terça-feira, setembro 22, 2015

Ucrânia e Europa: O que deve ser feito?

No seu artigo “Ukraine & Europe: What Should Be Done?”, que foi publicado na edição do “The New York Review of Books” de outubro, o conhecido financista e filantropo de origem húngara, George Soros, anuncia a sua “estratégia vencedora” para a Ucrânia.

A minha “estratégia vencedora” defende assistência financeira eficaz à Ucrânia, que combinaria apoio orçamental em grande escala com seguro de risco político acessível, juntamente com outros incentivos ao setor privado. Juntamente com as reformas económicas e políticas radicais de que a nova Ucrânia está ansiosa para introduzir, tais medidas iriam transformá-la em um lugar atraente para o investimento. O ponto fulcral das reformas económicas é a reestruturação do monopólio estatal de gás, a “Naftogaz”, passando dos atuais preços artificialmente baixos do gás aos preços determinados pelo mercado e fornecendo subsídios diretos para compras de gás às famílias carentes.

O centro de reformas políticas e a criação de um sistema judiciário e meios de comunicação honestos, independentes e competentes, o combate à corrupção, fazendo o serviço público servir o povo em vez de explorá-los. Essas reformas também serão atraentes para muitas pessoas na Rússia, que exigirão as reformas semelhantes. Disso é que Putin tem medo. É por isso que ele tem tentado tão fortemente desestabilizar a nova Ucrânia.

Ler o texto integral “Ukraine & Europe: What Should Be Done?”:

Os riscos e a lógica por detrás do patrocínio russo dos quase-estados

A analista da empresa de inteligência privada americana “Stratfor”, Reva Bhalla, publicou um artigo intitulado “Os riscos e a lógica por detrás do patrocínio russo dos quase-estados”, no qual explica a sua visão das ações russas na Ucrânia, no espaço pós-soviético e na Síria.
Autora acredita que Rússia usará a Síria como a moeda de troca nas negociações com os EUA e que também, independentemente dos quaisquer acordos, não se irá retirar da Ucrânia, pois o território ucraniano ocupado é uma prioridade para Kremlin e será defendido à qualquer custo. Autora também acredita que Kremlin gostaria de ocupar toda a margem esquerda da Ucrânia, mas não possui os meios suficientes para o efeito.

Reva Bhala diz: “a estratégia russa pode não ser barata, mas é racional do ponto de vista geopolítico”, pois o país “enfraquece por dentro”. Pelos cálculos da “Stratfor”, a Rússia gasta anualmente cerca de 5 bilhões de dólares, menos de 3% do seu orçamento do estado (206 bilhões em 2015) para garantir a sobrevivência dos quase-estados.

Ler o texto integral “The Logic and Risks Behind Russia's Statelet Sponsorship”:

Blogueiro

Alguma imprensa costuma chamar o “Stratfor” de “CIA na sombra”, no entanto é do conhecimento geral que CIA real não previu nem o fim da URSS, nem diversos outros acontecimentos históricos. Por isso, a previsão do “Stratfor” na nossa análise vale o que vale e recorda-nos vivamente o “cocktail Woody Allen” da comédia americana “Plump Fiction” – “é um copo de água que custa 60 dólares”.  

1 comentário:

Anónimo disse...

Sobre o vídeo do Cristiano Alves recrutando brasileiros para o conflito no Leste da Ucrania isso eh a prova de uma crime! Veja o que diz a legislação brasileira sobre isso:

" ''Incorre nas mesmas penas o agente que, com o propósito de praticar as condutas previstas no caput:
I - recrutar, organizar, transportar ou municiar indivíduos que viajem para país distinto
daquele de sua residência ou nacionalidade; ou
II - fornecer ou receber treinamento em país distinto daquele de sua residência ou
nacionalidade.'' "

Acredito que deve ser crime na legislação ucraniana tb!!!