No
seu mais recente artigo publicado na “New York Review of Books”, a jornalista e
historiadora Anne
Applebaum fala-nos da Ucrânia e da sua história, tão mal conhecida. O
artigo intitulado “The Victory of Ukraine” analisa três livros recentes – um
sobre a história da Ucrânia, dois sobre as fomes do período soviético, que
fizeram milhões de vítimas e ficaram conhecidas por Holodomor, para nos
introduzir à génese sofrida de um país que ainda não vive em paz.
Putin
conhece essa história, é claro, e ele fica demasiadamente assustado de que, se a
Rússia “perder” Ucrânia – o que, nos dias de hoje significa perder influência
económica e política, então o seu regime autocrático pode também ficar
desestabilizado. Pois se Ucrânia se tornar demasiado europeia – se conseguir
qualquer coisa parecida com a integração bem-sucedida no Ocidente, então os
russos podem começar se interrogar: se a Ucrânia consegui, então por que não
nós? [Serhii] Plokhii
também explica que, desde a queda da União Soviética, o projeto imperial russo
centrou-se na ideia de unificar os falantes de russo em um único estado: “Ucrânia
tornou-se o primeiro campo de testes deste modelo fora da federação russa”. Mas
se os ucranianos que falam russo não querem se juntar ao estado russo, e parece
que eles não querem, então não haverá nenhum império russo. Essa falha também
pode fazer repercussão no Putin.
Ler
o artigo completo (em inglês):
http://www.nybooks.com/articles/2016/04/07/the-victory-of-ukraineOs diários do jornalista britânico Gareth Jones dedicados ao Holodomor ucraniano |
O trabalho jornalístico do Gareth Jones na Ucrânia durante Holodomor |
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