segunda-feira, abril 30, 2007

A ira dos colonos 2

Autor, tradução portuguesa JNW

Manifesto anti – Verka Serdyuchka

Um travesti gordo e feio será representante da Ucrânia no Festival Eurovisão 2007

Como seu representante no Festival Eurovisão 2007, a Ucrânia escolheu um “travesti gordo no vestido brilhante, canto do qual mais parece como os versos de crianças”, escreve o sítio britânico Doteurovision.com.
«Depois de alguns tentativas, Verka Serdyuchka (nome verdadeiro Andriy Danilko), conseguiu convencer tele – rádio difusão para lhe dar três minutos no palco do «Eurovisão», - pode-se ler no artigo. – Anteriormente, a candidatura de Serdyuchka para a Eurovisão foi recusada pela Televisão Nacional da Ucrânia… Ganhando, não muito rico e provavelmente viciado final da eliminatória, neste ano a auto – proclamada mega – estrela actuará com a canção irritante e agarradiça «Dancing Lasha Tumbai». Verka Serdyuchka, assim como o representante da Belarus, Dmitriy Koldun, têm a honra dúbia de ter o apoio do Filip “Inconstante” Kirkorov». (Rei da música pimba russa).

Este manifesto não é uma tentativa de fazer a auto – promoção ou de denegrir a imagem de quem que seja. Este manifesto é uma tentativa de mostrar a visão dos ucranianos, face à concorrente que o Governo demissionário da Ucrânia escolheu para representar o país no Festival Eurovisão de 2007 em Helsínquia. A Ucrânia será representada no Festival por um travesti gordo que tornou-se famoso actuando e cantando em surzhyk (vernáculo, a fala das pessoas pouco letrados, que mistura a língua ucraniana com a russa), numa clara tentativa de satirizar e ridicularizar a língua e cultura ucraniana. A Europa precisa de saber que no dia 12 de Maio em Helsínquia, a Ucrânia será representada por um uma triste paródia, cujo único mérito é mostrar que no país existem os travestis e que estes até têm uma certa aceitação nos palcos.

Estimados Senhoras e Senhores,

Nós, cidadãos ucranianos, gostaríamos de informar as Vossas Excias., sobre os factos de falsificação maciça da verdade artística, que não queremos e não podemos deixar em claro. Como é sabido, a Ucrânia será representada no Festival Eurovisão neste ano, pelo actor Andriy Danylko, travestido em “cantora” Verka Serdyuchka.
Obviamente, aqui não se trata de discutir a personalidade artística ou orientação sexual desta personagem. Mas temos que entender o que ou à quem representa Sr. Danylko (Serdyuchka).
Temos perante de nós um “artista” que actua para o “uso caseiro”, usando a língua ucraniana deformada (surzhyk – mistura vernácula entre ucraniano e russo), entretendo as pessoas de nível cultural não muito elevado. Muito mais popular na Rússia do que na Ucrânia (muitos dos seus fãs na Rússia acreditam que o seu vernáculo é a verdadeira língua ucraniana), Serdyuchka representa tudo, que é menos culto, mais banal, gasto e baixo, caricaturando os ucranianos, na tentativa de rebaixar a língua e cultura ucranianos até o estatuto do “parente pobre” do Big Brother, retirar todas as suas características e raízes europeias.
Mas como uma personagem dessas, podia ganhar um concurso de selecção nacional? Obviamente, estamos perante o exemplo claro e inequívoco da escolha arbitrária e consciente do governo demissionário da Ucrânia (que teima em não deixar o seu lugar), e pessoalmente, do ex-ministro das Questões Humanitárias, Sr. Dmytro Tabachnik, inimigo confesso de tudo que é ucraniano.
Para não seremos acusados de subjectividade, gostaríamos de citar o sítio britânico Doteurovision.Com¹, especializado na Eurovisão: «after winning a fairly uneventful and transparently rigged national final broadcast by Ukrainian TV», - Serdyuchka, - «fat tranny in a bacofoil dress», - participará no concurso com “annoyingly catchy “Danzing” what sounds like a nursery rhyme», fim de citação.
Neste contexto, gostaríamos que a RTP, principalmente as suas programas “Portugal no Coração” e “Praça da Alegria”, tenham uma ideia clara sobre as forças que representarão a Ucrânia na Eurovisão neste ano. Claro, que não podemos nem devemos dar orientações como será a melhor maneira de lidar com este problema. Mas única coisa está muito clara para nós: a Europa de valores e liberdades, que muito recentemente celebrou os 50 anos da sua existência, não pode e não deve tolerar este tipo de totalitarismos artísticos.
Por nosso lado, ignoraremos a presença de Serdyuchka no Festival, apelando à todos os ucranianos da diáspora europeia para não votar no A. Danylko (V. Serdyuchka), dando o seu voto à representante do qualquer país que realmente o merece.
Como já dissemos antes, não se trata de fazer Relações Públicas ou de egotismos pessoais de qualquer tipo que seja. Estamos a lidar com: a) falsificação dos resultados do concurso nacional, b) escolha administrativa estatal do artista pelo Governo demissionário da Ucrânia, c) tentativa clara de gozo e rebaixamento da língua e cultura ucranianas.
Sentimos que não podemos ser simples espectadores, alheios à falsificação que acontece neste concurso, por isso usamos o nosso direito de cidadãos para apelar à comunicação social e sociedade civil europeia, para desmascarar claramente uma farsa, que não pretendemos legalizar pelo nosso silêncio.

Kyiv – Maputo, 25 de Abril de 2007
Versão ucraniana

Materiais extra:

1. Verka Gets Ukrainian Spot at Eurovision
2. http://www.doteurovision.com/phpnews/news.php?action=fullnews&id=1374
Vídeo da Verka – resolução baixa ~ 2.9 Mb
Vídeo da Verka em resolução média ~ 10.3 Mb
3. Quando este material estava a ser preparado, surgiu mais uma polémica à volta da canção escolhida por Verka. Na versão inicial, a canção se chamava “Russia goodbye” (Rússia adeus), mas mais tarde, com medo de ofender os seus apoiantes russos, A. Danylko trocou estas palavras por a frase “Lasha tumbai”, que na sua versão significa: “bater a nata” ... em língua mongol. Na explicação trapalhada do Danylko, a nata e a língua mongol foram escolhidos apenas para a rima, numa abracadabra linguística. O jornalista do vespertino russo “Moskovskiy Komsomolets”, Yuri Butusov, até ligou para a Embaixada da Mongólia, mas lá disseram que não conhecem as tais palavras (ler em russo). Por conta desta ultima polémica, os nacionalistas russos já acusaram Serdyuchka de ser “agente cor de laranja”, que pretende passar as ideias “ucranianas pró – nacionalistas e anti – russas”.
4. O último “brilharete” de Serdyuchka aconteceu no fim do mês de Abril, quando os seus patrocinadores decidiram gravar um vídeo, onde participaram 100 modelos masculinos e femininos nus. Dessa maneira Serdyuchka disse que queria: “mostrar à Europa que na Ucrânia vive gente bonita”.

