoal na luta contra a Justiça portuguesa. Mas essa vitória mostrou não ser tão brilhante como desejaria Natália Zarubina”, escreve a edição do tablóide.

“Casa velha, pontas de cigarro numa lata de conservas, fumo de tabaco dentro de casa e parentes bêbados ou de ressaca, rodeiam agora a 'nova' infância de Alexandra”, descreve o jornal.

“A mamã fica artisticamente sensibilizada com um raminho de flores que a filha lhe oferece, não se esquecendo, ao mesmo tempo, de, em frente das câmaras de televisão, dar umas palmadas à menina pela educação portuguesa”, ironizam as jornalistas que assinam o artigo.

“A criança não compreende russo. Segundo o seu avô, Serguei Nikolaevitch, eles aprenderão mais depressa português do que a menina aprenderá a grande e poderosa (adjectivos que os russos empregam para sublinhar a importância da sua língua nacional). Em Setembro, ela deve ir para o infantário, mas desconhece-se como irá contactar com outras crianças. Agora, ela brinca apenas com o seu primo”, continuam.

As jornalistas chamam também atenção para o facto de Alexandra não ter quarto próprio e viver no mesmo quarto com a mãe e a avó. O Komsomolskaia Pravda adianta que este processo está a ter forte repercussão na opinião pública russa.
Fonte:
e na revista Visão:
Manifestações pela Alexandra:

28 de Maio
– em Lisboa, pelas 18h00 frente à Embaixada da Rússia
31 de Maio – em Braga, pelas 14h30 na Avenida Central
Assinar a petição portuguesa pela Alexandra:
http://www.peticaopublica.com/?pi=P2009N65b

terça-feira, maio 26, 2009

Presidente condecora FC Shakhtar

Hoje, no dia 26 de Maio, o Presidente da Ucrânia, Viktor Yushchenko, condecorou os jogadores, treinadores e os dirigentes do clube ucraniano Shakhtar Donetsk, com as Medalhas e Ordens do Mérito, pela sua recente conquista da Taça UEFA.

Assim o treinador principal – Mircea Lucescu recebeu a Ordem do Mérito do 2° Grau, Olexander Spiridon – a Medalha “Pelo Labor e Vitória”, Mariann Ionica e Carlo Nicolini – a Ordem do Mérito do 3° Grau, Massimo Ugolini – a Medalha “Pelo Labor e Vitória”.

Os goleadores do jogo da Taça, Jádson e Luiz Adriano receberam a medalha “Pela Coragem” do 3° Grau.

Os restantes jogadores do clube, também foram distinguidos pelo Presidente ucraniano.

Fonte (em vídeo):
http://shakhtar.com/en

O País dos Contos de Fadas

Para melhor entender a recente Revolução Twitter em Moldova, recomendo assistir o filme documental “Tara povestilor” (“O País dos Contos de Fadas”).

A versão do realizador (52 minutos), com as legendas em inglês já está disponível na Internet, a versão integral do filme, em romeno (68 minutos) pode ser vista aqui.

O filme conta a vida quotidiana de três famílias simples, provenientes das zonas do interior dos três países muito diferentes: Dinamarca, Moldova e Roménia. Uma das pessoas que realizou o projecto é Natália Morar (Natmorar), a activista política, que participou activamente na Revolução anticomunista do seu país.

Ver o filme no Vimeo:
A COUNTRY OF FAIRYTALES
@Copyright ALTFILM 2009

segunda-feira, maio 25, 2009

Liberdade para a menina Alexandra!

Recentemente, o Portugal foi abalado pelo caso de menina Alexandra (Xana), uma criança nascida em Portugal, que vivia há 4 anos com uma família de acolhimento portuguesa em Barcelos. A decisão da entrega da criança à mãe russa foi do Tribunal da Relação de Guimarães, que não teve a competência necessária de averiguar as condições que a Alexandra terá na província russa.

A mãe Natalia, apreciadora da bebida, foi detida pelo Serviço de Emigrações e Fronteiras (SEF) numa casa de prostituição, tem uma visão muito particular da sua filha, ela critica a “educação mimada europeia” e diz que isso “vai passar depressa”.

Alexandra nasceu aos 3 de Abril de 2003 no Hospital de São Marcos em Braga. É filha de cidadã russa Natália Zarubina e de ucraniano Georgi Tsiklauri (Skilauri?), residente em Portugal. Foi entregue ao casal de Barcelos pela própria mãe que não tinha condições para cuidar dela. A família de acolhimento, Florinda Vieira e João Pinheiro garantem que os documentos sobre a cidadania russa foram emitidos pelas autoridades russas posteriormente, a menina é portuguesa.

Ler os pormenores no blogue do movimento cívico “Pela Alexandra”: http://xaninhanossa.blogspot.com

Assinalar a Petição http://www.peticaopublica.com/?pi=P2009N65b com o objectivo de apoiar a família que a acolheu até então, e de algum modo manifestar o seu descontentamento com tal decisão.

A extradição é a entrega de um indivíduo acusado de um crime no seu país de origem e refugiado em país estrangeiro, ao governo do país em que por direito, deve ser julgado ou punido e que, para este fim, o reclama (Dicionário da Língua Portuguesa, Dicionários Editora, Porto Editora, 1996). Ora, a Alexandra não cometeu qualquer crime, não é refugiada, pois nasceu em Portugal, em Braga, nem devia ser obrigada a ir para um país estrangeiro.

