Cerca
de 200 ucranianos manifestaram-se neste domingo em Lisboa contra a guerra russa na Ucrânia. Na marcha lenta, que partiu do Terreiro do Paço com
destino ao Largo de Camões, esteve presente a embaixadora da Ucrânia em
Portugal, Sra. Inna Ohnivets. A iniciativa fez parte de um movimento pan-europeu,
que reuniu os milhares de ucranianos em várias cidades europeias à apelar ao
fim da guerra que começou há já dois anos.
Em
Portugal também foi entregue a carta ao presidente da Assembleia da República
para pedir ao Governo português continuar a vigência de sanções económicas e
políticas contra o país agressor, a federação russa, como deixou bem claro
Pavló Sadokha, o líder da Associação de Ucranianos em Portugal (www.spilka.pt).
As
principais mensagens que os ucranianos residentes em Portugal queriam fazer
chegar à sociedade portuguesa eram simples e diretas: Rússia é um país agressor;
Crimeia é Ucrânia; na Ucrânia decorre a guerra russa contra Ucrânia e não a
guerra civil; o Mundo deve parar a agressão do Putin!
Durante
a ação foi exibida a exposição fotográfica “Guerra pela Paz”, que retratava a
vida dos voluntários da companhia de assalto “Karpatska Sich”, pertencentes à 93ª
Brigada especial motorizada das Forças Armadas da Ucrânia (FAU).
Os
ucranianos e amigos da Ucrânia presentes empunhavam as bandeiras da Ucrânia,
dos tártaros da Crimeia, seguravam o retrato do político democrata russo Boris
Nemtsov, assassinado um ano atrás nos arredores do Kremlin na cidade de
Moscovo. Como o acompanhamento musical durante a ação os presentes ouviram a
composição “1944” da cantora ucraniana Jamala, que irá representar Ucrânia no
concurso Eurovisão-2016 (fonte
e fotos; fonte
2).
A
ação foi organizada pela Associação “Centro cultural e social luso-ucraniano” e
pela Associação de Ucranianos em Portugal (www.spilka.pt).
Bónus
No
dia 27 de fevereiro os militares da FAU retiraram da localidade
de Shyrokyne, o BTR-3, danificado mais de um ano atrás e deixado lá pelo regimento “Azov”,
no decorrer dos combates pelo controlo da vila. Recentemente, Shyrokyne novamente
passou ao controlo da Ucrânia e assim a viatura foi recuperada pelas forças
ucranianas. Os terroristas russos minaram a viatura, mas engenhos explosivos foram
neutralizados pelos sapadores ucranianos. Devido a sua inatividade por mais de
um ano, o blindado passará pelo restauro e recuperação que poderão demorar por
cerca de um mês (fonte e fotos).
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