sábado, outubro 30, 2021

A jovem estuprada por Béria perseguia os dissidentes

Condenada em 1950 sob acusação de “declarações caluniosas sobre alguns membros do governo soviético”, a jurista Nina Gnevkovskaya notabilizou-se na década de 1970 pela repressão e perseguições contra os dissidentes soviéticos. 

Nascida em 1926, em Tachkent no Uzbequistão, no momento da sua prisão Nina era estudante do Instituto Jurídico à Distância da União, filha do general do MGB. Pela decisão da Reunião Especial do MGB em 29 de julho de 1950 foi condenada aos 7 anos de GULAG. Cumpriu a pena na cidade russa de Vyatka, trabalhou no campo de concentração como cozinheira. Foi totalmente reabilitada pelo Conselho Judiciário do Tribunal Supremo da URSS em 20 de janeiro de 1954. Nos materiais de reabilitação foi indicada a razão real da sua condenação: “Ao longo de vários anos foi violada/estuprada pelo Lavrenti Béria, após a perca do interesse por este foi presa”. 

Em agosto de 1968, a investigadora sénior do Gabinete do Procurador de Moscovo/u, a Conselheira Júnior da Justiça, Nina Gnevkovskaya, foi nomeada para investigar o caso da “Manifestação de 25 de Agosto de 1968 ”.. Várias vezes interveio com condenações nos processos políticos contra os dissidentes na década de 1970, dizia (de acordo com vários testemunhos), que foi condenada no passado “devido a viatura” do Béria. Participou, pessoalmente, nas buscas e interrogações de muitos dissidentes e dos seus parentes, casos do Vadim Delaunay e Lyudmila Alekseeva. 

Ficou perdida na história até a década de 2000, quando em 29 de maio de 2001, num programa da TV russa “1º Canal” (ORT) profere a frase: “Esses chamados defensores dos direitos humanos não precisam nem de liberdade, nem os direitos humanos. Eles simplesmente não queriam trabalhar, nem estudar, mas queriam viver à custa dos fundos que lhes pagavam os países antissoviéticos, Itália, Israel, e outros”.

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3 comentários:

Roberto Brandão disse...

Ridícula defesa do comunismo... e ainda falam de que ela participou de condenações dos dissidentes como se fosse algo para ser elogiar. É incrível como ainda existem idiotas que acham que a URSS era um paraíso....

Anónimo disse...

História pior que essa é a esposa do Molotov, que foi presa, elogiar Stalin como um grande homem. E a filha do Stalin ficou espantada com o elogio.

Anónimo disse...

Mais uma história engraçada sobre o Estaline: na época do Congresso do PCUS (antes dele ter o poder total), era preciso preencher um documento, informando qual era a profissão do membro do partido. Ele ficou visivelmente constrangido e não escreveu nada, afinal era um notório marginal que roubava trens e nunca exerceu nenhuma função laboral honesta. Isso é relatado no livro biográfico do Dmitriy Volkogonov.