domingo, maio 24, 2009

Os melhores castelos da Ucrânia

A crise económica obriga os ucranianos procurar as rotas e os destinos mais económicos, faz com que os turistas nacionais procurem as atracções turísticas domésticas. Pois a Ucrânia possui várias maravilhas arquitectónicas, casos dos castelos, fortalezas, igrejas...
A Redactora – Chefe da página da Internet Castelos e Igrejas da Ucrânia, Sra. Irina Pustynnikova, criou a sua lista dos 9 melhores castelos da Ucrânia, que vale a pena ver. Claro, aqui não estão reunidos todos os castelos ucranianos, mas os que entraram na lista são especiais, pois cada um deles tem uma história própria. Escolhem um deles e o visitem no vosso próximo deslocamento a Ucrânia!

Texto e Fotos por Irina Pustynnikova (também conhecida como Kamienczanka)

1. Khotyn / Kamyanets-Podilskyi: os mais cinéfilos
A distância entre estas duas cidades ucranianas é curta, cerca de 24 km, aqui foram filmados dezenas de filmes sobre a época medieval, incluindo o último projecto ideológico do Kremlin, Taras Bulba. No meio caminho entre estas cidades fica a localidade de Zhvanec, onde podem ser vistos as ruínas do castelo dos magnatas polacos Kalinowski (século XVII). Ao lado, fica a casamata soviética dos anos 1930, também faz parte da nossa história.

2. Dubno: a terra do Taras Bulba
Aqui existe o palácio do castelo (século XVII) e a torre decorativa – Beata. A lenda conta que em Março de 1577 o castelo se preparava para o casamento da sobrinha do dono do castelo, jovem Beata. Mas o casamento foi perturbado pelo aparecimento súbito do bando armado dos tártaros. Beata perguntou a empregada o que se passava. Mas como a Beata não era muito dada aos estudos, não sabia quem são os tártaros e as criadas lhe contaram que os tártaros nascem cegos, possuem os cornos, enfim os diabos em carne e osso. A Beata ficou curiosa, espreitou da janela, viu as tropas inimigas e disparou (mandou a disparar) o canhão. Por acaso a bala acertou na tenda do Khan dos tártaros, estes interpretaram o sucedido como sinal divino e levantaram o cerco à cidade. Beata ficou contente e disse: “Agora já é possível me casar!”

A fortaleza do Dubno está mencionada no romance do Mykola Gogol “Taras Bulba”, os seus citadinos se orgulham disso, todos os anos aqui se organiza o festival do rock “Taras Bulba”.

3. Svirzh: o mais pacífico

Entre 1453 e até o início do século XVII a cidade Svirzh pertencia à família nobre polaca de Świrskie, que ergueram o seu castelo numa das margens do lago. Em 1907 o castelo foi compradp pelo general Robert Lamaison – Salans (1869 – 1930), nobre de origem francesa, adido militar da Polónia em França. No dia 2 de Setembro de 1914, o castelo, incendiado pelo exército russo ardeu, juntamente com todo o espólio familiar dos Lamaison e a biblioteca. Após o fim da guerra, o conde Robert começou restaurar o palácio, usando nos trabalhos alguns prisioneiros da guerra russos: sabiam destruir, devem saber restaurar! Os trabalhos do restauro forma continuados pelo conde Tadeusz Komorowski (1895 – 1966), mas interrompidos em 1939, ano em que em resultado do pacto Molotov – Ribbentrop, esta zona foi anexada pela URSS.

Durante a II Guerra Mundial o castelo foi de novo saqueado e parcialmente destruído, na época soviética foi usado como a escola dos tractoristas, mais tarde aqui se planeava criar a Casa do Retiro da União dos Arquitectos.

4. Chervonohrad: o mais misterioso
A aldeia já inexistente de Chervonohrad (nome antigo Castrum Rubrum) não deve ser confundida com a cidade homónima mineira na Ucrânia Ocidental. Tudo por causa da cor avermelhada das terras locais – possuem muito barro.

O castelo foi construído pelos magnatas polacos no século XVII, mais tarde danificado pelo exército turco. Em 1820 – 1840, os nobres polacos Poninski constroem aqui o novo palácio neo – gótico. Palácio é composto por duas torres, uma deles tem a passagem secreta, que sobreviveu até os dias de hoje. Uma das torres também tem a falta de “dentes”, pois durante a I Guerra Mundial, os militares russos tentaram arranca-los, caindo em resultado do roubo mal sucedido, juntamente com as pedras cobiçadas.

Desde 2003 no castelo vive um monge ortodoxo, que acredita que debaixo do castelo se situa o inferno, guardado por um cavalheiro sem cabeça...

5. Bilgorod – Dnistrovskiy: o maior

A cidade de Bilhorod – Dnistrovskyi é uma das cidades mais antigas do mundo. Além disso, aqui se situa a maior castelo da Ucrânia, com 2,5 km dos murros, embora nem todas as suas (34!) torres sobreviveram até os dias de hoje.

