Os suspeitos, cidadãos russos, naturais de Ingúshia, alegadamente afiliados ao Daesh |
A execução pública de pessoas em Moscovo deve ser entendida como a ameaça de Putin de uma escalada e expansão ainda maior da guerra. A declaração de Peskov sobre a “guerra” pouco antes do ataque terrorista foi apenas um falso começo de uma operação especial cuidadosamente planeada do Kremlin.
Putin tem muita experiência na organização de tais ataques terroristas como forma de fortalecer seu próprio poder, começando pela explosão de casas na rodovia Kashirskaya. Como então, a ação de hoje de intimidação dos russos será a razão para o máximo “aperto dos parafusos” na própria Rússia.
Obviamente, o Kremlin pode acusar a Ucrânia de organizar um ataque terrorista e usar o tiroteio contra os seus próprios cidadãos como pretexto para ataques ainda mais brutais às infra-estruturas civis e ao assassinato de civis ucranianos. O ataque de hoje à infraestrutura civil da Ucrânia é outro elo na escalada iniciada por Putin.
Putin tentou repetidamente intimidar o Ocidente, inclusive usando armas nucleares. Portanto, este ataque terrorista pode ser usado como mais um “pretexto” para aumentar a agressão.
No entanto, o movimento desimpedido de um grupo de militantes com AK pelo centro de Moscovo/ou, bem como muitas outras evidências indiscutíveis, indicam que o tiroteio na «Crocus City Hall» foi organizado pelos serviços especiais russos. As embaixadas internacionais também alertaram sobre a preparação de um ataque terrorista.
Duty to Warn: em que serviços secretos americanos avisaram Moscovo com antecedência |
É óbvio para todo o mundo que o ataque terrorista em Moscovo é mais um crime cometido por Putin para manter o seu próprio poder.
Blogueiro
O ex-presidente russo Medvedev e oligarca ortodoxo russo Malofeev (um dos principais financiadores dos primeiros ataques russos contra Ucrânia em 2014) já acusaram Ucrânia e exortam atacar Ucrânia com todos os meios possíveis, dando aos ucranianos «48 horas para abandonar as cidades».
Konstantin Malofeev: «daremos 48 hras à população pacífica da Ucrânia para abandonar as cidades e terminaremos essa guerra com a derrota vitoriosa do inimigo. Com uso de todos as forças e meios». |
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