sábado, setembro 20, 2014

A bandeira ucraniana proibida em Portugal

A bandeira nacional da Ucrânia foi proibida em Portugal no jogo SL “Benfica” – “ Zenit” São Petersburgo, no último dia 17 de setembro, sob o pretexto de não ser bandeira nem de Portugal, nem da federação russa. As bandeiras de outros países, como a Venezuela ou Espanha eram permitidas...

Um grupo de cerca de cinquenta ucranianos, incluindo as mulheres e as crianças, foi parado pela polícia portuguesa, na entrada do estádio do “Benfica”, antes do jogo do SLB com os russos de “Zenit”.

Depois de uma verificação de pertences pessoais, os agentes de empresa de segurança Prosegur (fazer uma reclamação das ações da empresa: AQUI) não permitiram a entrada ao estádio das bandeiras nacionais da Ucrânia. O pedido foi justificado por, alegadamente, a Prosegur, saber os motivos políticos que levaram os ucranianos ao estádio e para evitarem perigo foi decidida a proibição de uso no recinto desportivo de símbolos nacionais ucranianos. Alguns ucranianos mais inteligentes conseguiram levar as suas bandeiras “clandestinamente”, sem que estas sejam vistas, mas logo que tentaram exibi-los durante a partida, os ativistas foram imediatamente levados para fora do estádio.
"Prosegur" aresta a bandeira nacional da Ucrânia
Assim, parece que a bandeira da Ucrânia assume o risco potencial, mesmo numa Europa livre! Não enfurecer os russos tornou-se uma nova espécie de fobia ao nível mundial.

A comunidade ucraniana em Portugal, desde o início do EuroMaydan e até a presente agressão da Rússia contra a Ucrânia, organizava as ações quase semanais para chamar a atenção da sociedade portuguesa sobre os acontecimentos da Ucrânia. Mas, apesar do apoio dos portugueses comuns, parece que na realidade em Portugal foram introduzidas as sanções contra os símbolos nacionais da Ucrânia.

No entanto, a perseguição implacável contra os símbolos da Ucrânia não impediu os fãs de futebol à cantarem a famosa canção popular chamada “Putin Huylo la-la-la-la-la-la-la-la”.

Fontes:
Serviço de Imprensa do Associação dos ucranianos em Portugal (www.spilka.pt)

O jornalista português e adepto ferrenho do SLB, Nuno Rogeiro, esclarece que:

O «caso» da proibição de bandeiras ucranianas na “Luz” não originou, afinal, nos «spotters» da organização, mas sim, nalguns homólogos da PSP. A minha fonte disse-me que foram na altura desaconselhadas as bandeiras nacionais da Ucrânia...e da Rússia.

Se é certo que a PSP é a entidade soberana nestas matérias, e que os portugueses confiam nela, há no entanto alguns reparos. Mas a verdade é que os dois países não estão em guerra, e são membros da UEFA e da FIFA. Os seus símbolos, sem mais, não poderiam assim ser considerados ilícitos face aos regulamentos disciplinares da UEFA, especialmente artigos 14 e 16.

De qualquer forma, os lesados podem sempre fazer queixa à mesma PSP, que possui serviços próprios para o assunto, e indicar como responsável pela proibição o responsável pelos spotters no sector X, à hora Y (FONTE).


Bónus

O oficial russo Eduard Kot:
  

O EXÉRCITO DA RÚSSIA É DEFENSOR, E NÃO É O AGRESSOR!
TENHO A VERGONHA
pelos oficiais que executam as ordens criminosas,
matando os ucranianos e traindo os seus soldados.
Vocês juraram não ao Putin, mas à Pátria.
Vocês violaram o juramento e traíram o seu povo.
MARCHA DA PAZ (EM MOSCOVO)
21 DE SETEMBRO (às 17h00)

(Praça Pushkin)

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu nao entendo pq a uefa e a fifa insistem em distribuir mimos e regalias a ditadura do Vladimir Putin! Nao bastava a Copa do Mundo de 2018 a Uefa agora concedeu a Russia ser uma das sedes da Eurocopa de 2020. Assim, o huilo continuara a fazer propaganda do seu fascimo.