Os
dados OSINT, publicados pela edição on-line russa bs-life.ru,
revelaram uma sensação: até 1 de fevereiro de 2015, as forças armadas russas
já perderam na Ucrânia mais de 2.000 militares mortos e outros 3.200 militares foram
gravemente feridos, considerados inválidos.
Embora
o artigo, intitulado “Aumento dos salários aos militares em 2015” (na imagem em cima) foi
rapidamente censurado, a edição ucraniana nr2.com.ua
guardou
a web cache do artigo original. Eis os segredos revelados, propositadamente ou
não, pelos jornalistas russos:
As
compensações aos militares que participaram nas ações militares na Ucrânia em
2014-2015
Além
disso. O Governo da Rússia tomou a decisão sobre a compensação financeira aos militares
que participaram nas ações militares no leste da Ucrânia.
Assim,
às famílias dos militares mortos que participaram nas ações militares na
Ucrânia, a compensação monetária será de 3 milhões de rublos (cerca de 50,000
USD), aos aqueles que se tornaram inválidos durante as ações militares – 1,5
milhões de rublos (cerca de 25,000 USD). Além disso, está previsto o pagamento
aos (militares) contratados os (valores) “de combate” por cada dia da presença
na zona do conflito militar no valor de 1800 rublos (30 dólares).
No
total, até 1 de fevereiro de 2015, já foram pagas as compensações monetárias às
mais de 2.000 famílias dos militares e aos 3.200 militares que receberam os
ferimentos graves e foram considerados inválidos.
Os
sovietólogos encontravam muitos segredos da URSS, vasculhando a imprensa
soviética e revistas técnicas e de comércio financeiro. Os militares mortos e
inválidos, à receberem as compensações, devem ficar registados em algum lugar
nos orçamentos. Conforme relatado pela publicação russa, os pagamentos de
compensação aos russos mortos e inválidos na Ucrânia chegou à quase vinte
milhões de dólares, não é uma grande despesa do orçamento de defesa russo, de
aproximadamente 50 bilhões de dólares, mas é suficientemente grande para
aparecer em uma subcategoria orçamentária apropriada.
A
revelação da “Delovaya Zhizn” destrói o mito de Putin sobre “um pequeno número
de mortes de patriotas russos que defendem os russos na Ucrânia”. De acordo com
Putin, se houver os combatentes russos na Ucrânia eles “se demitiram do
exército e foram como voluntários”. No entanto, os militares russos sob contrato,
no jargão militar russo, kontraktnik(i), são contratados para servirem um
determinado período de tempo no serviço militar, geralmente três anos, em troca
de remuneração e outros benefícios. A cláusula de pagamento aos soldados sob
contrato cria um enorme embaraço à narrativa oficial do Kremlin sobre a “não
participação” dos seus militares na agressão contra Ucrânia.
Os terroristas russos liquidados em Donetsk em maio de 2014 |
Os
censores russos removeram rapidamente a informação incriminatória. O Kremlin
vai alegar que o material da cache web é uma falsificação. Os números, no
entanto, fazem sentido e confirmam o que deveria ser óbvio para todos: as
tropas russas estão no leste da Ucrânia e recebem os fornecimentos de armas
pesadas, efetuados pela Rússia. As batalhas mortíferas, tais como do aeroporto
de Donetsk e de Debaltseve resultaram em baixas pesadas para cada lado. Sabemos
também que os mortos russos são secretamente transportados de volta à Rússia
para os enterros clandestinos.
Apesar
desta série de evidências, apenas um quarto dos russos acredita que a Rússia
tem tropas suas na Ucrânia. Será que a presença de 3.200 inválidos de guerra e
mais de 2.000 famílias enlutadas corroerá a crença de que a Rússia não está
conduzindo uma guerra com as suas próprias tropas contra Ucrânia? Parece que o
tempo e os eventos irão aumentar o número de russos que acreditarão na verdade.
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