O dia em que conheci Boris Yeltsin

Boris Yeltsin e Mstislav Rostropovich: síndroma do Big Brother
Normalmente, quando morre uma grande pessoa, logo aparece meia – dúzia ou até uma dúzia de personagens, que reclama conhecer defunto de alguma maneira. Colegas e adversários, amantes, esposas e jardineiros correm contra o tempo para contar sobre a sua experiência íntima com a tal pessoa.

Na semana passada, morreu Boris Yeltsin, por isso decidi contar a minha própria experiência de um belo dia conhecer o homem, que para sempre ficará na história...

Pela primeira vez ouvi falar de Boris Yeltsin, quando em Novembro de 1987 ele foi expulso e destituído da chefia do Comité do PCUS da cidade de Moscovo, na sequência da sua intervenção crítica no Plenário do Comité Central do PCUS em Outubro do mesmo ano. As pessoas diziam que entre a nomenclatura soviética existe uma única pessoa honesta e essa pessoa é Boris Yeltsin. Para suavizar a queda, Gorbatchov cria um posto especialmente para Yeltsin, ele torna-se Ministro da URSS, Primeiro Vice – Director do Comité de Construção Estatal. Yeltsin sobrevive o ataque cardíaco.

Na noite entre 8 à 9 de Abril de 1989 na capital de Geórgia, cidade de Tbilissi, as tropas soviéticas, recém – saídas de Afeganistão e armadas com as pás de sapadores (quer a polícia, quer a KGB geórgicas não pretendiam reprimir o seu povo), foram lançadas para dispersar um dos primeiros comícios da oposição geórgica. Como resultado – 19 mortos, na maioria mulheres e crianças. Gorbatchov disse que não sabia de nada, desde ai, nunca mais consegui ter o respeito ou gostar dele.

Março de 1989, eleições para o Congresso dos Deputados do Povo da URSS. Entre 750 delegados, são eleitos Boris Yeltsin e Académico Andrei Sakharov, ambos pela cidade de Moscovo. Yeltsin ganha com 90% dos votos. O pai da bomba de neutrões soviética, Andrei Sakharov é como um Deus vivo para todos nós. Homem de ciência que desafiou o poder soviético, tornou-se maior que o próprio poder, quase intocável, ele passou algum tempo no exílio forçado na cidade de Gorki (o seu nome original, Nizhni Novgorod foi lhe restituído em 1987).

Em Maio – Junho de 1989 iniciam-se os trabalhos do plenário no Congresso dos Deputados do Povo, inteligentíssimo Sakharov fala sobre o falhanço soviético no Afeganistão, Gorbatchov interrompe o brutalmente, não deixa de acabar a sua intervenção. No fim do ano, no dia 14 de Dezembro de 1989, com a idade de 68 anos, Sakharov morre do ataque cardíaco. Acredito que Gorbatchov têm a sua quota parte nesta morte prematura.

Depois, em 12 de Junho de 1991, Yeltsin é eleito como Presidente do Parlamento da República Federativa Socialista Soviética da Rússia, contra a vontade de Gorbatchov. Concorrendo contra meia – dúzia de adversários, Yeltsin ganha ainda na primeira volta, com 57% dos votos.

Nesta qualidade, ele visita a Ucrânia em 1991, e eu estou naquilo que hoje é a Praça de Independência em Kyiv, numa enorme multidão que saúda Boris Yeltsin. Queria pedir o seu autógrafo, mas não tinha comigo nenhum livro seu, nenhum jornal com a sua foto, nada que valia a pena e não queria dar lhe assinar um simples papelinho. A praça estava cheia de gente, Yeltsin aparentemente não tinha guarda costas, me pareceu um homem forte e seguro, estava eu numa distância de não mais de meio – metro, setenta centímetros ao lado dele. Outra coisa que lembro claramente, eram os seus cabelos, um pouco soltos e a sua altura, ele era pelo menos uma cabeça mais alto, que toda a gente a sua volta (na universidade Yeltsin jogava basquete, embora tinha perdido um dedo na meninice). Era o tempo maravilhoso, todos democratas eram os irmãos, único alvo a abater era o comunismo.

Cerca de um mês depois, no dia 19 de Agosto de 1991, em Moscovo sucede o golpe do Estado, os golpistas do Comité Estatal tentam reanimar o comunismo. Yeltsin sobe no tanque e proclama o Comité Estatal ilegal. Nos jornais ucranianos volta a censura estatal, o chefe do parlamento ucraniano, Leonid Kravchuk pede a calma e diz que a república “têm que preparar-se para o inverno”. Yeltsin comanda a resistência em Moscovo, povo sai à rua para defender o Edifício do Governo Russo, “a Casa Branca”, entre eles “Centena Ucraniana”. Até agora, na crónica daqueles dias, eu vejo imensidade das bandeiras da Ucrânia independente, azul e amarelas. O exército soviético avança contra a população desarmada, que usa os carros eléctricos para barrar o caminho dos tanques. Toda a gente teima o pior, morrem três resistentes, um dos quais é ucraniano. Mas no dia 21 de Agosto de 1991 tudo está acabado, Comité Estatal é derrotado e preso, Gorbatchov sai do seu “exílio” na Criméia ucraniana.

24 de Agosto de 1991. O Parlamento da Ucrânia proclama a Independência nacional, sujeita a um referendo de confirmação, marcado para o dia 1 de Dezembro de 1991.
Mas já alguns dias mais tarde, um dos secretários de imprensa do governo russo surpreende todo o mundo, proclamando que “Rússia não pode garantir a integridade territorial dos países que optaram pela independência”. Primeiros sinais de resfriamento.