Estamos unidos nesta causa, porque a Alexandra nasceu não por vontade dela, mas tem de viver na vontade dela. É o mais alto respeito e direito de um qualquer cidadão.Nós, adultos, apenas estamos para os orientar. E isso era o trabalho dos pais que a acolheram: vestir, sarar, alimentar, cuidar e amar. E fizeram-no muito bem.Não estamos a pedir nada pelos os pais, ou para a mãe biológica, ou seja para quem for.Apenas estamos a pedir pela Alexandra. Imaginam o que está a passar neste momento? Se fosse vossa filha, dormiriam? Ao colo de uma estranha, partiu. Queremos vê-la voltar! Vê-la sorrir livremente, solta, feliz!

É por isso que estamos juntos. Só por isso.

PELA ALEXANDRA
21 DE MAIO DE 2009

Assinar a petição portuguesa pela Alexandra:
http://www.peticaopublica.com/?pi=P2009N65

domingo, maio 24, 2009

Os melhores castelos da Ucrânia

A crise económica obriga os ucranianos procurar as rotas e os destinos mais económicos, faz com que os turistas nacionais procurem as atracções turísticas domésticas. Pois a Ucrânia possui várias maravilhas arquitectónicas, casos dos castelos, fortalezas, igrejas...
A Redactora – Chefe da página da Internet Castelos e Igrejas da Ucrânia, Sra. Irina Pustynnikova, criou a sua lista dos 9 melhores castelos da Ucrânia, que vale a pena ver. Claro, aqui não estão reunidos todos os castelos ucranianos, mas os que entraram na lista são especiais, pois cada um deles tem uma história própria. Escolhem um deles e o visitem no vosso próximo deslocamento a Ucrânia!

Texto e Fotos por Irina Pustynnikova (também conhecida como Kamienczanka)

1. Khotyn / Kamyanets-Podilskyi: os mais cinéfilos
A distância entre estas duas cidades ucranianas é curta, cerca de 24 km, aqui foram filmados dezenas de filmes sobre a época medieval, incluindo o último projecto ideológico do Kremlin, Taras Bulba. No meio caminho entre estas cidades fica a localidade de Zhvanec, onde podem ser vistos as ruínas do castelo dos magnatas polacos Kalinowski (século XVII). Ao lado, fica a casamata soviética dos anos 1930, também faz parte da nossa história.

2. Dubno: a terra do Taras Bulba
Aqui existe o palácio do castelo (século XVII) e a torre decorativa – Beata. A lenda conta que em Março de 1577 o castelo se preparava para o casamento da sobrinha do dono do castelo, jovem Beata. Mas o casamento foi perturbado pelo aparecimento súbito do bando armado dos tártaros. Beata perguntou a empregada o que se passava. Mas como a Beata não era muito dada aos estudos, não sabia quem são os tártaros e as criadas lhe contaram que os tártaros nascem cegos, possuem os cornos, enfim os diabos em carne e osso. A Beata ficou curiosa, espreitou da janela, viu as tropas inimigas e disparou (mandou a disparar) o canhão. Por acaso a bala acertou na tenda do Khan dos tártaros, estes interpretaram o sucedido como sinal divino e levantaram o cerco à cidade. Beata ficou contente e disse: “Agora já é possível me casar!”

A fortaleza do Dubno está mencionada no romance do Mykola Gogol “Taras Bulba”, os seus citadinos se orgulham disso, todos os anos aqui se organiza o festival do rock “Taras Bulba”.

3. Svirzh: o mais pacífico

Entre 1453 e até o início do século XVII a cidade Svirzh pertencia à família nobre polaca de Świrskie, que ergueram o seu castelo numa das margens do lago. Em 1907 o castelo foi compradp pelo general Robert Lamaison – Salans (1869 – 1930), nobre de origem francesa, adido militar da Polónia em França. No dia 2 de Setembro de 1914, o castelo, incendiado pelo exército russo ardeu, juntamente com todo o espólio familiar dos Lamaison e a biblioteca. Após o fim da guerra, o conde Robert começou restaurar o palácio, usando nos trabalhos alguns prisioneiros da guerra russos: sabiam destruir, devem saber restaurar! Os trabalhos do restauro forma continuados pelo conde Tadeusz Komorowski (1895 – 1966), mas interrompidos em 1939, ano em que em resultado do pacto Molotov – Ribbentrop, esta zona foi anexada pela URSS.

Durante a II Guerra Mundial o castelo foi de novo saqueado e parcialmente destruído, na época soviética foi usado como a escola dos tractoristas, mais tarde aqui se planeava criar a Casa do Retiro da União dos Arquitectos.

4. Chervonohrad: o mais misterioso
A aldeia já inexistente de Chervonohrad (nome antigo Castrum Rubrum) não deve ser confundida com a cidade homónima mineira na Ucrânia Ocidental. Tudo por causa da cor avermelhada das terras locais – possuem muito barro.

O castelo foi construído pelos magnatas polacos no século XVII, mais tarde danificado pelo exército turco. Em 1820 – 1840, os nobres polacos Poninski constroem aqui o novo palácio neo – gótico. Palácio é composto por duas torres, uma deles tem a passagem secreta, que sobreviveu até os dias de hoje. Uma das torres também tem a falta de “dentes”, pois durante a I Guerra Mundial, os militares russos tentaram arranca-los, caindo em resultado do roubo mal sucedido, juntamente com as pedras cobiçadas.

