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Como tal, achamos pertinente publicar hoje “A confissão de um russófobo”, pois todos os interessados devem saber identificar muito bem os adeptos deste sentimento totalmente anti – científico e anti – histórico (para estes dissemos anátema!, arrependei-vos, senão estareis excomungados da igreja canónica da Fofudja).
Por: Yevhen Bulavka
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Agora é difícil de lembrar, quando na imprensa começaram mencionar a “russofobia”. Um termo bastante estranho, que até agora não foi estudado totalmente. Por cima ainda traiçoeiro e pegajoso, pior que a “gripe suína”. Pois afinal, qualquer um de nós pode se tornar o “russófobo”.
Queres educação ucraniana para as crianças ucranianas, a televisão ucraniana e o cinema ucraniano – já está, é a forma primária da russofobia.
Pior, se falarmos da história. Em princípio, qualquer pessoa, que sabe ler a analisar os factos, para não cair no pecado russófobo, tem que correlacionar as suas conclusões com os livros escolares soviéticos e russos. A sorte é nossa, que (neste momento) não há nenhuma diferença principal entre estes!
Na pior das hipóteses, é preciso ficar atento às declarações do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia ou os seus políticos. Eles vão explicar bem direitinho, quem no passado era bom e quem era mau. E se os vizinhos realmente vão introduzir a persecução judicial por “reescrever, negar a história”, então, podemos concluir que eles conseguiram inventar o remédio contra a russofobia. E a efectividade deste método será cardeal – mais ou menos do género de curar a dor da cabeça com a guilhotina.
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Tudo isso porque é difícil resistir contra a propaganda russófoba na Ucrânia – aqui tornam os documentos secretos, quase é impossível levar o pensamento alternativo para a TV. Enquanto os arquivos russos estão abertos para os estudiosos e por isso a (Rússia) reclama o direito bem fundamentado sobre a verdade, a verdadeira “verdade” única. Ou o autor confundiu algo?
São pormenores. O principal, terá que lembrar: falar bem sobre o UPA isso é a russofobia, apenas é possível falar mal. Lembrar os mortos durante a fome – isso também é russofobia, uma russofobia declarada. Falar sobre a abolição do anátema (que recai) sobre o hetman Ivan Mazepa também é a russofobia.
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E ninguém quer saber, que as questões aqui levantadas tocam a Rússia de uma maneira secundária, pois ela era a medula do império – Soviético ou Czarista. Mas o “sovietofobia” ou “chauvinismofobia” não fica bem no ouvido! Enquanto a russofobia, esta sim, fica!
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Como é possível não amar a Rússia ou ter qualquer reclamação dela! Isso é, o Sol que tem as manchas, mas a história russa é branquinha e limpinha como a folha mais branca do papel.
E mesmo se teve algumas páginas, que nem se queremos recordar – repressões contra o seu próprio povo, ou digamos, as deportações ou a colaboração com os nazis antes da II G. M., o mais importante é encontrar uma boa formulação propagandística. Por exemplo, “gestão efectiva”, serve bem. Os seus próprios erros que reconheçam os fracotes. Tudo o resto é a russofobia.
Conduzindo deste modo o trabalho sobre o meu próprio interior, consegui me acalmar. Finalmente, pude ver no espelho, a face absolutamente e completamente pronta para receber as recomendações da recém – criada “Comissão junto do Presidente da Federação da Rússia de luta contra qualquer tentativa de falsificar a História em detrimento dos interesses da Rússia” (popularmente conhecida como “ministério da verdade”).
O Sol batia na minha janela, inundava com a luz a rua comum de Kyiv, palco das andanças desenfreadas dos pedestres. Apenas pensei: “Meu Deus, quantos russófobos potenciais entre eles?”...
Fonte:
http://www.pravda.com.ua/news/2009/5/25/95314.htm
Bónus:
Resumo do romance do George Orwell “1984” (em português)
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