Em 1992 em Moscovo, foram vistos os dísticos que diziam “Yeltsin, obriga os ucranianos alimentar a Rússia”, onde a palavra ucraniano era substituída por um termo quase racista, colonial e pejorativo.

Bom, depois eram a guerra e paz na Chechênia, muito álcool, problemas da saúde, combates de rua em Moscovo em 1993, eleições de 1996 com a leme “Vota ou perderas” (existia a possibilidade real da vitória comunista), etc. Tudo terminou em 1999, quando Yeltsin passou a totalidade do seu poder ao primeiro – ministro do então, V. Putin, o resto poderá ser lido nos livros da história, posso acrescentar mais um pouco, mas já não importa.

E qual é a moral disso tudo? Bom, não sei muito bem... Um homem que começou como funcionário da partido comunista, passou por ser o seu alto dirigente, tornou-se o coveiro do comunismo e da URSS, acabou por cair no ridículo e já era visto como uma espécie do Leonid Brejnev 2.0. O seu maior adversário, Mikhail Gorbatchov que nunca era tão amigo de álcool, anda muito mais saudável, faz publicidade das “Pizza Hat”, cobra chorudos caches pelas palestras dadas mundo fora, continua ter muita graça entre os ocidentais e quase nenhuma na Rússia.

P.S.Mal a Rússia diz adeus ao Yeltsin, quando morreu violoncelista Mstislav Rostropovich, expulso da URSS em 1974, mundialmente famoso, homem que tocou na noite de desmontagem do murro de Berlim. Nos canais internacionais de notícias, Rostropovich já vezes sem conta foi chamado de lutador pelos direitos humanos, eu apenas não consigo entender o que têm os russos, porque todos os direitos humanos lhes acabam, onde inicia-se a Ucrânia. Uma verdadeira prova para um verdadeiro democrata...

Rostropovcih, assim como a sua esposa, Galina Vishnevskaya eram pessoas muito queridos para mi e para o meu meio. Democratas da primeira, desafiaram o comunismo, voltaram à URSS em Agosto de 1991 para defender a democracia. Que bom!

Qual foi o meu espanto, quando vejo por volta de 1992 uma entrevista conjunta do casal, onde o democratíssimo Rostrapovich, aquela pessoa cristalina e amante dos direitos humanos, diz alguma coisa do género: “Nós fomos convidados para actuar na Ucrânia, mas quando soubemos que a Ucrânia têm as fronteiras, que terei que mostrar o meu passaporte, logo recusamos a ideia. Nós, somos as pessoas russas e vemos a ideia de fronteira com a Ucrânia como um insulto. Não, quando existir a fronteira, nós não vamos à Ucrânia”. Cito obviamente pela minha memória.

Portanto, homem vai à França, mostra o passaporte, não há problema, mostra o passaporte em Canada, no Japão, na Austrália, mostra em todo o lado, carimba e responde às perguntas dos funcionários das alfândegas, numa boa. Mas na Ucrânia já não pode, não pode porque é um país irmão, onde também vive monte da “gente russa” e não se percebe porque ele terá que mostrar o seu passaporte para os pequenos irmãos, aqueles ucranianos incultos que exigem o passaporte ao democrata deste gabarito...

Bom, se alguém me consegue explicar o caracter secreto dessas crenças, ficaria muito agradecido. Não quero fazer conjugações sobre o imperialismo e a síndroma do Big Brother, senão alguém vai me acusar de nacionalismo e de falta de amor para com os nossos amáveis irmãos e vizinhos: Yeltsin e Rostropovich.

P.S. neste aspecto só posso citar as palavras do general russo Anton Denikin, que combateu o bolchevismo nos anos 20, exilando-se mais tarde na França: “Nenhuma Rússia, nem a branca, nem a vermelha, nem a monárquica, nem a republicana permitirá que a Ucrânia se separa dela”. Precisam-se mais comentários?...

Fotos do Rostropovich e do Andrei D. Sakharov

A ira dos colonos

O “soldado de bronze” na colina de Tõnismägi em Tallinn é um vergonhoso vestígio do passado colonial, e tal, como a Cartagena, deverá ser destruído.
Quando estes dias vejo CNN, AlJazeera, France 24, ou até a RTP Internacional mostrando os motins provocados pelos russos na Estónia, não consigo não fazer os paralelos históricos com a situação em Moçambique. Agúem pode dizer: África e Europa Central, que paralelismo poderá haver entre dois pontos tão distantes e diferentes? Mas eu digo: colonialismo e pós – colonialismo é sempre a mesma coisa, onde quer que seja que isso acontece.
Ora vejamos....

Capital de Moçambique. A Praça de Município, onde antes de Independência nacional em 1975 estava plantado o Monumento de Mouzinho de Albuquerque, Governador de Lourenço Marques ente 25.09.1890 e 4.01.1892, conhecido sobretudo pela aprisionamento do Imperador de Gaza, Gungunhana e pelo apresamento do navio inglês “Countess of Carnarvon”. Os moçambicanos decidiram retirar a estátua da praça, genuinamente considerando que esta representa o passado colonial e subjugação à Portugal. Por isso o monumento foi retirado da local e colocado dentro da Fortaleza de Maputo, a própria praça foi baptizada de Praça de Independência.

Agora, podemos imaginar que um grupo de colonos ou saudosistas insatisfeitos, talvez uns “Dragões de morte” ou ex – flechas, começarem a partir e pilhar as lojas, entrar em confrontos com as autoridades de Estado, etc. O que lhes aconteceria? Bom, dado às circunstâncias daquele momento histórico, podiam levar com umas catanadas da população, podiam ser até linchados, podiam ser enviados para os campos de reeducação de Niassa ou de Bilibiza, na melhor das hipóteses, podia lhes ser aplicada a famosa lei “20 – 24”, que significava a necessidade imperiosa de deixar país no prazo máximo de 24 horas, tendo direito de levar consigo 20 kg de bagagem...