Desde 2003 no castelo vive um monge ortodoxo, que acredita que debaixo do castelo se situa o inferno, guardado por um cavalheiro sem cabeça...

5. Bilgorod – Dnistrovskiy: o maior

A cidade de Bilhorod – Dnistrovskyi é uma das cidades mais antigas do mundo. Além disso, aqui se situa a maior castelo da Ucrânia, com 2,5 km dos murros, embora nem todas as suas (34!) torres sobreviveram até os dias de hoje.

O castelo foi fortificado durante cerca de 200 anos, por romenos, genoveses e turcos. A sua parte mais antiga – Cidadela (século XII) é um castelo dentro do castelo. Quando alguns partes do castelo caiam nas mão do inimigo, era possível defende-la. Aqui vivia o comandante do castelo, se situavam os estados maiores. Por aqui passavam vários escritores ucranianos, polacos e russos.

Em Setembro de 1483 o exército de 300.000 homens do sultão turco Bayazet II e 50 mil do khan da Crimeia Mengli Girei atacou o castelo. Após 16 meses do cerco, o castelo caiu nas mãos do inimigo, aí começam os 328 anos do domínio turco. Que embora não era ameaçado, mas bastante perturbado pelos ataques constantes dos cossacos ucranianos: Hryhoriy Loboda, Ivan Sirko, Semen Paliy.

6. Serednje: o mais enigmático

No meio do caminho entre as cidades ucranianas de Uzhhorod e Mukacheve está localizada a vila Serednje (tradução literal “que está no meio”), que abriga os restos do castelo dos templários do século XIII. No ponto mais oriental do seu domínio, o poderoso e misterioso ordem guardava o sal e o trigo, os produtos não menos preciosos do que a prata ou ouro.

Hoje a localidade é conhecida pelas suas adegas – cooperativas que produzem o vinho. Os castelos vizinhos do Uzhgorod e Mukacheve estão muito melhor conservado e até têm os fantasmas próprias. Vale a pena ver!

7. A 7ª posição retiramos momentaneamente devido à sua localização na Crimeia ocupada, ninguém, em consciência, fará o turismo nos territórios ocupados.

8. Kremenets: o mais lendário

O castelo da cidade de Kremenets foi a propriedade da rainha polaca Bona Sforza. Ela nunca visitou o burgo, mas deixou o seu nome para uma colina de 400 metros, que domina a cidade. Segundo reza a lenda, a nobre italiana recebeu a cidade e o castelo em 1536, empenhando-se nos melhoramentos urbanos. Dizem que após a morte do marido, o rei polaco Zygmunt I Stary, ela levou para a Itália cerca de 70 carruagens dos bens variados.

Em Setembro de 1648 o castelo foi atacado pelos cossacos ucranianos, chefiados por coronel de origem escocesa, Maxym Kryvonis. Após meses de batalhas, a fortaleza foi destruída definitivamente. Em 2004 um estudante local, sonhando com os tesouros, construiu uma “engenhoca” para detectar os metais. Mas em vez do ouro e prata, encontrou uma dúzia dos obuses alemães da II Guerra Mundial.

9. Kudrynce: o mais autentico

As vias de acesso até a aldeia de Kudrynci (na fronteira administrativa entre as províncias ucranianas de Ternopil e de Khmelnytskyi) são bastante degradadas. O transporte público é bastante raro, infra – estrutura pouco desenvolvida. Mas as belezas naturais são impressionantes.

A fortaleza foi construída em 1615 pela família de nobreza polaca Herburt. Mas em 1648 o castelo foi ocupado pelos camponeses e cossacos ucranianos do Maxym Kryvonis, em 1672 e 1694 pelos turcos. No início do século XVIII o castelo passou para a propriedade da família polaca Gumenecki, depois Kozibrodski, estes últimos o transformaram em museu, coleccionando as mobílias e os retratos antigos. Uma das torres do castelo possuía a passagem subterrânea, hoje já inexistente.

10. Castelo Shenborn (Chynadieve): o mais mágico

Até a estação dos caminhos de ferro parece um pequeno castelo. No parque em redor do castelo – muitas arvores bonitas. Mas desde 1946 o castelo da caça dos condes Schönborn é ocupado pelos doentes com as patologias no coração.

Tudo começou em 1840, quando a família Schönborn ergueu aqui uma casa de madeira, em 1890 eles construíram um castelo de pedra, que tinha 365 janelas, 52 quartos e 12 entradas. O lago no parque seguia o mapa do império Austro – Húngaro. Um dos ideólogos do 3° Reich, Hermann Goring em 1939 procurava comprar este castelo junto ao governo ucraniano do Avgustyn Voloshyn. Nos anos 1950, aqui esteve o pintor e ensaísta americano Rockwell Kent, que adorou a natureza das Cárpatos e a beleza do castelo.

