sexta-feira, maio 17, 2024

A rússia vive um aumento brutal de abuso sexual de crianças e jovens

A rússia vive um aumento brutal de abuso sexual de crianças e jovens. Os militares russos que retornam da guerra da Ucrânia dão um forte exemplo e impulso aos restantes criminosos russos. 

No início de maio corrente uma família da cidade de Belgorod acusou um veterano de guerra russo de estuprar o seu filho. De acordo com a família o estuprador reincidente Alexey Gonchar-Bysha espancou o menino, tentou o colocar no porta-bagagem do carro, ameaçou cortar a sua orelha e depois o estuprou na presença de outras crianças. A denúncia dos pais ficou sem resposta formal por parta da polícia, o Comité russo de Investiçação (SK) recusou o caso, desclarando-se «sem competências para o resolver». Enquanto isso, o número de crimes contra a integridade sexual de crianças, comprovados em tribunal durante a guerra aumentou acentuadamente, segundo as estatísticas judiciais russas: 

O número de condenados aumentou quase seis vezes (de 30 para 175) por agressão sexual contra menores (Parte 5ª do Artigo 132 do Código Penal da federação russa, relativo aos criminosos reincidentes ou que estupraram duas ou mais crianças). Na base da Parte 4ª do mesmo artigo, que também diz respeito aos crimes sexuais contra crianças, o número de pessoas condenadas aumentou um 25%. Regista-se um aumento de 62% nas penas por atos indecentes contra menores (artigo 135º do Código Penal russo). 

De acordo com estimativas, desde o início da guerra na Ucrânia em 24.02.2022, foram relatados à imprensa pelo menos 11 casos de violação de crianças por militares russos que regressaram da guerra contra Ucrânia. A maioria das publicações fala dos wagneleiros perdoados por putin. Seus crimes são, muitas vezes classificados, mas em dois casos já foram julgados: 

O ex-wagneleiro Sergei Shakhmatov, que estuprou duas meninas de 10 e 12 anos, foi detido e confessou o crime de estupro. Na cidade russa de Novossibirsk ele as encontrou na saída da escola, as ameaçou com uma pistola e uma granada e as levou para trás das garagens, onde consumou o crime. 

Um militar russo sob contratado que serviu na Ucrânia foi condenado aos 15 anos (seu nome é ocultado pela justiça russa). Ele espancou e tentou estuprar a sua própria enteada de 10 anos. 

O aumento da criminalidade na retaguarda russa é uma consequência direta da propaganda militar, observa Anna Rivina, chefe do centro Violence.net Na sua entrevista ela sublinha que a guerra normaliza a “cultura da violência”: “Desde o início da guerra, perdemos quase completamente a fase preventiva. Agora vemos um fluxo de informação absolutamente desproporcional na imprensa, em comparação com o que existia antes do dia 24.02.2022: mortos, esfaqueados, queimados.”

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