Obviamente, a Estónia é um país democrático, membro da UE e todo o resto, mas terá que haver um limite à barbárie e vandalismo perpetuado pela comunidade russa residente naquele país do Báltico. Neste momento, só me ocorrem as medidas à Armando Guebuza / Nicolas Sarcozy: os russos sem a nacionalidade da Estónia deverão ser expulsos do país, os que têm a nacionalidade – equacionar a retirada / cancelamento da mesma, os restantes vândalos detidos deverão pagar as multas pesadas, obrigando os efectuar o trabalho social, na reposição dos danos por eles provocados: varrer as ruas, repor os vidros partidos, etc.
No futuro a Estónia deverá endurecer a Lei de nacionalidade, revendo a sua política liberal de concessão dos passaportes, exigindo para o efeito o conhecimento muito mais perfeito da língua, cultura e história do país. Quem não quiser colaborar, deverá ser encorajado a retornar à sua pátria étnica, onde de certeza absoluta poderá fazer todo o tipo de barbaridades, que nunca poderão ser tolerados num país de cultura ocidental.
É claro, que o monumento do soldado soviético, situado na colina de Tõnismägi em Tallinn é um marco inequívoco da ocupação colonial e os colonos não estão defender nenhuma luta anti – fascista do Exército Vermelho. Até porque foi o Exército Vermelho que treinou e apoiou o futuro exercito nazi nos anos 30, violando claramente o Tratado de Versalhes. Trata-se obviamente do saudosismo colonial e jogo de poderes, que os colonos russos estão dispostos a defender com unhas e dentes. O “soldado de bronze” na colina de Tõnismägi em Tallinn é um vergonhoso vestígio do passado colonial, e tal, como a Cartagena, deverá ser destruído.

E por ultimo, já que fala-se tanto do boicote dos produtos da Estónia e até do possível corte de relações diplomáticas, por parte do Grande Irmão, então que venham estes produtos para nós! Não me importo nada de pagar um pouco mais, para desfrutar dos queijos maravilhosos ou das conservas divinos produzidos na Estónia.

Informação adicional:

Na Estónia vive cerca de 1.500.000 de habitantes, entre eles cerca de 300.000 russos étnicos. No país também existe cerca de 450 sepulturas militares de II G.M., onde são sepultados cerca de 50.000 militares soviéticos.

Imagens vídeo e fotos do vandalismo dos colonos:
http://www.youtube.com/watch?v=tw4__eitD9M
http://www.youtube.com/watch?v=Sg8329uIKcw
http://www.youtube.com/watch?v=rKpXqwE2rg8
http://www.flickr.com/photos/neoroma/sets/72157600135279884
P.S.
O amigo Ingoo lembrou o seguinte: os bárbaros rasgaram várias bandeiras da Estónia, partiram montras da livraria Appolo, mas lá não roubaram um único livro, comportamento muito diferente nas lojas de álcool.

Reportagem da TV da Estónia, motim começa no minuto 10

sexta-feira, abril 27, 2007

Estónia vs passado colonial

Na madrugada de Sexta – Feira, dia 27 de Abril, o monumento do soldado soviético, conhecido também como “soldado de bronze”, foi desmontado na capital da Estónia, cidade de Tallinn, passando este à guarda da polícia.
O Governo da Estónia, através da sua comissão da crise, tomou a iniciativa de desmontagem do monumento do soldado soviético, situado na colina de Tõnismägi em Tallinn e da retirada dos restos mortais dos militares soviéticos, sepultados junto ao monumento. O Primeiro – Ministro da Estónia, Sr. Andrus Ansip disse na entrevista à televisão ETV da Estónia, que os restos mortais dos militares soviéticos serão transferidos para o cemitério militar de Tallinn e que “o tempo mínimo destes trabalhos será de 3 – 4 meses».
O Parlamento da Estónia aprovou em Janeiro de 2007 a «Lei sobre a defesa das sepulturas militares», que permite efectuar as translações dos restos mortais dos soldados, que «são sepultados nos locais impróprios ou se a translação terá que ser feita no interesse público». A Lei prevê, que decisão nesta matéria é tomada pelo Ministro da Defesa da Estónia, baseando-se numa recomendação da Comissão das sepulturas militares.
Junto ao monumento do soldado soviético na colina de Tõnismägi em 1947 foram sepultados restos mortais de 13 militares soviéticos, que morreram durante a ocupação da Estónia pela URSS, no outono de 1944. No total, em Estónia existe cerca de 450 sepulturas militares de II G.M., onde são sepultados cerca de 50.000 militares soviéticos.

Nas imagens, grupo de “cidadãos” em protesto contra a desmontagem do monumento, gritando “Fascistas” e “Rússia, Rússia”.
http://www.youtube.com/watch?v=tw4__eitD9M
http://www.youtube.com/watch?v=Sg8329uIKcw
http://www.youtube.com/watch?v=rKpXqwE2rg8
http://www.flickr.com/photos/neoroma/sets/72157600135279884

François Bayrou propose une Révolution Orange

Obrigado, Yanek!
P.S. Mas Sarkozy - Le President!

quarta-feira, abril 25, 2007

Chornobyl – 21-o aniversário da tragédia

O acidente no Central Nuclear ucraniano de Chornobyl (essa é a maneira correcta de pronunciar a palavra em ucraniano), aconteceu no dia 26 de Abril de 1986.
Milhares de pessoas morreram (4.400 pelos dados oficiais), a zona de 30 km em redor do reactor foi declarada uma zona interdita e um sarcófago feito do betão armado foi construído, para não deixar escapar a radiação.Milhões de ucranianos foram afectados, assim como as pessoas na vizinha Belarus. A radiação que escapou do reactor, provoca todo o tipo de cancros, e os níveis de morte ligados ao cancro, subiram na Ucrânia e Belarus, vertiginosamente. A capital ucraniana, Kyiv, fica à uma distância de apenas 180 km de Chornobyl! E mesmo assim, foi uma obra de Deus, porque o Ministério da Energia Atómica soviético, planeava construir o reactor na localidade de Boryspil (apenas 30 km da capital)!O regime político do presidente Kuchma, recusava-se incluir a cidade de Kyiv na zona, abrangida pela programa de ajuda às pessoas atingidas pela catástrofe, por razões meramente económicas (população de Kyiv é de 2,6 milhões de habitantes). Várias pessoas viram baixar a qualidade das suas vidas, pois os centros médicos especializados em tratamentos ligados à radiologia, recusam-se de tratar os moradores de Kyiv, argumentando que os citadinos não tinham este direito legal!
Chornobyl em ucraniano, é uma palavra emblemática, pois significa absinto, uma planta extremamente amarga. Não fosse este o nome do Central, não seria visto como uma profecia, o que está escrito na Bíblia, no livro de Apocalipse 8:10, que diz: “E caiu do céu uma grande estrela, ardendo como uma lâmpada, e ela caiu sobre um terço dos rios e sobre as fontes de águas. E o nome da estrela chama-se Absinto. E um terço das águas transformou-se em absinto, e muitos dos homens morreram por causa das águas, porque foram feitas amargas."
Trabalhos no novo sarcófago
Planta de Chornobyl e Foto real dos blocos da Estação
Chornobyl vs 11 de Setembro (em ucraniano)
Ultima foto: uma criança ucraniana vítima de radiação tratada no hospital, foto da BBC

Milla Jovovich – gravida?