Fonte:http://life.pravda.com.ua/wonderful/4a127bb32c273

Obrigado ao Chornogora

Como bónus, queria vós apresentar vários músicos do rock alternativo da Ucrânia:

Artista: Yurcash, composição: Oj
http://www.youtube.com/watch?v=0CHbXwkZ4Es
Artista: Yurcash, composição: Mundial
http://www.youtube.com/watch?v=ZAKdCNBAuHM&NR=1
Artista: Stan, composição: Ostanne
http://www.youtube.com/watch?v=PRynnnpBipw
Artista: Proroki
http://www.youtube.com/watch?v=N2ZcVNEwhrc

sexta-feira, maio 22, 2009

Show Kalena 40 Anos

Fundado em 1969, o grupo folclórico ucraniano “Kalena”, realiza a sua apresentação alusiva aos 40 anos de existência nos dias 30 e 31 de Maio, no Cine Teatro Luz na cidade de União da Vitória (estado brasileiro do Paraná).

Reconhecido pelo poder público com duas declarações de utilidade pública municipais e uma estadual, e vencedor de um dos mais importantes festivais de dança da América Latina, o grupo traz ao público de nossas cidades um espectáculo com novas coreografias e trajes de diversas regiões ucranianas, mostrando o empenho em levar adiante o legado dos antepassados.

Estarão no palco mais de 150 dançarinos distribuídos no grupo infantil, juvenil, Escola Sabática (subotna schkola), além da terceira idade “Zoriá” e o grupo adulto, apresentando a beleza dos movimentos e cores da cultura ucraniana.

Serviço: Show Kalena 40 Anos
Local: Cine Teatro Luz – União da Vitória – PR
Data: 30 e 31/05/09 (sábado e domingo)
Horário: 20h00
Valor: R$ 10,00
Informações e reservas: 42 3553 2975, 42 8401 2989, 42 3522 1996, 42 3523 4558
http://www.grupokalena.com.br/

quinta-feira, maio 21, 2009

FC Shakhtar ganhou a Taça UEFA!

FC Shakhtar ganhou a Taça UEFA da época 2008/2009, vencendo os alemães do Werder de Brema no estádio “Sükrü Saraçoglu” em Istambul.

No minuto 25, o Shakhtar marcou, por intermédio do atacante Luís Adriano, mas nove minutos mais tarde, Werder empatou, após o erro do guarda – redes ucraniano, Pyatov.

O golo da vitória foi marcado no 6° minuto do tempo suplementar, quando Jadson correspondeu da melhor forma o cruzamento do Darijo Srna. Os jogadores da Brema tentaram reverter o jogo ao seu favor, mas a defesa inteligente do Shakhtar não permitiu que a Taça escape aos ucranianos.

Na sua caminhada vitoriosa a final da Taça UEFA, Shakhtar venceu o “Olimpique da Marselha”, “Tottenham” britânico e CSKA do Moscovo.

Visite a página do Shakhtar!

E não deixe de estudar a história da Ucrânia nem que na sua versão curta.

quarta-feira, maio 20, 2009

Ucrânia em preto & branco

Apresento vós a colecção de fotografias, chamada “Insight. Fotografia Ucraniana em Preto & Branco. Século XXI”, que foi criada por 23 fotógrafos ucranianos das diferentes idades e classes sociais, pare celebrar o novo milénio.

Todas as fotografias desta colecção foram feitas em técnica antiga, no filme fotográfico em preto e branco e depois reveladas manualmente, no papel de prata na base de gelatina.

Para esclarecimento de qualquer questão, compra do livro ou para organização da exibição na vossa cidade, por favor, escrevam para este e-mail: http://mailto:mail@konturpress.com

Os curadores do Projecto: Felix Khachaturian e Aleksandr Glyadyelov. A coordenadora do Projecto: Yulia Serdyukova

Além disso, as fotografias exibidas na exposição, serviram de suporte para um filme simplesmente genial, que usa a técnica das fotos sobrepostas:
http://www.blackandwhite.org.ua/en/film

Visitar a Exposição virtual:
http://www.blackandwhite.org.ua/en/project

Bónus:
Como bónus, queria vós apresentar um belo vídeo de um dos grupos mais promissores da música electrónica ucraniana contemporânea, chamado Dazzle Dreams (pessoalmente sonho com o dia, quando estes talentosos rapazes possam representar a Ucrânia no festival de Eurovisão):
http://www.youtube.com/watch?v=F9NqQQujmKs

E claro, viva o FC Shakhtar, detentor da Taça UEFA 2009!!!

domingo, maio 17, 2009

Ucrânia no Eurovisão 2009

Mais um festival Eurovisão se foi, desta vez ganhou um rapaz da Noruega, da origem belarusa, que pelos vistos se posiciona como russo, pois falou em várias línguas, menos a sua língua supostamente nativa – o belaruso. Coisas da vida...

A ucraniana Svitlana Loboda, com a sua composição «Be My Valentine! (Anti – crisis Girl)» não era má de tudo, mas faltaram lha várias coisas, entre elas a originalidade, o sentido do bom gosto, entre outros. Ficou entre os primeiros 15 lugares (12ª posição), ganhando desta forma, o direito para que a Ucrânia esteja presente para o ano em Oslo.

Pode-se ver a canção ucraniana aqui.

Outra representante ucraniana no festival era a cantora Anastasia Prikhodko, que representava a Rússia, com a canção “Mamo” (mãe em ucraniano), escrita pela poetisa da Estónia e composta por compositor georgiano.

