Recebemos uma mensagem de um leitor anónimo do nosso blogue e decidimos
responder publicamente às suas perguntas – inquietações sobre Ucrânia.
Vc é a favor que a Ucrânia, agora que vive uma nova fase, deveria retomar o
nome Rutênia? Eu considero que a Ucrânia e a Bielorussia (mas nao a Rússia)
sejam praticamente um mesmo país e que um dia possam estar unidos novamente. Se
nao for um incomodo, vc poderia falar um pouco da história da Rutênia? Eu sei
que a oposição ao ditador bielorusso usam a bandeira vermelha e branca da
Rutênia. E que os idiomas ucranianos, bielorusso e polones sao muito mais
"aparentados" entre si que com o russo.
Antes de mais, recomendamos as leituras, nem que seja da Wikipédia, de
preferência em inglês, dado que a versão portuguesa por vezes não é muito
científica.
Então, Ruthenia ou Ruténia é o nome de uma
região da Europa Central e os seus territórios correspondem aos atuais
territórios da Ucrânia, Belarus, Eslováquia e Polónia. No
uso moderno, o termo Ruténia é aplicado à região centrada na atual província
ucraniana de Zakarpattia (região administrativa de Transcarpátia).
Ou seja, dificilmente o país pode “retornar” ao nome usado pela região inteira
ou então por apenas uma parte do seu território.
No entanto, o cartógrafo, engenheiro e arquitecto francês Guillaume Le Vasseur de Beauplan (cerca de 1600 – 1673),
desenhou em 1648 um dos primeiros mapas da Ucrânia, chamado na edição de 1660:
“Carte d'Ukranie Contenant plusiers Prouinces comprises entre les Confins de
Moscouie et les Limites de Transiluanie”. Em 1651 e 1660 de Beauplan publica a
descrição da Ucrânia, chamada de «Description d'Ukranie, qui sont plusieurs
provinces du Royaume de Pologne. Contenues depuis les confins de la Moscovie,
insques aux limites de la Transilvanie».
Já as cores da bandeira branca e vermelha da Belarus (1918, 1991-1995) se
baseiam nas cores do brasão histórico Pahonia (símbolo oficial do
país em 1918 e brasão da Belarus em 1991-1995), que por sua vez tem origem na
heráldica da República
das Duas Nações (1569 — 1795).
Assim seja, recomendamos aos nossos leitores lerem mais, incluindo o nosso
blogue, ouvir as pessoas inteligentes e “considerar” menos, pois considerações
sem o conhecimento não são coisas de fiar...
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