O maior vespertino israelita, jornal Yedioth Ahronoth, publicou
na sua edição de 24 de setembro um artigo extenso sobre a participação dos
israelitas e dos judeus na luta contra a invasão e ocupação russas da Ucrânia.
Na entrevista pormenorizada da autoria do Eduard Doks, o correspondente do jornal em
Kyiv, o judeu ucraniano “Alex” (34), veterano da Brigada Nahal, conta que
voltou à Ucrânia para defender a sua terra natal contra os terroristas russos.
por: Shimon Briman
«Quando o comandante me ligou, para convidar à participar na operação contra
a Faixa de Gaza eu lhe disse: «Irmão, eu agora estou lutar pela Ucrânia. Eu sei
que as Forças
de Defesa de Israel irão aniquilar os terroristas palestinianos, enquanto
aqui não há quem possa tratar dos russos», — contou o instrutor israelita do
exército ucraniano.
“Alex” nasceu em Odessa, veio para Ucrânia à convite do Borys Filatov — o
vice-governador da província de Dnipropetrovsk. Em 6 meses “Alex” formou quase
3000 militares ucranianos, usando a metodologia das FDI. Ele conta que após a saída
do cerco de Ilovaisk um dos seus formandos lhe ligou e disse: «Apenas graças às
suas dicas e treino eu estou vivo».
O artigo também conta a história do judeu religioso Asher Cherkassky (nas fotos em cima) da cidade de Dnipropetrovsk que voluntariamente se alistou no batalhão (agora regimento) Dnipro. Asher tem 44 anos, vivia na Crimeia, mas após a ocupação da península pela Rússia, mudou-se com família para Ucrânia continental. Na entrevista Asher diz: «É o meu dever religioso e cívico — defender a minha família e o meu país contra a invasão estrangeira». O regimento não tem a comida kosher, por isso Asher consome enlatados e trigo mouro, passado pela água efervescida. Nas suas palavras, no exército ucraniano na zona da OAT «há muitos judeus».
No artigo menciona-se o facto do que o rabino da cidade e da província de
Dnipropetrovsk, Shmuel Kamenetskiy apoiou
a decisão de Asher de se inscrever no regimento «Dnipro».
Fonte:
Os judeus — alvos dos terroristas
No passado dia 30 de agosto, em Donetsk, às mãos dos terroristas russos,
foi assassinado Georgiy (Eliahu) Zylberbord (47 anos, na foto em baixo no meio, de camisa branca), membro proeminente da
comunidade judaica da Ucrânia.
Zylberbord era membro do conselho de curadores da comunidade judaica de
Donetsk, residia no condomínio, construído por ele próprio nos arredores da
cidade. Quando os bandidos vieram saquear a vila, juntamente com o chefe da
segurança, Zylberbord tentou deter-os. Os terroristas mataram os dois...
O rabino da comunidade judaica de Donetsk, Pinchas Vishedski, amigo próximo
do Zilberbord, descreveu-o como um crente que frequentava regularmente a sinagoga,
a pessoa que prestava ajuda financeira generosa à comunidade. “Ele era muito
mais do que um grande amigo”, – disse o rabino, – ele era como o meu irmão”. A esposa do rabino, Dina Vishedski, acrescentou: “Ele era uma parte da
nossa família. O funeral foi muito pesado. A comunidade judaica de Donetsk
dispersou-se por todo o país, mas as pessoas vinham de todos os lugares. Ele
era uma pessoa muito ativa e tinha muitos amigos. Ele era uma pessoa especial”.
O rabino Vishedski que deixou Donetsk por causa da situação criada na
cidade, fundou o escritório da comunidade judaica de Donetsk em Kyiv, “para
ajudar os judeus de sua cidade, que se refugiaram na capital e em outras partes
do país”, escreve Chabad.org
O funeral do Georgiy Zylberbord teve lugar no dia 1 de setembro, em Kyiv, para onde a família levou o seu corpo. A cerimónia na sinagoga de Podil (baixa de
Kyiv) reuniu mais de 500 pessoas, na sua maioria membros da comunidade judaica
de Donetsk, que se refugiaram em Kyiv, fugindo da guerra e das atrocidades de
terroristas pró-russos.
Fonte:
O blogueiro ucraniano Roman Eridan acrescenta:
Pela primeira vez desde a II G.M., os judeus tiveram que abandonar Donetsk. É de notar que eles não se dirigiram à “hospitaleira” federação russa, mas escolheram a cidade de Kyiv, supostamente tomada pelos “fascistas”.
Pela primeira vez desde a II G.M., os judeus tiveram que abandonar Donetsk. É de notar que eles não se dirigiram à “hospitaleira” federação russa, mas escolheram a cidade de Kyiv, supostamente tomada pelos “fascistas”.
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