Nestor Makhno poderá se tornar hoje a ícone para a esquerda europeia esclarecida, que sempre tem o bom gosto em ser diferente, por exemplo deixando a adoração do Che aos simplórios do povo inculto.
Nascido em 1888 e falecido em 1934, Makhno era o líder anarco – comunista ucraniano, guerrilheiro popular que lutou contra à invasão bolchevique da Ucrânia em 1917 – 1920, uma das figuras principais da Revolução Ucraniana.
Ele fundou o Exército Insurgente Makhnovista de princípios anarquistas que combateu as forças pró – monárquicas russas que tentavam invadir a Ucrânia durante a vigência da República Popular Ucraniana, mais tarde tendo se aliado ao exército bolchevique. Após a conclusão da ocupação bolchevique da Ucrânia, o exército mahnovista foi declarado ilegal e seus membros foram presos, deportados e executados. Makhno conseguiu fugir para a Roménia com um pequeno grupo de militantes, mais tarde se exilou na França, onde viveu até sua morte. Durante seu exílio em Paris, Makhnó manteve contacto com outros anarquistas famosos, entre os quais Alexander Berkman e Buenaventura Durruti.
A sua obra teórica principal é a Plataforma Organizacional dos Comunistas Libertários, publicada em 1926. A obra sugere a formação de uma “União Geral dos Anarquistas”, que seria baseada em quatro princípios: unidade teórica, unidade táctica, responsabilidade colectiva e federalismo.
Prontos, é a total história da Europa Central e do Leste... Mas a globalização não dorme, camaradas, e por isso os anarquistas espanhóis começaram a se interessar pelo Makhno. Pelo menos em Madrid, junto ao metro Tirso de Molina, onde aos domingos se abre o mercado de pulgas das “esquerdas”, usado pelos punks, anis – sistema e outros anarquistas para venderem a literatura, bandeiras, insígnias, música das suas queridas causas libertárias. Obviamente, lá também aparecem os skins, simples malandros, etc.
O velho anarquista Luis (proprietário da livraria Durruti), conhecedor do Makhno e da Ucrânia, diz que já vendeu a insígnia do Makhno à meia – dúzia de ucranianos. Após o meu pedido, o blogueiro Zoin, ucraniano radicado em Madrid enviou para o Moçambique um dos exemplares da criatividade hispano – ucraniana. Assim, pouco a pouco, poderemos substituir o já aborrecedor Che por um figura nova, mítica e prometedora – Nestor Makhno, lendário comandante do Exército Insurgente Makhnovista (da Ucrânia, claro).
Obrigado ao Zoin
1 comentário:
Também http://www.ainfos.ca/04/aug/ainfos00312.html
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