O novo mural na cidade de Kyiv, rua Kotelnikova 51 |
A invasão da Ucrânia pela rússia em Fevereiro de 2022 provocou uma crise de segurança global. O ataque à democracia por parte de uma potência imperial moralmente doente no coração da Europa alterou o equilíbrio de poder noutras partes do mundo, incluindo o Médio Oriente e a Ásia-Pacífico. O fracasso de organismos multilaterais como a ONU e a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa em manter a ordem significa que a Ucrânia só pode restaurar a sua integridade territorial através da força militar.
Os ucranianos mostraram a sua vontade de entregar a alma e o corpo pela sua liberdade. A Ucrânia não só travou uma invasão por um inimigo muito mais forte, mas também libertou grande parte do seu território. Contudo, a guerra está agora a avançar para uma nova fase: o que nós, nas forças armadas, chamamos de guerra “posicional” de combates estáticos e de atrito, como na Primeira Guerra Mundial, em contraste com a guerra de “manobra” de movimento e velocidade. Isto beneficiará a rússia, permitindo-lhe reconstruir o seu poder militar, ameaçando eventualmente as forças armadas da Ucrânia e o próprio Estado. Qual é a saída?
Os drones devem fazer parte da resposta. Ucrânia deveria lançar ataques massivos usando iscas e atacar com os drones para sobrecarregar os sistemas de defesa aérea russa.
Isto aponta para a segunda prioridade: meios de guerra radioelectrónica, tais como o bloqueio de sinais de comunicação e navegação. A guerra radioelectrónica é a chave para vencer a guerra dos drones. A eússia tem modernizado as suas forças de guerra electrónica ao longo da última década, criando um novo tipo de forças armadas e desenvolvendo 60 novos tipos de equipamento. Supera Ucrânia nesta área: 65% das plataformas ucranianas de guerra radioelectrónica no início da guerra foram produzidas na época soviética.
A terceira tarefa é o combate contra-bateria: destruição da artilharia inimiga. Nesta guerra, como na maioria das guerras passadas, a artilharia, os mísseis representam 60-80% de todas as missões militares. Quando Ucrânia recebeu as armas ocidentais pela primeira vez, em 2023, tive bastante sucesso na detecção e combate à artilharia russa. Mas a eficácia de armas como o Excalibur, um projéctil norte-americano guiado por GPS, diminuiu drasticamente devido à melhoria da guerra electrónica russa.
A quarta tarefa são as tecnologias explosivas de minas. No início da guerra, Ucrânia tinha equipamentos limitados e desatualizados para isso. Mas mesmo os fornecimentos ocidentais, como os tanques de desminagem noruegueses e os dispositivos de desminagem movidos por foguetes, revelaram-se insuficientes dada a extensão dos campos minados russos, que em alguns locais se estendem por 20 quilómetros. Quando as FAU atravessam os campos minados, a rússia rapidamente os reconstrói, lançando novas minas à distância.
A quinta e última prioridade é aumentar as reservas humanas. A rússia não tem sido capaz de capitalizar a sua vantagem significativa em recursos humanos porque vladimir putin teme que uma mobilização geral possa causar uma crise política e porque a rússia não consegue formar e equipar pessoas suficientes. Contudo, a capacidade ucraniana de formar reservas no seu próprio território também é limitada.
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