quinta-feira, agosto 27, 2015

Rússia revela as suas perdas militares na Ucrânia

Os dados OSINT, publicados pela edição on-line russa bs-life.ru, revelaram uma sensação: até 1 de fevereiro de 2015, as forças armadas russas já perderam na Ucrânia mais de 2.000 militares mortos e outros 3.200 militares foram gravemente feridos, considerados inválidos.
Embora o artigo, intitulado “Aumento dos salários aos militares em 2015” (na imagem em cima) foi rapidamente censurado, a edição ucraniana nr2.com.ua guardou a web cache do artigo original. Eis os segredos revelados, propositadamente ou não, pelos jornalistas russos:

As compensações aos militares que participaram nas ações militares na Ucrânia em 2014-2015

Além disso. O Governo da Rússia tomou a decisão sobre a compensação financeira aos militares que participaram nas ações militares no leste da Ucrânia.

Assim, às famílias dos militares mortos que participaram nas ações militares na Ucrânia, a compensação monetária será de 3 milhões de rublos (cerca de 50,000 USD), aos aqueles que se tornaram inválidos durante as ações militares – 1,5 milhões de rublos (cerca de 25,000 USD). Além disso, está previsto o pagamento aos (militares) contratados os (valores) “de combate” por cada dia da presença na zona do conflito militar no valor de 1800 rublos (30 dólares).

No total, até 1 de fevereiro de 2015, já foram pagas as compensações monetárias às mais de 2.000 famílias dos militares e aos 3.200 militares que receberam os ferimentos graves e foram considerados inválidos.


Os sovietólogos encontravam muitos segredos da URSS, vasculhando a imprensa soviética e revistas técnicas e de comércio financeiro. Os militares mortos e inválidos, à receberem as compensações, ​​devem ficar registados em algum lugar nos orçamentos. Conforme relatado pela publicação russa, os pagamentos de compensação aos russos mortos e inválidos na Ucrânia chegou à quase vinte milhões de dólares, não é uma grande despesa do orçamento de defesa russo, de aproximadamente 50 bilhões de dólares, mas é suficientemente grande para aparecer em uma subcategoria orçamentária apropriada.
A revelação da “Delovaya Zhizn” destrói o mito de Putin sobre “um pequeno número de mortes de patriotas russos que defendem os russos na Ucrânia”. De acordo com Putin, se houver os combatentes russos na Ucrânia eles “se demitiram do exército e foram como voluntários”. No entanto, os militares russos sob contrato, no jargão militar russo, kontraktnik(i), são contratados para servirem um determinado período de tempo no serviço militar, geralmente três anos, em troca de remuneração e outros benefícios. A cláusula de pagamento aos soldados sob contrato cria um enorme embaraço à narrativa oficial do Kremlin sobre a “não participação” dos seus militares na agressão contra Ucrânia.
Os terroristas russos liquidados em Donetsk em maio de 2014
Os censores russos removeram rapidamente a informação incriminatória. O Kremlin vai alegar que o material da cache web é uma falsificação. Os números, no entanto, fazem sentido e confirmam o que deveria ser óbvio para todos: as tropas russas estão no leste da Ucrânia e recebem os fornecimentos de armas pesadas, efetuados pela Rússia. As batalhas mortíferas, tais como do aeroporto de Donetsk e de Debaltseve resultaram em baixas pesadas para cada lado. Sabemos também que os mortos russos são secretamente transportados de volta à Rússia para os enterros clandestinos.
Apesar desta série de evidências, apenas um quarto dos russos acredita que a Rússia tem tropas suas na Ucrânia. Será que a presença de 3.200 inválidos de guerra e mais de 2.000 famílias enlutadas corroerá a crença de que a Rússia não está conduzindo uma guerra com as suas próprias tropas contra Ucrânia? Parece que o tempo e os eventos irão aumentar o número de russos que acreditarão na verdade.

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