Parece que a estrela de Hollywood de origem ucraniana, Milla Jovovich está gravida do seu companheiro, realizador Paul Anderson, quem Milla conheceu em 2002 durante as filmagens do Resident Evil, realizado por Anderson e com a Milla no papel principal.
Em 2003 Jovovich e Anderson anunciaram o seu noivado, mas o casamento ainda não está nos planos imediatos, embora o local já está escolhido. Na Itália, uma amiga da actriz ucraniana, que pertence à nobreza transalpina possui o castelo familiar. Este local já foi aprovado pela Milla como lugar ideal da futura cerimónia religiosa.

Wallpaper do Resident_Evil,_2002,_Milla_Jovovich (1024x768, 154K)

Informação: Sky News
P.S. Não esquecemos o seu apoio à Revolução Laranja na Ucrânia!

Fotos de Moçambique


Olhar brasileiro e olhar português

Na foto: mulher moçambicana da Ilha de Moçambique (província nortenha de Nampula)

terça-feira, abril 24, 2007

Cara ucraniana da indústria da moda

Jovem ucraniana de 17 anos, Maria Telna tornou-se a mais recente revelação da indústria da moda. Apenas em três meses ela transformou-se de simples estudante na cidade de Kharkiv para um modelo de prestígio, que participa nas passarelas de Paris.
Os seus olhos grandes não deixaram ninguém indiferente. Na Europa dizem que ela é uma fada com olhar cósmico, - diz Yana Zamekhovska, directora da Agência “Nіka – models”, de Kharkiv.
Neste momento Maria Telna vive em Paris, é tida como uma das 30 modelos mais influentes da moda parisiense, o canal da moda “Fashіon – TV”, dedicou uma semana da sua emissão à modelo ucraniana, que apenas três meses atrás sonhou com a carreira da economista.
Mais informação em ucraniano
Agradecimento à agência USІМ МGО "Nova Hvylia", mail

Ucrânia lança o primeiro satélite egípcio

No dia 17 de Abril de 2007, às 9h46 hora de Kyiv (mesma hora em Moçambique), o míssil de lançamento ucraniano “Dnipro”, levou à orbita terrestre de uma vez 14 satélites: primeiro satélite egípcio “EgipSat-1”, seis satélites da Arábia Saudita e sete micro – satélites americanos, construídos pelos universitários.
Às 10h02, hora de Kyiv, todos os satélites separaram-se com sucesso do corpo do míssil ucraniano, algo que foi confirmado pelo ponto do controlo ucraniano, montado para o propósito no território do Sultanato de Oman.
Já às 11h24 tive o lugar o primeiro contacto entre o Centro de voos espaciais da Ucrânia, localizado na cidade de Yevpatoria e o satélite egípcio “EgipSat-1”.
O satélite egípcio “EgipSat-1” foi projectado na DKB “Pivdenne” e fabricado na “Fabrica de Maquinaria Pivdenne”, na cidade de Dnipropetrovsk.
O projecto cósmico conjunto russo – ucraniano “Dnipro” prevê a transformação dos mísseis balísticos multicontinentais russos PC-20 (conhecidos no Ocidente como SS-18 “Satan”), para o míssil de lançamento “Dnipro”.
No total, desde 1999 foram efectuados 8 lançamentos de míssil “Dnipro”, que levaram para o espaço mais de 30 satélites. A quantidade dos mísseis que a Rússia ainda possui e que neste momento são tirados da prontidão combativa, permitem usar os seus serviços até o ano de 2020.
Mais informação na página da Agência aero – cósmica da Ucrânia
Agradecimento à agência USІМ МGО "Nova Hvylia", mail

Carros chineses fabricados na Ucrânia
No dia 5 de Abril, a fabrica de automóveis da cidade ucraniana de Kremenchug apresentou a sua novidade – carros ligeiros GEELY. Cerca de dois à três mil carros chineses serão fabricados ainda este ano em Kremenchug, preço de cada um é de cerca de 8 – 10 mil USD. Caso a procura justificar, o número dos carros fabricados pode ser aumentado.
Os carros da marca GELLY começaram ser fabricados desde 19 de Março de 2007, do primeiro lote de 100 carros, 47 unidades foram vendidas numa única semana. O fabricante oferece a garantia de 3 anos ou até 100.000 km. Para dar assistência técnica, serão abertos os centros de serviço em todos os capitais provinciais da Ucrânia.

Características:
Automóvel GELLY têm vidros e espelhos retrovisores automáticos, central lock, motor 1,3 ou 1,5 L e potência de 86 ou 94 cavalos. Motor é fabricado sob a licença da Toyota e é capaz de proporcionar ao carro uma velocidade máxima de 160 – 179 km/h. Bagageira é de 480 litros.

Planos:
A Fabrica planeia fabricar mais dois modelos de GELLY em série, que serão lançados no fim de 2007 – início de 2008. Além disso, Fabrica de Kremenchug produz camiões – basculantes FAW com a capacidade de 18 toneladas e têm planos para começar fabricar as carrinhas de tracção de 4 rodas “Great Wall”.
Director da fabrica, Sr. Mykola Chernysh informou que em 2007 o investimento geral será de 3 milhões de USD e que a sua fábrica pensa em novas instalações que poderá construir em parceria com Corporação chinesa de GEELY
Mais informação em ucraniano
Agradecimento à agência USІМ МGО "Nova Hvylia", mail

segunda-feira, abril 23, 2007

Morreu Boris Yeltsin

Hoje, em Moscovo morreu o coveiro do comunismo e da URSS, Boris Yeltsin

Yeltsin foi eleito para o cargo da presidente da Rússia por duas vezes, em 1991 e 1996, em 1999 abdicou do poder em favor do V. Putin, antes do fim do mandato.
Um dos coveiros do comunismo e da URSS, Yeltsin nasceu aos 1 de Fevereiro de 1931 na Rússia, em 1955 foi graduado pela Faculdade da Construção Civil do Instituto Politécnico dos Urais. Desde 1961 é membro da PCUS, desde 1968 começa a sua carreira de aparatchik, em 1976 ele torna-se o Primeiro Secretário do Comité Provincial do PCUS na sua terra natal, cidade de Sverdlovsk (antes de 1917 e agora cidade de Yekatirenburg).
Yeltsin deixa um legado político não muito linear, por um lado ele foi um líder que soube vencer o comunismo e conseguiu acabar com a URSS, por outro lado, deixou-se vencer por legado imperial e sibarita habitual de todos os czares da Rússia...
Pelos dados não oficiais ele morreu da paragem cardíaca.