Apesar do que os espectadores russos (25% dos votos) e a maioria dos membros do júri profissional votarem em Anastasia, houve muita gente, que se escandalizou pela vitória da ucraniana. “Não ficaria mal disposto se ganhasse outro”, declarou Iossif Prigozhin, empresário e marido da cantora Valeria (a concorrente derrotada pela Anastasia): “É necessário realizar novas eleições e mandar à Eurovisão outra pessoa, porque a canção é interpretada em língua ucraniana, nada tem a ver com a Rússia”.
Mas as coisas aqueceram ainda mais, quando os russos descobriram que o irmão da Anastasiya, Nazar “Viter” Prikhodko é membro da organização paramilitar nacionalista ucraniana UNA – UNSO (combateu na guerra da Transnístria contra a Moldova e na guerra de 1993 na Abecásia apoiou a Geórgia).

Ver as canções da Anastasia no YouTube
Ver a canção “Mamo”

sábado, maio 16, 2009

Genocídio russo no Cáucaso

O fotografo americano Sergey Melnikoff e Alla Dudaeva (viúva do primeiro Presidente da Chechénia, general Dzhokhar Dudayev), apresentaram a exposição fotográfica chamada “Acusação contra a Rússia em genocídio dos povos do Caúcaso”.

A exposição abriu-se na capital georgiana – cidade de Tbilisi, na praça de Liberdade no dia 12 de Maio. Sete longos anos a fotografa Natalia Medvedeva reunia as imagens que documentavam as atrocidades do exército russo na Chechénia. Em 1995 ela ofereceu-se voluntariamente para ficar no lugar dos reféns durante a operação da guerrilha chechena na cidade russa de Budyonnovsk. Depois, publicamente recusou receber a ordem “Coragem”, das mãos do presidente Boris Yeltsin.

Dois anos atrás, Natalia consegui levar mais de 11.000 negativos da Rússia para os EUA. A exposição sem precedentes, sobre o recente passado sangrento da ocupação russa da Chechénia vai começar o seu torneio internacional.

Ver as fotografias da Natalia:
http://photopicture.us/chronicles/exhibition_01.php
http://www.liveinternet.ru/users/alparslan/post82432234/

Conheçam a revista “África e Africanidades”

A revista “África e Africanidades” comemora o seu primeiro aniversário e para esta quinta edição (Ano II – № 5 / Maio de 2009 / ISSN 1983-2354), foi feita uma selecção com alguns dos melhores textos publicados nos quatro números iniciais, que estão separados por áreas temáticas, a saber: Literaturas, Culturas, Educação, Histórias e Sociedades.

A quinta edição está linda, design muito bem elaborado, com muitas imagens e cores, além dos textos de óptima qualidade. A edição dedica bastante espaço ao Moçambique, a revista também pode ser vista na Internet em: http://www.africaeafricanidades.com

SUMÁRIO (sobre Moçambique)

A tradição oral em Niketche: Movimentos e ritmos vitais na dança do amor. Por André Sampaio – Universidade Federal Fluminense – UFF / Brasil

Conto “Tiros ao alto” e a poesia do escritor moçambicano Domi Chirongo – Instituto de Comunicação Social da África Austral MISA / Moçambique

Obrigado ao http://ricardoriso.blogspot.com

quinta-feira, maio 14, 2009

Vejam o filme “Soviet Story”

Este filme é oficialmente proibido para a demonstração em todo o território da actual Federação Russa.

Sobre que fala o filme? Sobre os campos de concentração de GULAG, sobre os experimentes secretos soviéticos, em que os prisioneiros eram usados como as cobaias, sobre a amizade entre NKVD e Gestapo, entre outras coisas.

Após ver este filme torna-se muito mais difícil a não acreditar que o comunismo soviético era o irmão – gémeo do nazismo alemão.

Talvez por isso, o Kremlin aposta em silenciar e ofuscar o filme. Por isso vejam e divulguem estas imagens, todos os tiranos têm o mesmo medo, o medo da verdade.

http://andreistp.livejournal.com/173624.html (Live Journal)
http://narod.ru/disk/5985465000/The%20Soviet%20Story%20(Rus).avi.html (file AVI)

Na foto: as fotografias dos oficiais polacos, assassinados pelo NKVD soviético no Massacre de Katyn

quarta-feira, maio 13, 2009

Em defesa do Ivan Demjanjuk

Hoje, os EUA deportaram o seu cidadão, ucraniano John (Ivan) Demjanjuk para a Alemanha.

O homem a quem os EUA retiraram a cidadania duas vezes, que já foi deportado para o Israel, para ser julgado pelo seu alegado envolvimento no massacre dos judeus, que foi ilibado pelo Tribunal Supremo do Israel, agora é deportado para a Alemanha, país que organizou, apoio e executou o Holocausto judaico. País cuja chanceler, Sra. Merkel é a única estadista estrangeira que recusou visitar o monumento do Holodomor ucraniano em Kyiv. Porque e quem deu direito a estes netos dos nazis ignorar as tragedias dos ucranianos? Será que eles se esqueceram, que são responsáveis directos pela morte dos cerca de 5,5 milhões dos ucranianos na II G.M. Que tipo das memórias selectivas é este? Proponho desde hoje iniciar o boicote TOTAL dos produtos alemães, até que o nosso irmão, prisioneiro da guerra ucraniano, Sr. Ivan Demjanjuk seja posto em plena liberdade.

