Quem acompanha o
desenrolar da guerra russo-ucraniana se deve lembrar dos casos em que no outono de 2014 e inverno de 2015, a cidade de Donetsk era atingida pelo fogo aleatório
de um morteiro-fantasma, que visava, de forma absolutamente indiscriminada, os diversos
bairros residenciais da cidade.
Os separatistas
acusavam do sucedido o mítico “grupo de sabotagem ucraniano”, entre os moradores
locais se falava sobre o morteiro escondido dentro do camião de lixo com as bordas
altas, para dissimular as suas atividades.
O caso mais sangrento
se deu em 22 de janeiro de 2015, quando no centro de Donetsk foi atingido um
troleicarro, em resultado morreram entre 9 à 13 pessoas. O caso foi reportado
na imprensa internacional, Euronews
em inglês falava sobre obus ou morteiro, Euronews
em português, na voz do Fernando Peneda da “LUSA” falou em “rocket”.
As marcas deixadas pelo
engenho mostravam claramente que era um morteiro, cuja maior distância de tiro
não ultrapassa 15 km. As forças ucranianas nos arredores do aeroporto de
Donetsk (aldeia de Pisky) estavam à uma distância de cerca de 18 km. O que não
impediu os terroristas e os seus propagandistas acusarem as forças ucranianas
na morte daquelas pessoas.
Os terroristas da “dnr”
transformaram a tragédia em um freak show, eles levaram os militares ucranianos
aprisionados no aeroporto ao local da tragédia no bairro de Bosse, os espancavam perante as
câmaras das televisões russas, também permitindo que a populaça ataque os militares
ucranianos com agressões e insultos...
Os terroristas obrigaram os militares ucranianos se ajoelhar para "pedir perdão" pelo crime cometido pelos próprios terroristas |
Algum tempo depois na imprensa passou a informação que os terroristas tinham apanhado o tal grupo de sabotagem, mas todos os seus membros eram cidadãos russos. Ninguém foi preso, a notícia foi imediatamente esquecida e a narrativa oficial da “dnr” hoje em dia fala em “mãos tortas” do operador do morteiro. Tipo, tanto queriam atingir as forças ucranianas que atingiram (por várias vezes) os moradores de Donetsk. O blogueiro ucraniano Denis Kazansky conta que numa recente discussão com blogueiro de Donetsk, Enrique Menendes, que desde sempre representava a linha pró-separatista light, até ser expulso de Donetsk em 2016, este confirmou oralmente que o fogo de morteiro no dia 22 de janeiro de 2015 foi efetuado pelos terroristas.
Outro blogueiro
ucraniano, Roman
Miroiu, conta que achou na rede social russa o perfil de um dos terroristas
que operavam o tal morteiro. O terrorista se chama German Klimov (27), é
cidadão russo, natural de Distrito Autónomo de Iamália. Da página do terrorista é possível
saber que este nasceu em 10.04.1988 na cidade de Salekhard, foi terrorista em
Donetsk, membro de uma unidade especial separatista. Embora também existe a
informação não confirmada que ele morreu em dezembro de 2014, a sua página foi
visitada/modificada pela última vez em 16 de março de 2016...
German Klimov: o terrorista no meio sem o boné |
No entanto, os
propagandistas sabem que a memória das pessoas é curtíssima e já a página br.sputniknews conta que o povoado ucraniano de Zaitseve foi bombardeado pelo morteiro com a
inscrição “кохаю” (ou seja “te amo” em ucraniano).
Anúncio em Donetsk
“Ajudem encontrar
o nosso filhinho, o pai do pequeno Dimitrinho [...]
desapareceu por culpa do comandante da unidade militar № 08802 [...] em 29 de
novembro de 2015” (fonte).
O
filhinho de 30 anos se juntou aos separatistas para matar os ucranianos, no
fim, desapareceu em combate. Mas que pena! Mas como pode!
Suicídio à dnr
Na cidade
de Donetsk, num dos centros comerciais da cidade, usando o corrimão para se
deslizar se matou um terrorista russo, conhecido pelo nome de Sergei e natural
da cidade russa de Ryazan. As testemunhas contam que no estado alcoolizado, o
homem estava deslizar do terceiro piso do edifício quando se escorregou e caiu no
chão, tendo a morte instantânea. A página Lystok
informa que o corpo já foi levado para ser sepultado na federação russa.
1 comentário:
Que bom! Menos um terrorista pra matar ucranianos. Esse fato e para ser comemorado. Espero que mais deles não de trabalho para a FAU e os batalhões de autodefesa.
Enviar um comentário