Polónia e Ucrânia esperam os visitantes




Tatoos ucranianas

Alguns exemplos de tatuagens ucranianas, mais poderá ser visto nas páginas mantidas pelos ucranianos da Austrália. Obrigado à Sra. Marichka Czyhryn – Halaburda!

Mário Coluna na festa ucraniana




Ucranianos radicados em Moçambique estão comemorar a vitória de Polónia & Ucrânia para organizar o Campeonato da Europa de Futebol em 2012. O “Monstro Sagrado” Mário Coluna é arrastado à celebração...

sexta-feira, abril 20, 2007

EURO 2012 para os “pequenos russos” ?


Nada podia prever a onda da violência verbal, ameaças selvagens, mar de insultos gratuitos e toda a espécie de “5 minutos de ódio” orwelianas, que começou desde o meio dia de 18 de Abril de 2007, nas média, fóruns e chats russos, a respeito da vitória polaco – ucraniana na corrida para organizar o Campeonato Europeu de futebol em 2012.
Embora os pretendentes mais fortes eram a Itália, Polónia & Ucrânia e Croácia & Hungria, lá, bem no início muito remoto deste processo, a Rússia também concorreu ao certame, mas a sua proposta foi chumbada pela UEFA. Agora, em vez de ficar feliz com o facto do Campeonato ficar tão pertinho às suas portas (para ver o final do Campeonato, que será disputado na capital ucraniana de Kyiv, um moscovita precisa de fazer uma baratíssima viagem de 12 horas de comboio ou gastar um pouquinho mais e chegar numa hora de avião), o vizinho mostra uma má vontade de perder e compreender o outro, que não há memória.
Primeiro, queríamos traduzir alguns exemplos de mensagens, que os torcedores russos, deixam nos sítios, chats e fóruns dedicados ao futebol e não só, mas depois achamos que não valia a pena. Primeiro, porque há tanta linguagem obscena, que não há palavrões suficientes em toda a língua portuguesa para traduzi-los todos. E depois, era sempre possível argumentar, que aquilo não representa o verdadeiro povo russo, que os da má língua são meia – dúzia de skins e chauvinistas sem rosto e que os ucranianos fazem muito mal em ofender-se com tão pouco. Por isso escolhemos o artigo do jornal “Komsomolskaya Pravda”, matutino que na época de Perestroica era um órgão democrático, lido diariamente por cerca de 10 milhões de pessoas. Mais tarde, “KP” quedou-se pelo sensacionalismo, com destaques de fotos das “gajas nuas”, “extraterrestres – canibais” e estórias escabrosas sobre os ricos e famosos. Mas mesmo assim, o jornal é lido por alguns milhões de pessoas na Rússia, na Europa e um pouco por todo o Mundo (existe, por exemplo edição em papel “KP” – Espanha”), quer na sua versão impressa, quer on-line. Quem é o leitor da “KP”? É um russo(a) da classe média – baixa / baixa, que vive no interior do país ou na emigração, zangado com a perda do estatuto imperial do seu país e que têm um ódio inimaginável e incalculável contra todos aqueles, que fogem dos braços gélidos do Big Brother. E infelizmente, não são poucos... Mas palavras para que, segue-se o texto, com a ortografia e nomes geográficos idênticos ao original, que pode ser visto aqui.

* “pequeno russo” é um, entre vários, termos pejorativos que os colonizadores russos empregam desde o século XVIII – XIX para designar os seus súbditos ucranianos, “pequenos”, “incultos” e claro está, “tacanhos”, irmãosinhos do Grande Irmão. Normalmente, quando uma pessoa do espírito colonialista que usa este termo é chamada à razão, essa pessoa argumenta que o termo é “histórico” e “perfeitamente normal”. Acho que qualquer africano em geral e moçambicano ou brasileiro em particular, notará aqui as semelhanças incríveis com o seu próprio passado colonial.

Kiev e Varsóvia foram permitidos jogar a bola

Ucrânia e Polónia receberam o direito de organizar o campeonato do Mundo Velho de futebol

O destino do Euro 2012 foi decidido ontem na cidade galesa de Kardiff durante a sessão do Comité Executivo da UEFA. Poucos acreditaram numa votação feliz para os “pequenos russos”, porque a Ucrânia tinha que lutar contra a proposta italiana e húngaro – croata.
Mas mal o presidente da UEFA, Michael Platini tirou do envelope a folha com os nomes escritos dos países – vencedores, como Oleh Blokhin – treinador principal da selecção ucraniana – já começou bater as palmas e rir-se. Adivinhou pelas letras maiúsculas – porque têm uma óptima visão.
Alem do Blokhin, apoiar a proposta polaco – ucraniana veio a estrela do futebol mundial, Andriy Shevchenko, campeão do mundo do boxe Vitaly Klichko e dois presidentes –
Yushenko e Kaczyński.
Curioso, que ninguém dos representantes oficiais dos outros países – pretendentes veio ao País de Gales. De maneira não oficial, no secretariado do presidente, “KP” foi informada: Yushenko sabia tudo de antemão. Assim como o seu colega polaco.

Agora todos em Kiev dizem: “Falta sobreviver até ano 2012”.

Segundo os planos do Comité organizador da Polónia e Ucrânia, a abertura do EURO 2012 terá lugar em Varsóvia e a parte final do campeonato da Europa – na capital ucraniana. Os jogos serão disputados na Ucrânia nas cidades de
Kyiv, Donetsk, Dnipropetrovsk, Lviv. E na Polónia em Varsóvia, Gdańsk, Poznań e Wrocław. O jogo do final terá lugar em Kyiv.
Na reserva ficam da parte ucraniana
Kharkiv e Odessa, e do lado polaco – Cracóvia e Chorzów. Eles só terão sorte no caso, se a UEFA mudar o regulamento das competições e em vez de 16 equipas, no final participarão as selecções de 24 países.
Se olharmos para as cidades, onde terão lugar os jogos, o problema principal para os torcedores, pode-se afirmar, será a distância entre eles. Por exemplo, do Donetsk até Varsóvia há mais de 1500 km. Se ir de carro, então essa distância automaticamente se transformará numa viagem de dois dias.
Ucrânia terá que “quase nada” – construir 16 hotéis de cinco estrelas, 5 estádios e conduzir o certame ao mais alto nível.

