A
zona de comércio livre com a UE, o total embargo russo contra as exportações
alimentares ucranianas, bloqueio de trânsito [da Crimeia], sanções recíprocas
da Ucrânia [...] levaram o setor agrícola ucraniano à um novo nível de
desenvolvimento qualitativo.
Dezenas
de empresas ucranianas continuam à receber a certificação da UE, exportando a
sua produção à Europa Comunitária. Começou a exportação de laticínios para a
China e o número das empresas [ucranianas] que recebem a certificação chinesa
aumenta constantemente. As relações económicas entre Ucrânia e os países de
Médio Oriente, Ásia Central e África testemunham um renascimento sem precedentes.
Em
2015 o complexo agro-industrial ucraniano conseguiu impensável: praticamente a
total reorientação do mercado russo aos mercados da Ásia, UE e África. A
estatística mostra a veracidade dos factos: em 12 meses de 2015 o mercado
agrícola ucraniano movimentou 18,5 biliões de dólares, destes – 14,8 biliões de
exportações e 3,7 biliões de importações.
Ásia
representou 40% das transações (7,4 biliões de USD), países da EU – 32% (5,9 biliões)
e África – 12% (2,2 biliões). O saldo comercial positivo foi de 11 biliões de
dólares, 400 milhões à mais do que em 2014.
O
top-5 dos países do comércio agrícola com Ucrânia é composto por China – 7,2%
(1,3 biliões de USD), Índia – 6,5% (1,2 biliões), Egito – 5,7% (1 bilião), Turquia
– 5,3% (993,4 milhões de USD) e Espanha – 5,3% (987,2 milhões).
Os
principais produtos que Ucrânia forneceu aos mercados estrangeiros em 2015 tradicionalmente
foram os produtos vegetais (13,8 bilhões de dólares): cereais, óleo de girassol,
sementes oleaginosos, açúcar, tabaco e derivados. Por sua vez, o agro-negócio
nacional exportou em 2015 produtos de origem animal no total de 968 milhões de
dólares (carne e derivados, produtos lácteos, produtos de carnes prontos à consumir
ou em conservas, etc.).
Ucrânia
importou no ano passado essencialmente os produtos vegetais no valor de 3 mil
milhões de dólares (frutas, nozes e citrinos, café, chá, especiarias, tabaco e derivados).
Os produtos de origem animal foram importados no valor de 730,7 milhões de
dólares.
O
país terminou ano 2015 com um desempenho que não se esperava – o rápido
crescimento das exportações para a Ásia, [abertura] de novos mercados, saldo positivo que supera
o do ano passado. Estas estatísticas refletem não só as vitórias ucranianas,
mas também indicações de perspectivas de desenvolvimento e dos desafios. Se
no ano passado Ucrânia apenas “trilhava os caminhos comerciais” aos novos
países, comprovava a qualidade dos seus produtos, a sua própria seriedade e
confiabilidade, o 2016 é o momento para as negociações de um novo nível – a abertura
de novas posições de exportação, o aprofundamento das relações comerciais, as
exportações de alto valor agregado. Ucrânia não deve apenas provar, mas
brilhantemente assegurar a completa independência agrícola em relação ao vizinho
agressor.
E
se 2015 foi neste sentido um “ensaio geral”, em 2016, pela primeira vez na
história recente, o mercado russo estará ausente no horizonte dos produtores
ucranianos. Em 2016 espera-nos um monte de trabalho.
Fonte:
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Texto do Oleksiy Pavlenko, o Ministro da Política Agrária e de Alimentação da Ucrânia.
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