Recentemente, a TV estatal russa, “Rossija
1”, mostrou o filme documental sobre as “páginas secretas” do Pacto de
Varsóvia. O filme afirma que o Pacto defendia os estados socialistas da NATO “agressiva”.
A invasão da Checoslováquia é retratada no filme como “a teste importante das
forças armadas conjuntas dos países do Pacto de Varsóvia”.
O deputado da Duma estatal (câmara baixa
do parlamento russo), o comunista Yuriy Sinelshikov afirma que as forças
soviéticas “eram alvejadas à partir de cima com as metralhadoras”. Referindo-se
ao telhado do Museu nacional em Praga. Em 1968 o deputado participou na invasão
na qualidade do 1º sargento do batalhão conjunto.
O filme russo culpa pelos “acontecimentos
de 1968” a oposição democrática checoslovaca e a sua “força de ataque”, Clube 231, que na
visão do comunista Sinelshikov juntava “os membros das SS condenados, fascistas
e colaboracionistas”. O último chefe soviético do estado-maior do Pacto de
Varsóvia, Vladimir Lobov, chega a afirmar que “NATO se preparava para invadir
Praga”. Em 1968 o próprio Lobov invadiu a cidade, comandando as unidades dos
blindados soviéticos.
O historiador russo Vladimir Bruz
justifica a invasão da Checoslováquia como o fruto de “internacionalismo
socialista” que pressuponha “a obrigação de prestar assistência e apoio aos
amigos em caso de ameaça às conquistas socialistas”. Nesta ótica, “Rossija 1” apresenta
a alegada preparação de um alegado golpe militar em Praga como se tratasse de um facto comprovado.
Em 1993, durante a sua visita à Praga, o
presidente russo Boris Yeltsin condenou a invasão soviética de Checoslováquia,
classificando a como “inadmissível”, acrescantando que a antiga liderança da
URSS é culpada pela invasão. Em 2006, Vladimir Putin admitiu a responsabilidade
moral da Rússia na invasão de 1968, escreve Ceskenoviny.cz.
"Para que destroem a Praga?" / "Ocupantes - para casa!" |
https://www.youtube.com/watch?v=bwKGHMbwVaQ
Sem comentários:
Enviar um comentário