Mais, milhares de judeus colaboraram com o regime nazi para sobreviver e ninguém os acusa do nazismo. Porque eles só queriam sobreviver. Ivan Demjanjuk nunca era o membro do Partido Nacional – Socialista (NSDAP), por que razões ousam chama-lo de nazi? Julgado e absolvido em Israel e ainda sem julgamento na Alemanha, ele está sendo julgado na praça pública. Será que por ser ucraniano Demjanjuk não tem o direito de manter o seu bom nome e ser considerado inocente até a prova ao contrário? Centenas dos porquês, todas elas sem uma resposta...

Proponho um artigo excelente do canadense Peter Worthington sobre o assunto, intitulado “Hipocrisia reina na luta contra os crimes da guerra”.

Mais uma vez, eles perseguem John Demjanjuk. Desta vez é Alemanha, com ajuda do Departamento de Justiça dos EUA, ambos mostrando aquilo que pode ser descrito como "hipocrisia surpreendente”, misturada com o cinismo impressionante. Alemanha, que recusa permitir que os seus próprios cidadãos sejam extraditados para serem julgados por crimes de guerra nazi em outros países, pede extradição do Demjanjuk dos EUA para acusa-lo em "participação no assassinato" de 29.000 judeus no campo de concentração de Sobibor durante a II G.M.

Nascido na Ucrânia em 1920, Demjanjuk, agora com 89 anos de idade e uma saúde frágil, veio aos EUA em 1951. Estabeleceu-se em Ohio onde trabalhou toda a sua vida como mecânico em Cleveland, na fábrica do Ford.

Em 1977, o departamento de justiça dos EUA começou o processo da revogação da sua cidadania americana, quando os sobreviventes do holocausto judaico, alegadamente, identificaram a sua foto como sendo o sádico “Ivan, o Terrível", guarda do campo de concentração de Treblinka. As mesmas fotos foram usadas para identificar um homem chamado Federenko como um dos guardas de Treblinka. Demjanjuk negou as acusações, explicando que foi incorporado no exército vermelho em 1940, capturado pelos alemães em 1942. Cooperou com os alemães e trabalhou subsequentemente como o guarda do perímetro em Sobibor, sem o contacto directo com os prisioneiros. O tribunal americano acusou Demjanjuk de sonegar a informação, preenchendo os papeis de emigração durante a sua entrada para os EUA. Ucraniano também foi acusando de ser um guarda dos SS em Treblinka. Em 1983, Demjanjuk foi extraditado para o Israel, em 1986 foi julgado como criminoso de guerra. Durante todo este calvário, o seu genro americano, Ed Nishnik, procurou implacavelmente provar a inocência do Sr. Demjanjuk.

A União Soviética forneceu as alegadas provas contra Demjanjuk. A corte israelita declarou Demjanjuk culpado de todas as acusações e em 1988 sentenciou-o a ser enforcado. Nishnik foi a Ucrânia, procurando as evidencias novas e apelou à Corte Suprema do Israel. Em 1993, à luz das evidências novas, cinco juízes da Corte Suprema revogaram a sentença de culpa, reconhecendo que tinham condenado o homem errado como sendo o "Ivan, o Terrível" de Treblinka – um tributo eterno a corajosa e honesta justiça israelita.

“Ivan, O Terrível”, na realidade era Ivan Marchenko, que já tinha falecido, mas que tinha operado as câmaras de gás de Treblinka. Reconhecendo o “confusão de identidade”, a Corte Suprema do Israel recusou permitir novas acusações contra Demjanjuk, porque significava julgar a mesma pessoa por mesmo crime duas vezes. Demjanjuk foi ilibado. Em 1998, uma corte federal dos EUA restituiu a sua cidadania americana.

Mas então, o Departamento de Justiça emitiu uma acusação nova, ignorando o seu erro de Treblinka, acusando Demjanjuk de ser o guarda em campos de concentração de Sobibor e Majdanek. O juiz acusou Demjanjuk em ocultar a sua verdadeira identidade e outra vez retirou lhe a cidadania. Em 2005 foi decretada a sua extradição para a Ucrânia e a Corte Suprema dos EUA recusou a ouvir a sua apelação. Assim Demjanjuk permaneceu apátrida nos EUA até que o promotor de justiça dos crimes do holocausto na Alemanha pediu a sua extradição. Em, Março de 2009 Demjanjuk foi acusado em participação no assassinato de 29.000 judeus no campo de concentração de Sobibor.

O especialista europeu John Rosenthal chama a atenção para a hipocrisia e o cinismo do Bundestag (Parlamento Alemão), que permitiu extinguir o prazo legal para acusar os cidadãos alemães, que trabalhavam nos campos de concentração nazis, impedindo deste modo que “os seus genuínos nazis domésticos sejam julgados e condenados no estrangeiro". Ou seja, acusando Demjanjuk, Alemanha descreve-se como o "totalmente vigilante", na perseguição dos crimes de guerra nazis.

Fonte:
http://oxfordreview.com/ArticleDisplay.aspx?e=1501747

p.s.
Já agora, os alemães querem acusar Demjanjuk de operar um diesel – gerador das câmaras de gás. Pergunto eu, e o fabricante deste diesel – gerador (um mercedes ou wolksvagen qualquer), que não apenas fabricou, mas também instalou e deu assistência pós – venda, eles também serão julgados ou nem por isso?

quinta-feira, maio 07, 2009

Ucranianos – entre Leste e Ocidente

Inserido nas comemorações dos “Dias da Europa”, o fotografo franco – ucraniano, Cyril Horiszny, apresenta ao público o seu novo projecto: “Os Ucranianos: entre Leste e Ocidente”, que explora através de uma galeria dos retratos, uma sociedade ainda desconhecida e por cima frequentemente caricaturada na opinião pública.

