O Kremlin recorre aos serviços secretos no estrangeiro para eliminar aqueles que considera uma ameaça ao regime, refere o Memorando elaborado para o Conselho Nacional de Informaçõessob os auspícios do Conselho Nacional Oficial de Informações para Contra-espionagem.
Uma análise dos relatórios de inteligência sobre tentativas de assassinato russas conhecidas e suspeitas indica que o Kremlin tem como alvo indivíduos das seguintes categorias:
• Desertores ou dissidentes dos serviços de informação: entre outros Alexander Litvinenko, que acusou publicamente Putin de pedofilia, bem como apresentou acusações de anos em que Putin ordenou os atentados bombistas em apartamentos em Moscovo, em 1999, como pretexto para renovar o conflito com a Chechénia. O empresário russo Aleksandr Perepilichnyy terá sido assassinado com uma toxina biológica no Reino Unido em 2012, pouco antes de ser destacado para testemunhar sobre uma rede de fraude fiscal do Kremlin, de acordo com os relatórios).
• Líderes políticos e da oposição nas principais ex-repúblicas soviéticas que são consideradas uma ameaça: entre outros, é referido o envenenamento quase fatal do antigo presidente da Ucrânia, Viktor Yushchenko, em 2004. A inteligência russa tinha injectado a dioxina química na sua comida quando ele era um candidato presidencial que defendia a integração da Ucrânia com o Ocidente.
• Separatistas insubordinados na Ucrânia: rússia assassinou na Ucrânia, algumas figuras separatistas importantes, que tentaram insubordinação ao Moscovo. Na região do Donbas, um que resistiu às ordens do Kremlin, foi Aleksandr «Batman» Bednov, provavelmente morto ao mando de Moscovo, reflectindo a prioridade da rússia em manter o controlo sobre a região.
“Batman” Bednov, foi o líder do bando armado “Batman”, liquidado em 1 de janeiro de 2015 nos arredores de Lutugino. A coluna de viaturas de “Batman” foi alvejada com armas ligeiras, morteiros e lança-chamas. Juntamente com o líder morreram cinco terroristas do seu bando. A responsabilidade foi reclamada pela liderança da “lnr”, que acusou Bednov de raptos de pessoas e de atos de bandidagem. Dois dias antes, a “procuradoria da lnr” abriu um processo-crime contra ele, e a “polícia da lnr” informou que Bednov se recusou depor as armas e ofereceu a resistência.
Os serviços especiais russos cometeram uma série de assassinatos de inimigos políticos do chefe do Kremlin, e Putin autorizou-os pessoalmente.