Andrey GACENKO, Pavel DINEC (“KP” – Kiev”)


OLHAR DO 6-TO ANDAR (uma espécie do comentário, presume-se que é da responsabilidade do corpo editorial do jornal)

Isso é uma operação de cozer “russos” e “ocidentalizados”

Grande desporto já há muito se transformou no instrumento da grande política. Aqui os campeões dos países indesejáveis podem ser privados das suas medalhas ou ver anulados os seus feitios com ajuda do controlo anti – doping. E ainda pode-se liquidar a fronteira entre a Polónia e a Ucrânia durante o campeonato de futebol da Europa. Assim os politicões do desporto mandaram um sinal inequívoco à parte “laranja” da independiente
(eufemismo russo para designar a Ucrânia): “Rapaziada! Europa está convosco, e não com os “moscovitas!”
Os da “laranja”, parece, que levantaram o animo. Porque o sinal da Europa chegou a tempo: na Ucrânia, junto ao Tribunal constitucional passava-se a batalha entre cidadãos e a polícia de intervenção rápida “Berkut”, e a cadeira presidencial debaixo do Yushenko abanava e rangia.


Polónia, o fiel cão da guarda dos EUA e da União Europeia, está pronta para rasgar e despedaçar todos, quem tem uma simpatia qualquer para com a Rússia ou respeita os seus interesses, também da UEFA recebeu um osso rijo. Polónia já muito tempo olha para os bocados ocidentais da Ucrânia. E nos anos 20 do século passado até não tive o nojo de os ocupar, do que não gosta de falar, e se alguém lhe lembre, logo se encobre com a Katyn como um escudo. (Katyń é um local na Rússia, onde em 1939 o regime soviético ordenou o fuzilamento de cerca de 30.000 oficiais e soldados polacos, prisioneiros da guerra, que caíram nas mãos da URSS, em consequência da invasão da Polónia pela URSS comunista e Alemanha nazi, acontecimento previamente definido na cláusula secreta do Pacto de Amizade alemão – soviético, conhecido também como o Pacto Ribbentrop - Molotov). Agora, se a Polónia habitualmente será apanhada nas negociatas feias, tipo a preparação dos oposicionistas “profissionais” para os países alheios, ela oportunamente se encobrirá com a bola de futebol. Tipo, preparamos o campeonato, trocas culturais e a ponte humanitária da amizade.

Mas isso tudo são detalhes, principal – são os horários dos jogos. Não é o segredo, que cada mês vivido na situação empatada da crise “laranja – azul”, que continua desde o próprio maydan de 2004 (alusão à Revolução Laranja), mais e mais aprofunda a divisão da Ucrânia entre “russa” e “ocidentalizada”. O final do campeonato deve colá-los juntos de alguma maneira, logicamente, sobre a sábia direcção ocidental. Por isso a bola será chutada nas cidades geopoliticamente importantes: em Donetsk “moscovita”, e em Lviv “dos banderas” (alusão aos admiradores e seguidores do Stepan_Bandera, líder da Organização dos Nacionalistas Ucranianos, assassinado pelo agente de KGB em 15 de Outubro de 1959 na cidade alemã de Munique).
Será que estas cidades têm os estádios normais? Conseguem eles receber milhares dos torcedores? Politicões da UEFA estão pouco preocupados com estas questões. Parece que os aliados ocidentais dos “laranjistas” tinham esgotado os obuses da artilharia diplomática pesada e as suas canhões eles agora carregam com as bolas de futebol.

Dmitriy STESHIN
P.S. Grande obrigado ao Sr. Gilberto Madail (Portugal), que votou pela Polónia & Ucrânia, junto com Michael Platini (França), Vyacheslav Koloskov (Rússia), Senes Erzik (Turquia), Per – Ravno Omdal (Noruega), Marios Lefkaritis (Chipre), Joseph Mifsud (Malta) e Mirchea Sandu (Roménia).

Música negra da Ucrânia no YouTube


Cantora Gaytana

ProFFessor em Bruxelas



Primeiro - Ministro cessante da Ucrânia que teima de deixar o taxo, Victor Yanukovich, visitou recentemente o Conselho da Europa, onde deixou uma nota no livro de visitas. Sendo ex – presidiário, Yanukovich têm graves dificuldades em expressar-se em qualquer língua, menos em calão prisional russo. E aqui, os “burgueses” não dominam o calão (fenia) na perfeição, também é preciso fazer a cara do “político sério” (descrição do jornalista da RTP Eugeni Mouravitch). Então, para não fazer muitos erros, por exemplo para não se auto – intitular de proFFessor ou algo parecido, Yanukovich têm um papelinho, de onde copia religiosamente o texto. Beleza!

quinta-feira, abril 19, 2007

EURO – 2012 para Ucrânia e Polónia 3


Nós ganhamos, ganhamos contra todos os obstáculos e contra tudo de ruim que existe. Nós vamos organizar o EURO 2012 e todos as pessoas de boa vontade são bem vindos na Ucrânia e na Polónia para admirar a festa de futebol!
Obrigado ao amigão Lokizzz pelo desenho!