Não pretendendo obter a autenticidade etnográfica, o projecto apresenta uma visão subjectiva dos ucranianos, surpreendendo os nas suas diferentes tarefas sócio-culturais e sócio – profissionais. Algumas destas atmosferas são às vezes muito pessoais e bem distantes umas das outras. Mas graças a elas, um indivíduo ganha a sua própria existência e transforma-se num carácter original.

As paralelas do aspecto social, político, geográfico, de sensibilização e filosófico, enfatizam quer as semelhanças, quer os contrastes. Este conjunto díspar e frequentemente imprevisível, pretende agitar as reflexões sobre a identidade das pessoas, mais de 17 anos após a sua independência. Olhando para além das relações improváveis entre os modelos seleccionados, todos eles são cidadãos de uma nação ainda em construção.

Entre os dias 8 a 24 de Maio de 2009
França, Senlis, Gilbert Dufoix Gallery. 8, place Henri IV
Tel: +33 (0) 3 44 60 03 48 / infos@galeriegilbertdufois.com

quarta-feira, maio 06, 2009

Brasil restaura o património ucraniano

Na última terça – feira, foi anunciado oficialmente que a Igreja São Miguel Arcanjo, marco da arquitectura ucraniana, situada na cidade de Mallet, na região Sul do estado de Paraná (Brasil), passará por obras de restauração. Construída há 120 anos por imigrantes ucranianos, a igreja e é uma obra exemplar da arquitectura deste povo. O valor estimado para a restauração será de R$ 1,1 milhão (cerca de 520.000 USD).

por: Pollianna Milan, Jornal Gazeta do Povo, Sábado, 02/05/2009

Entre as alterações previstas, está o reprojecto do telhado: só a cúpula continua com as telhas originais. Há ainda a preocupação de reconstruir a organização espacial da igreja, porque a sacristia foi feita posteriormente e tirou o formato original da arquitectura – vista de cima ela deveria ser uma cruz.

A igreja, construída a partir de 1889 e inaugurada em 1903, está na Serra do Tigre. A base de sustentação do imóvel são troncos encaixados e recobertos de madeira. As paredes são triplas, onde a madeira foi encaixada com pouco uso de pregos. Apresenta ainda, no interior, pinturas com imagens de São Nicolau, Nossa Senhora e São José. Além de ser uma obra feita com madeira de araucária, tipicamente paranaense, a cultura é preservada na igreja por meio da religiosidade e da vida social que a rodeia, com suas tradições, ensino da língua e actividades de folclore. “A ideia é manter a igreja aberta mesmo durante a restauração. A comunidade é muito articulada, alguns membros participam desta acção. Sem falar do amor que as pessoas têm pela igreja. É impressionante”, afirma o superintendente estadual do Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), José La Pastina Filho.

O trabalho de restauro será coordenado pelo Instituto Arquibrasil, com o apoio do IPHAN e patrocínio da Caixa Económica Federal.

Fonte:
http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=882578&ch=

Foto: Henry Milleo / Arquivo
Notícia enviada pelo Guto Pasko

terça-feira, maio 05, 2009

Rússia financia o golpe do estado na Geórgia

Após fazer o maior escândalo diplomático com a NATO, por causa das manobras multinacionais na Geórgia, a Rússia passou todos os limites aceitáveis, financiando e promovendo o golpe do Estado naquele país do Cáucaso.


A independência georgiana deveria ficar liquidada no dia 5 de Maio de 2009 (como o plano mínimo, o golpe pretendia inviabilizar os exercícios da NATO denominados “Cooperative Longbow 09/Cooperative Lancer”). Os golpistas e os seus financiadores russos apenas não contaram com a acção enérgica do Presidente Mikheil Saakashvili, que apoiado pelo exército contra-atacou primeiro, prendendo a maioria dos golpistas. A base militar de Mukhrovani, que os golpistas pretendiam usar como a plataforma de ataque, foi ocupada pelas tropas do Ministério do Interior e totalmente controlada, ao ponto de ser visitada pelo próprio Presidente Saakashvili.

O blogueiro georgiano gelavasadze traduziu em russo, as conversas dos golpistas. Neste trecho um dos organizadores do golpe, Gia Gvaladze, ex – chefe da unidade especial “Delta”, da época do Shevarnadze, explica aos seus simpatizantes, as pretensões dos golpistas (conversa filmada pela câmara oculta do Ministério do Interior da Geórgia).

O plano do golpe era simples: com ajuda dos militares russos (“Depois entram os russos, duas brigadas, cerca de 5.000 homens”), os golpistas planeavam tomar o poder pela força das armas. O perfeito de Tbilisi, Gigi Ugulava, o Ministro do Interior Vano Marabishvili e outros, cujos nomes são pronunciados no vídeo, deveriam ser eliminados fisicamente (“Ugulava e Merabishvili já são cadáveres, ninguém já os consegue salvar...”). Depois pretendia-se atacar e ocupar a Chancelaria do Presidente, Parlamento, Procuradoria Geral, Ministério do Interior, televisão (“Vamos atacar a Rustavi-2, lá estarão 30 – 35 pessoas, nós os “fazemos”). Gvaladze informa que os golpistas não terão os problemas com as armas ou munições (“eu pedi 7 – 8 carregadores por pessoa, não é preciso ter mais, perdes a mobilidade...”).