O castelo foi fortificado durante cerca de 200 anos, por romenos, genoveses e turcos. A sua parte mais antiga – Cidadela (século XII) é um castelo dentro do castelo. Quando alguns partes do castelo caiam nas mão do inimigo, era possível defende-la. Aqui vivia o comandante do castelo, se situavam os estados maiores. Por aqui passavam vários escritores ucranianos, polacos e russos.

Em Setembro de 1483 o exército de 300.000 homens do sultão turco Bayazet II e 50 mil do khan da Crimeia Mengli Girei atacou o castelo. Após 16 meses do cerco, o castelo caiu nas mãos do inimigo, aí começam os 328 anos do domínio turco. Que embora não era ameaçado, mas bastante perturbado pelos ataques constantes dos cossacos ucranianos: Hryhoriy Loboda, Ivan Sirko, Semen Paliy.

6. Serednje: o mais enigmático

No meio do caminho entre as cidades ucranianas de Uzhhorod e Mukacheve está localizada a vila Serednje (tradução literal “que está no meio”), que abriga os restos do castelo dos templários do século XIII. No ponto mais oriental do seu domínio, o poderoso e misterioso ordem guardava o sal e o trigo, os produtos não menos preciosos do que a prata ou ouro.

Hoje a localidade é conhecida pelas suas adegas – cooperativas que produzem o vinho. Os castelos vizinhos do Uzhgorod e Mukacheve estão muito melhor conservado e até têm os fantasmas próprias. Vale a pena ver!

7. A 7ª posição retiramos momentaneamente devido à sua localização na Crimeia ocupada, ninguém, em consciência, fará o turismo nos territórios ocupados.

8. Kremenets: o mais lendário

O castelo da cidade de Kremenets foi a propriedade da rainha polaca Bona Sforza. Ela nunca visitou o burgo, mas deixou o seu nome para uma colina de 400 metros, que domina a cidade. Segundo reza a lenda, a nobre italiana recebeu a cidade e o castelo em 1536, empenhando-se nos melhoramentos urbanos. Dizem que após a morte do marido, o rei polaco Zygmunt I Stary, ela levou para a Itália cerca de 70 carruagens dos bens variados.

Em Setembro de 1648 o castelo foi atacado pelos cossacos ucranianos, chefiados por coronel de origem escocesa, Maxym Kryvonis. Após meses de batalhas, a fortaleza foi destruída definitivamente. Em 2004 um estudante local, sonhando com os tesouros, construiu uma “engenhoca” para detectar os metais. Mas em vez do ouro e prata, encontrou uma dúzia dos obuses alemães da II Guerra Mundial.

9. Kudrynce: o mais autentico

As vias de acesso até a aldeia de Kudrynci (na fronteira administrativa entre as províncias ucranianas de Ternopil e de Khmelnytskyi) são bastante degradadas. O transporte público é bastante raro, infra – estrutura pouco desenvolvida. Mas as belezas naturais são impressionantes.

A fortaleza foi construída em 1615 pela família de nobreza polaca Herburt. Mas em 1648 o castelo foi ocupado pelos camponeses e cossacos ucranianos do Maxym Kryvonis, em 1672 e 1694 pelos turcos. No início do século XVIII o castelo passou para a propriedade da família polaca Gumenecki, depois Kozibrodski, estes últimos o transformaram em museu, coleccionando as mobílias e os retratos antigos. Uma das torres do castelo possuía a passagem subterrânea, hoje já inexistente.

10. Castelo Shenborn (Chynadieve): o mais mágico

Até a estação dos caminhos de ferro parece um pequeno castelo. No parque em redor do castelo – muitas arvores bonitas. Mas desde 1946 o castelo da caça dos condes Schönborn é ocupado pelos doentes com as patologias no coração.

Tudo começou em 1840, quando a família Schönborn ergueu aqui uma casa de madeira, em 1890 eles construíram um castelo de pedra, que tinha 365 janelas, 52 quartos e 12 entradas. O lago no parque seguia o mapa do império Austro – Húngaro. Um dos ideólogos do 3° Reich, Hermann Goring em 1939 procurava comprar este castelo junto ao governo ucraniano do Avgustyn Voloshyn. Nos anos 1950, aqui esteve o pintor e ensaísta americano Rockwell Kent, que adorou a natureza das Cárpatos e a beleza do castelo.

Fonte:http://life.pravda.com.ua/wonderful/4a127bb32c273

Obrigado ao Chornogora

Como bónus, queria vós apresentar vários músicos do rock alternativo da Ucrânia:

Artista: Yurcash, composição: Oj
http://www.youtube.com/watch?v=0CHbXwkZ4Es
Artista: Yurcash, composição: Mundial
http://www.youtube.com/watch?v=ZAKdCNBAuHM&NR=1
Artista: Stan, composição: Ostanne
http://www.youtube.com/watch?v=PRynnnpBipw
Artista: Proroki
http://www.youtube.com/watch?v=N2ZcVNEwhrc

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