P.S.
Para mostrar o seu respeito para com a Ucrânia, o jornal polaco Gazeta Wyborza, cujo redactor é o conceituado jornalista polaco, Sr. Adam Michnik saiu com o título ucraniano na sua edição de hoje, 19 de Abril de 2007.
Ler sobre a vitoria conjunta UA - PL em polaco

EURO – 2012 para Ucrânia e Polónia 2



Enquanto queridos e amáveis vizinhos da Ucrânia (que alguns visitantes lusos deste blog teimam em nós impingir como irmãos), estão rebentar do insulto, inveja, má educação (se é que têm alguma), por causa do EURO 2012 parar nas mãos dos polacos e ucranianos, estes sobreviventes e “fugitivos” dos abraços paternos do Grande Irmão, a comunicação social portuguesa (pelo menos aquela que chega à essa pobre África, digo a RTP), faz um pacto do silêncio sobre o assunto.
Ontem a noite, de propósito, fiquei em frente da telinha, para ver e ouvir como a RTP vai anunciar a vitória polaco – ucraniana, quer dizer, aqueles “gajos do Leste”. Bem podia esperar sentado, pois uma única palavra foi dita sobre o EURO 2012, ainda por cúmulo ganha pelos tais “gajos do Leste”. No desporto falou-se do grande clássico do futebol europeu, digo SCP vs Beira Mar e mais algumas coisas do país dos pequeninos...
Depois vão se queixar que a Polónia “de repente” têm mais peso na EU que a malta da Lisboa, porque será?...

quarta-feira, abril 18, 2007

EURO – 2012 para Ucrânia e Polónia!

Agora mesmo, na capital do país de Gales, cidade de Kardiff, o presidente da Associação Europeia do Futebol (UEFA), Sr. Michael Platini divulgou o local, onde em 2012 terá o lugar o próximo campeonato da Europa de futebol. Obtendo a maioria absoluta, ganhou a proposta conjunta da Ucrânia e Polónia.Lembramos, que a honra de organizar o Campeonato também foi disputada pela Itália e proposta conjunta de Hungria e Croácia.
Ler mais em polaco
Viva a amizade UcrâniaPolónia!
Viva a Ucrânia na EU e NATO!


P.S.
Os jogos do Euro 2012 na Ucrânia serão disputados nas cidades de Kyiv, Donetsk, Dnipropetrovsk, Lviv. E na Polónia em Varsóvia, Gdańsk, Poznań e Wrocław. O jogo do final terá lugar em Kyiv. Vamos torcer para que seja o jogo entre a Ucrânia e a Polónia!

Papa quer visitar Moçambique



Desculpem o atrevimento, claro que é uma brincadeira, isso apenas um sítio , onde você pode “obrigar” várias personalidades do gabarito mundial (Arnold Schwarzenegger, Condoleeza Rice, Tony Blair ou Chuck Norris) dizer tudo, tudinho mesmo o que você quiser ... uma possibilidade tentadora né?!!

segunda-feira, abril 16, 2007

Música gótica ucraniana



Grupo Komu Vnyz na festa: "Tridens: power of trinity", em Kyiv, 21.04.2007

Patriarcas da música gótica ucraniana, grupo Komu Vnyz vão dar um concerto ao vivo, no dia 21 de Abril em Kyiv, numa festa intitulada "Tridens: power of trinity", organizada pelo sítio gótico ucraniano. Komu Vnyz serão acompanhados pelo grupo electrónico ERROR:GENESIS, e a festa terá lugar no clube "LUXOR", que fica na rua Horlivska, 124/140, cidade de Kyiv (junto estação do metro Harkivska). Programa da festa: apresentação da nova edição da revista "GOTHICA", novas músicas da editora gótica ucraniana TRIDENS RECORDS, apresentação do primeiro álbum do grupo gótico – industrial TREIBHAUS "Unsterblich" (Alemanha) e maxi – single do projecto ERROR:GENESIS "Red Button" (Ucrânia). Na festa também estará presente o produtor estrangeiro do grupo Komu Vnyz, Vitaliy Stranger (Berlim) e outros ilustres visitantes.
Mais informação aqui

As ruas de Kyiv


Xadrezista ucraniano ganha o torneio na Austrália


Grão – mestre Georgiy Tymoshenko da capital da Ucrânia, cidade de Kyiv, ganhou o Torneio Aberto de Xadrez de Sidney (Austrália) de 2007

O Clube Ucraniano de Xadrez de Sidney (UCCS) tive a grande honra de anunciar, que o Grão – Mestre ucraniano, Georgiy Tymoshenko, ganhou o Torneio Internacional Aberto de Xadrez de Sidney, evento que tive o seu encerramento solene no Domingo, 14 de Abril de 2007, na Câmara Municipal da cidadezinha da Parramatta (arredores de Sidney).
O colunista de xadrez, do jornal “Sydney Morning Herald”, Peter Parr, no seu artigo publicado no dia 16 de Abril de 2007, intitulado “Grandmasters tie for first place”, descreveu o evento como “torneio mais competitivo, alguma vez realizado na Austrália”. Pois o Torneio contou com a presença de 143 jogadores, entre eles 9 grão – mestres.
Georgiy Tymoshenko ficou no primeiro lugar com os mesmos 7,5 pontos que outro grão – mestre, Dejan Antic (da Sérvia e Montenegro). Embora Sr. Tymoshenko e Sr. Antic partilharam o primeiro e segundo lugar e o prémio no valor de $7,500, Grão – Mestre Tymoshenko foi declarado vencedor no count-back, ficando com o primeiro lugar e a medalha de ouro.
A secretária do UCCS, Sra. Maria Halaburda – Czyhryn tive o prazer de entrevistar Georgiy Tymoshenko, descobrindo que ele pratica a modalidade durante várias anos (foi vencedor de Canadian Chess Open em 1990), sendo actualmente o professor de xadrez na Ucrânia. O Clube de Xadrez Ucraniano tinha oferecido flores e várias lembranças ao Sr. Tymoshenko, que era único participante ucraniano no evento, superando-se aos vários participantes da Azerbaijão, Bulgária, Espanha, Dinamarca, Equador, Finlândia, Grã – Bretanha, Israel, Nova Zelândia, Polónia, Sérvia, Suíça, Rússia, sem esquecer a própria Austrália (representada pelo seu melhor xadrezista, Grão – Mestre Ian Rogers).

A esposa de Georgiy, Sra. Yulia Timoshenko (simplesmente charra da ex - Primeira Ministra da Ucrânia), agradeceu o apoio concedido ao seu marido pelo Clube Ucraniano de Xadrez nestes termos: “Considero, que Georgiy ganhou graças ao nosso e vosso forte apoio. Comuniquei com o meu marido diariamente e ele me informou até que ponto foi recebido calorosamente pelos ucranianos que vivem na Austrália. Queria assegurar que desde agora, vocês têm muitos amigos em Kyiv. Seremos gratos, se podermos recebê-los como nossos hospedes”.

Quem estiver interessado em juntar-se ao UCCS, pode contactar a sua Secretária, Sra. Maria Halaburda – Czyhryn pelo telefone 02 9623 4681 em Sidney.
Fotos do evento