A guerra entre a rússia e Ucrânia foi catastrófica para ambos os países. Com nenhum dos lados desfrutando de uma vantagem esmagadora e as suas posições políticas completamente em desacordo, é pouco provável que os combates terminem em breve. Porém, uma coisa é certa: o conflito é um divisor de águas do pós-guerra fria que terá um impacto global profundo e duradouro.
Quatro fatores principais influenciarão o curso da guerra. O primeiro é o nível de resistência e unidade nacional demonstrado pelos ucranianos, que até agora tem sido extraordinário. A segunda é o apoio internacional à Ucrânia, que, embora recentemente tenha ficado aquém das expectativas do país, continua a ser amplo.
8 razões pelas quais a Rússia perderá e Ucrânia vencerá, segundo o professor Yujun:
1. Putin caiu num “casulo de informação”: ele não opera com informações reais verificadas e o seu sistema de gestão não possui um mecanismo eficaz de depuração e correção. Ucrânia, apesar de todas as suas deficiências, é muito mais flexível e eficiente.
2. O sucesso na guerra moderna é assegurado pela concorrência nos sistemas de comando, controlo, comunicações e inteligência, bem como no poder industrial. A base industrial da rússia nunca alcançará o potencial da URSS.
3. Forte resistência e unidade do povo da Ucrânia.
4. Apoio internacional à Ucrânia.
5. A rússia será forçada a retirar-se de todos os territórios ucranianos ocupados, incluindo a Crimeia, a fim de evitar a derrota.
6. A capacidade nuclear não é garantia de sucesso. Os Estados Unidos retiraram-se em tempos do Vietname, da Coreia e do Afeganistão, embora não tenham menos potencial nuclear do que o Kremlin tem agora.
7. Ucrânia provou que Moscovo não é invencível, pelo que uma trégua de acordo com o cenário “coreano” está excluída.
8. putin está em completo isolamento e tem pouco controlo sobre a situação política interna: a rebelião de Prigozhin, a eterna tensão interétnica e inter-religiosa, os ataques terroristas e o descontentamento de uma parte significativa do exército são prova disso.
Depois da guerra, a Ucrânia aderirá definitivamente à UE e à NATO, e Moscovo ainda perderá as suas colónias. O professor também defende a reforma da ONU e a redução do papel dos membros permanentes do Conselho de Segurança (incluindo a federação russa).
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