domingo, setembro 14, 2014

Os voluntários estrangeiros dos batalhões “Azov” e “Donbas”

Embora a propaganda anti-ucraniana costuma referir-se aos “milhares de polacos e americanos”, os voluntários estrangeiros nos batalhões da auto-defesa ucranianos são pouco numerosos.
  
por: Yuriy Butusov

Um deles era Mark Gregory “Franko” Paslawsky (1959 – 19.08.2014), na foto em cima, americano de origem ucraniana, milionário (!), militar de carreira formado em West Point (USMA), que escrevia no twitter sob pseudónimo BSpringnote e que adquiriu a cidadania ucraniana, especialmente para libertar a pátria dos seus antepassados da invasão terrorista russa (ler mais). Morreu em 2014 em combate na defesa de Ilovaisk nas fileiras do batalhão “Donbas.

Outro voluntário do Azov é sueco Mikael Skillt, a sua especialidade é franco-atirador (recon sniper), ou seja a elite militar. Mikael apaixonou-se pela Ucrânia após o Euro-2012 e se voluntariou à defender o país. É auto-suficiente e não recebe pelo seu esforço da guerra.

Mikael era um simples voluntário na Maydan, vivia numa tenda... Quando a guerra estourou, ele se ofereceu para defender Ucrânia, no batalhão “Azov”, embora não recebe e não terá nenhum estatuto social do participante na OAT.
Ele tinha um amigo sérvio, combatente muito experiente, também franco-atirador e nacionalista. Quando começou a guerra, o sérvio ligou para perguntar como vão as coisas e se era possível vir, ele estava pronto para entrar em combates. O sérvio também queria ser voluntário do “Azov”, ajudar ao Skillt. Mas depois soube que no “Azov” servem dois voluntários da Croácia. Com os croatas não poderia servir – eles falam a mesma língua, mas os dois povos fraternos travaram uma guerra demasiadamente cruel entre si... Além disso, no “Azov” não pagam, é impossível ganhar o dinheiro.

E ai, em 3 de setembro, inesperadamente, o sérvio escreveu uma SMS ao Mikael: “Eu estou em Bezimenne, perto de Mariupol, vejo te na mira”. Como se percebeu, o sérvio, através de uma empresa russa, veio ao Donbas para combater nas fileiras do destacamento de mercenários sérvios ao serviço da dita “dnr”. Michael estava em Shirokine – as suas posições realmente eram opostas. Claramente, ele não podia ser visto na mira. Mas o que fazer? Como atirar, se esta pessoa, não um estranho para ele, estaria sob a sua própria mira? Eles não tiveram o tempo para falar disso...

No dia 5 de setembro, nos arredores de Shirokine, o destacamento terrorista da dita “dnr”, avançando contra Mariupol, foi aniquilado em uma emboscada por um pelotão do “Azov”. Durante a limpeza, num camião KAMAZ à arder, entre os corpos crivados de munições de calibre 23, Mikael viu o corpo do seu amigo, que não tive tempo para se tornar o seu inimigo... Não foi Mikael que puxou o gatilho desta guerra...

Isso não é um filme. É a guerra na Ucrânia. A edição on-line “Censor.Net” prepara uma entrevista com Mikael Skillt...

Bónus

O lendário blindado do batalhão “Azov”, conhecido como “Prianyk” (pão de gengibre); no primeiro plano o seu condutor que inesperadamente para um fascista ucraniano” mostra-se, no plano linguístico, um adepto da língua russa, não é que isso ajuda aos terroristas...:
https://www.youtube.com/watch?v=UqhBCv0J7Sw&feature=youtu.be

RIP Andriy Eremenko
Esta é uma guerra de honra contra a desonra, de verdade – contra as mentiras”, – disse pouco antes de sua morte o voluntário de Kyiv, Andriy Eremenko. Um cientista pesquisador morreu como operador da peça anti-aérea (FONTE)...

4 comentários:

Anónimo disse...

pelo que eu vi na tv brasileira acabou a trégua....

Anónimo disse...

Como estrangeiros podem fazer para se juntarem aos voluntarios ucranianos contra os terroristas russos?

Eu sei que muitos membros da legiao estrangeira francesa se juntaram como voluntarios aos terroristas.

Outra pergunta: Desculpa se foge um pouco do topico, mas e que tentei pesquisar essa informacao e nao encontrei. Eu gostaria de saber se a lingua ucraniana tem uma ortografia regulamentada e padronizada e uma instituicao responsavel pela lingua. Essa e minha area. Eu sou da parte de linguagem, mas eu nao sou especialista em linguas eslavas, mas em linguas neolatinas. Eu sei que muitas das linguas neolatinas morreram pq faltava uma ortografia padroniada e orgao regulamentador.

Eu sei que nao e o momento, mas a Ucrania deveria criar o Instituto Tara Shevchenko para o ensino de lingua ucraniana para estrangeiros. Assim como desenvolver um dicionario e uma gramatica referencia. Claro, que isso so depois de resolver o problema da guerra, que e bem mais importante. Sei que, por enquanto, isso nao e prioridade. Mas como linguista eu sei que a melhor maneira de evitar extincao de uma lingua e a sua formalizacao.

Jest nas Wielu disse...

Dado que "Azov" e "Donbas" têm voluntários estrangeiros nas suas fileiras, creio que poderia começar por ai:
https://www.facebook.com/azov.batalion
https://www.facebook.com/CTBDonbas

Claro que língua ucraniana tem ortografia regulamentada e padronizada e uma instituição responsável pela língua: Instituto da Língua Ucraniana da Academia de Ciências da Ucrânia: http://www1.nas.gov.ua/institutes/ium/Pages/default.aspx

Sociedade Taras Shevchenko: http://ntsh.org (Ucrânia)
http://www.shevchenko.org (EUA)

Jest nas Wielu disse...

Estimado Rodrigomk2,
pfr vai nós informando sobre as suas façanhas no leste da Ucrânia, para puderes ser cadastrado na página dos terroristas de verdade e não os de sofá:
https://psb4ukr.org

abtes de vires para Ucrânia para matar os ucranianos, isso é, para derubar o fascismo, veja o filme sobre o dia à dia dos idiotas úteis como a V. Excia que também foram para Luhansk com o mesmo objetivo, só que ficaram para lá de vez, de alguns nem os nomes se cinhecem:
https://www.youtube.com/watch?v=_xe8UnQUSVs

Não abuse com os brojobs :-)