Depois os vencedores deveriam receber certas regalias e postos importantes (“se ficarmos vivos, seremos empossados nos postos...”). A Geórgia deveria se transformar numa "Belarus, junto a Rússia".

Fala Gvaladze: Os russos entram no dia 5 de Maio, ao meio dia. Depois são organizadas as eleições e ganha quem precisa. Eu, o mais provável, estarei no parlamento, no lugar daquele Givi... (risos)

Os líderes principais do golpe, os generais Koba Kobaladze, Karkarashvili, Pirtshalaishvili, Tevsadze, Uchadze, Gia Tskrialashvili (fundador dos grupos paramilitares “São Jorge Branco” e Mkhedrioni), Djemal Gahokidze esperavam receber da Rússia o montante de 50.000 USD por pessoa. Comandar os golpistas no terreno deveria o coronel Koba Otanadze (o mandato da sua captura já foi emitido pela a Procuradoria da Geórgia).

Ver o vídeo no YouTube:
http://www.youtube.com/watch?v=Bw7UosMxZwY

Via:
http://vaxo.livejournal.com/324367.html

segunda-feira, maio 04, 2009

Curso da língua e cultura ucraniana no Brasil

No dia 30 de Abril de 2009 na Universidade Católica de Brasília (Brasil), foi oficialmente lançado o Curso da língua e cultura ucraniana destinado aos alunos desta escola e todos os interessados da capital brasileira. 50 horas do Curso vão proporcionar as bases de conhecimento sobre a língua, cultura, tradições, costumes, música e canções do povo ucraniano. O Curso é ministrado pelos diplomatas da Embaixada da Ucrânia.

No discurso de abertura, o Embaixador Volodymyr Lákomov salientou a importância de tais medidas para o intercâmbio humanitário, um melhor conhecimento do património cultural e histórico na formação de parcerias entre as duas nações. Ele destacou especialmente a oportunidade para os estudantes brasileiros estudarem a língua ucraniana no contexto da cooperação entre os dois países no espaço cósmico, realizada através da empresa binacional “Alcantara Cyclone Space”, cuja próxima meta — lançar o satélite brasileiro através do foguete ucraniano “Cyclone-4”.

Volodymyr Lákomov também entregou à Universidade Católica uma colectânea de obras e traduções da escritora ucraniano – brasileira, Vira Wovk (Selanski), o Prémio Nacional da Ucrânia de Literatura Taras Shevchenko e um conjunto de materiais didácticos sobre o mencionado projecto espacial.
Fonte:

domingo, maio 03, 2009

Marcha da legalização em Kyiv

Todos os anos, no início do mês do Maio, tradicionalmente na Ucrânia se organizam as marchas pela legalização das drogas leves (principalmente a marijuana) e também, tradicionalmente, os partidos da direita tentam impedir estas marchas.

Neste ano, no dia 2 de Maio, os participantes da marcha pela legalização (Marcha da Liberdade) se reuniam na Praça da Europa. Os seus opositores, organizados pela cédula provincial do partido da direita – União Eleitoral – Svoboda, estavam reunidos do outro lado da mesma praça. Uns e outros eram separados pelo cordão policial. Mas os jornalistas e até outros presentes (que não tinham os símbolos visíveis da esquerda ou da direita) podiam circular livremente entre um e outro grupo de activistas.

O líder regional da União Eleitoral – Svoboda, Andriy Mohnik, dizia que, o seu partido já não é pela primeira vez está se manifestar contra a ideia de legalizar as drogas leves. Pois ao seu ver as drogas leves é o meio caminho andado para as drogas pesadas.

Os apoiantes da legalização este ano eram pouco numerosos, talvez por isso não conseguiram organizar a marcha propriamente dita, apenas cantaram, tocaram os tambores e arrearam as bandeiras, protegidos pela polícia de segurança pública. O porta – voz da marcha de legalização, Taras Ratushniy (+38 098 8366000), dizia que os seus oponentes não entendem o que realmente defendem os defensores da legalização. Nomeadamente, eles afirmam pretender a legalizar a porte das drogas leves (para o uso pessoal), mudando a política estatal da Ucrânia, da actual repressão contra os usuários, para a luta contra os narcotraficantes. Incluindo os traficantes nas fileiras do Ministério do Interior...

No fim da marcha, a polícia deteve três activistas das organizações da direita, que atiraram os ovos e uma peça artesanal do fumo contra os organizadores da Marcha da Liberdade. Para animar a festa, os da direita gritavam: “Quando vês um drogado, bate ele como a barata!” Os apoiantes da legalização, deixavam a marcha em grupos organizados, saindo do cerco policial um por um, escondendo a simbólica do legalize, para não ser perseguidos e eventualmente sovados pela direita.

Texto e fotos:
http://bilozerska.livejournal.com/137968.html

N.B.
Pelos dados da Administração Judicial Estatal da Ucrânia, no ano 2006, no país foram condenados pelos crimes ligados à droga cerca de 32.000 pessoas. Destes, apenas 5.842 pessoas pela venda da droga (Artigo do Código Penal 307) e outros 20.845 pelo porte dos narcóticos sem a intenção da venda (Artigo 309).
http://ps.org.ua/community/news/9765.html