quinta-feira, março 28, 2024

A igreja ortodoxa russa IOR declara a guerra santa contra Ucrânia

O site oficial da Igreja Ortodoxa Russa (IOR), Patriarcado de Moscovo/ou, declarou a guerra russa na Ucrânia de “sagrada” e afirmou que “todo o território da atual Ucrânia deve entrar para a zona exclusiva da rússia». 

Na página oficial do Patriarcado de Moscovo/ou, em 27 de fevereiro, foi publicada a ordem do Conselho Mundial Popular Russo (CMPR), estrutura afiliada com o Kremlin e com a IOR, presideida pelo «oligarca ortodoxo» Malofeev, na qual a guerra na Ucrânia é chamada de “sagrada” e é afirmado que “todo o território da atual Ucrânia pode ir para a zona exclusiva da rússia». 

A citação direta: “Durante o congresso conciliar, que ocorreu em 27 de março de 2024 no Salão dos Conselhos da Igreja da Catedral de Cristo Salvador em Moscovo/ou, sob a presidência do chefe do CMPR, Sua Santidade o Patriarca de Moscovo/ou e de toda a rússia Kirill/Cirilo, foi aprovada a Ordem do XXV Conselho Mundial Popular Russo «O Presente e o Futuro do Mundo Russo» (Moscovo/ou, 27 a 28 de novembro de 2023)... 

IOR definitivamente abraçou a ideologia do neofascismo russo

A operação militar especial é uma nova etapa na luta de libertação nacional do povo russo contra o regime criminoso de Kiev e o Ocidente coletivo por trás dele, travada nas terras do sudoeste da rússia desde 2014. Durante o operação, o povo russo, de armas nas mãos, defende as suas vidas, a liberdade, a condição de Estado, a identidade civilizacional, religiosa, nacional e cultural, bem como o direito de viver na sua própria terra dentro das fronteiras de um único estado russo. Do ponto de vista espiritual e moral, uma operação militar especial é uma Guerra Santa, na qual a rússia e o seu povo, defendendo o espaço espiritual único da Santa rússia, cumprem a missão de “Manter”, protegendo o mundo do ataque do globalismo e da vitória do Ocidente, que caiu no satanismo. 

Após a conclusão da operação militar especial, todo o território da moderna Ucrânia deverá entrar na zona de influência exclusiva da rússia. A possibilidade da existência neste território de um regime político russofóbico hostil à rússia e ao seu povo, bem como de um regime político controlado a partir de um centro externo hostil à rússia, deve ser completamente excluída». 

Em abril de 2022 uma nova etapa da guerra com invasões em grande escala foi anunciada num artigo do metodologista russo Timofey Sergeytsev no site da RIA-Novosti. O artigo era um apelo direto para matar os ucranianos e destruir totalmente Ucrânia independente. 

O documento aprovado pelo líder da IOR tem o nível maior. É um apelo direto do extermínio dos ucranianos como nação, como potência, como identidade. Matar todos e qualquer um. Algo semelhante ao dito pelo putin recentemente, quando afirmou que a guerra com a Ucrânia é o principal problema de todos os russos. 

Deputado da Duma Estatal russa, Andrey Lugovoy, o presumível assassino do ex-operativo do FSB Alexander Litvinenko em Londres, está propagar, abertamente, o genocídio dos ucranianos em massa: 

«Kharkiv deve ser desenergizado a tal ponto que se torne inviável. Para que essas 800 mil pessoas que ficam nele entrem em carros, a pé, com fardos, em carroças – e vão para Oeste. O mesmo se deve fazer com Kyiv». 

As ideias semelhantes propaga, publicamente um dos principais propagandistas russos, Vladimir Solovyov, que exorta demolir e destruir as cidades ucranianas «bairro, após o bairro»: 

Os ocupantes russos não conhecem bem os residentes de Kharkiv. Eles já defenderam a sua cidade em 2014 e 2022.

2 comentários:

Anónimo disse...

A OTAN irá se arrepender piamente de não ter intervir pela Ucrânia.

Anónimo disse...

Parvoslavie... É a melhor definição dessa igreja.