A
Diáspora ucraniana de Portugal organizou no dia 5 de junho em Lisboa a ação denominada
“Vive a Língua – viverá Ucrânia”, protestando contra a adoção do projeto da lei
№ 9073.
A
organizada em conjunto pelas diversas organizações da Diáspora ucraniana em
Portugal, ação começou na rua Damião de Góis em Algés, passando pelas diversas
embaixadas, pela avenida Dom Vasco da Gama, Av. das Descobertas e terminou em
frente da embaixada da Ucrânia. Os ucranianos também enviaram uma carta ao
presidente da Assembleia da República, aos grupos parlamentares do PSD, PS e
CDS-PP, aos deputados portugueses do Parlamento Europeu e à imprensa portuguesa,
protestando contra a adoção do projeto da lei “Sobre os alicerces da política
linguística estatal” do Partido das Regiões que irá dividir Ucrânia pela
questão linguística.
Excelentíssimos Senhores,
Vimos informar as Vossas
Excelências dos últimos acontecimentos na vida política da Ucrânia, que
podem ter consequências muito graves, podendo mesmo conduzir à guerra civil.
Um grupo de deputados do «Partido
das Regiões» propôs uma lei para que a língua russa seja a segunda língua
oficial na Ucrânia.
A história das relações
russo-ucranianas é longa e complicada. A Ucrânia, durante vários séculos, fez
parte do império russo. Os governadores tentaram russificar o povo ucraniano,
proibindo várias vezes a língua e a cultura ucraniana. A actual situação na
Ucrânia sobre a língua oficial é muito frágil, não sendo, em geral, favorável à
língua ucraniana. 70% dos meios de comunicação transmitem programas em língua
russa.
Os partidos democráticos, líderes religiosos
na Ucrânia e diáspora ucraniana em cerca de 40 países do mundo estão
convencidos de que esta proposta de lei tem como objectivo provocar distúrbios
na sociedade ucraniana para esconder a falha de um programa social e económico
do actual governo, transformar a Ucrânia num país antidemocrático, como o prova
o processo de Iulia Timochenko, e ainda recolocar completamente a Ucrânia na
órbita russa.
Nestas circunstâncias, os
ucranianos de todo mundo estão preocupados que o actual governo e «Partido das
Regiões», que controlam o Parlamento ucraniano, possam levar a Ucrânia a um
conflito civil. Por isso pedimos à comunidade internacional que tenha em conta
este facto nas relações políticas com o actual governo da Ucrânia.
Presidente da Associação dos Ucranianos em
Portugal
Pavlo Sadokha
Presidente do Movimento Cristão dos
Ucranianos em Portugal
Ivan Onyschuk
Presidente da Associação dos Ucranianos no
Algarve
Ihor
Korbelyak
Presidente da Associação
cultural “Fonte do mundo”
Borys
Kucheras
Sem comentários:
Enviar um comentário