«Os
melhores exercícios (militares) do que a operação na Síria, são difíceis de
imaginar. Podemos treinar lá por tempo bastante longo sem danos ao orçamento» — Vladimir
Putin na conferência de imprensa em 17.12.2015. Na foto: os moradores do Sukuri, um subúrbio de Alepo, vasculham os
escombros das habitações no local dos bombardeamentos da aviação russa em 07.12.2015.
A
reação do público russo
Na
blogosfera e nas redes sociais russas, a tónica dominante dos comentários é
simples: “é tudo uma mentira”. Do tipo: mas provem lá que a foto do menino
morto não é o resultado do terramoto, tufão, tsunami ou a queda do meteorito
(Sic!)...
Estimados,
não se trata do meteorito, são resultados dos bombardeamentos russos, quase
diários, dos subúrbios do Alepo, controlados pela oposição síria. Os seus
resultados são documentados pela maior e mais prestigiante agência de
informação turca, Anadolu
Agency, as imagens são adquiridas e divulgadas na página de uma das quatro
maiores agências fotográficas do mundo, Getty Images. O que é fácil de verificar
se entrar na página da agência na Internet: Getty Images,
escrevendo no seu motor de busca algo como «aleppo russian air strike». Nas imagens
screanshoot vocês poderão ver as descrições das fotografias (captions), com as
quais que Getty Images acompanha as fotos expostas. E os sírios aprenderem detetar
muito bem, quem é que está os bombardear, não é tão difícil (fonte).
A
propaganda soviética russa anti-Daesh/EI
Numa
escola primária russa, nos arredores de Moscovo, durante as aulas, às crianças foram
distribuídas os postais e uma TPC: escrever as saudações de ano novo, dirigidas
aos soldados russos na Síria.
Não é nenhuma
piada, tudo inserido na histeria patrioteira que já tive alguns precedentes
históricos, eis o Died Moroz (Avô Geada) russo sem tempo de pensar na paz. A
estilística da imagem é muitíssimo semelhante à propaganda soviética dos anos
1940 – 1960. Pois, na época do Brejnev, os meninos da primária já não recebiam
as “tarefas voluntárias” de desenhar para o “reduzido contingente soviético”,
engajado no cumprimento do “dever internacionalista” no Afeganistão (fonte).
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