sexta-feira, fevereiro 08, 2013

Primeiro livro ucraniano publicado há 530 anos


530 anos atrás, no dia 7 de fevereiro de 1483, o cientista ucraniano Yuriy Drohobych  (também conhecido como Mestre Georgius Drohobich de Rus ou Giorgio da Leopoli, o nome de nascimento Yuriy Kotermak), publicou em Roma, na editora do italiano Eucharius Silber o seu livro «Iudicium Pronosticon Anni 1483 Currentis» (Iudicium pronosticon Anni M.cccc.lxxxiii) («Avaliação prognóstica do ano corrente de 1483 do Mestre Yuri Drohobych da Rus doutor da arte e medicina da Universidade gloriosa da Bolonha»).

Esta obra foi o primeiro livro impresso de um autor ucraniano. A data é mencionada no fim deste livro muito raro que tem apenas 10 páginas em formato 18,5 × 13. A tiragem foi de algumas centenas de exemplares, até os dias de hoje sobreviveram apenas dois: um está guardado na biblioteca da Universidade Jagielloński em Cracóvia, outro pertence à biblioteca distrital de Estugarda, mas fica depositado na biblioteca da faculdade teológica da Universidade alemã Eberhard Karls Universität Tübingen.

O conteúdo e design do livro colocam o autor ucraniano ao mesmo nível dos autores contemporâneos da Europa Ocidental: ler o texto em Latim

Nos finais dos anos 1480, Yuriy Drohobych ensinava a astronomia e medicina na Universidade de Cracóvia (Universidade Jagielloński), onde tem entre os seus alunos Nicolau Copérnico e Conrad Celtis.

Em 1491, Drohobych, publica um dos primeiros livros em eslavo eclesiástico “Осьмогласник” (“Octoechos” ou “Antiphonal”) e os primeiros livros em ucraniano “Часословець” (“Horologion” ou “Livro de Horas”), “Тріодь пісна” e “Тріодь цвітна” ("Triodion"). Todas estas publicações criaram as fundações para o futuro desenvolvimento da identidade cultural ucraniana.

Obrigado à Hanna Cherkasska

4 comentários:

Jest nas Wielu disse...

Seguindo a mesma lógica, os poloneses não devem reclamar da Alemanha, pois a Revolta da Varsóvia foi esmagada pela S.S. Sturmbrigade R.O.N.A., comandada pelo polaco étnico Bronislaw Kaminski, e essa, ehm? lol lol

Jest nas Wielu disse...

He-he, isso nem piada tem, ora Mazur reconhece que Polônia aplicou a política de polonização forçada contra ucranianos (e já agora belarusos), ora diz que chauvinismo polaco é mito, belo mito, reforçado pelo campo de concentração da Bereza Kartuska.

Não consigo enxergar a sua “lógica” perversa em dizer que se tenho a sangue polaca (e tenho) devo apoiar as barbaridades dos polacos contra ucranianos. Já agora, o Metropolita http://en.wikipedia.org/wiki/Andrei_Sheptytsky também era polaco de origem, isso não o impediu de ser um dos maiores ucranianos do século XX…

Jest nas Wielu disse...

Bem, neste seu exemplo realmente tudo é muito simples, os cidadãos polacos da Silésia, com ou sem sangue alemão, querem ser alemães é mais vantajoso economicamente do que serem poloneses. Espero que não vais culpar os ucranianos disso. Além disso, dado que a Silésia era etnicamente alemã, talvez é justo devolve-la aos alemães? O que achas? Assim, até o nome Mazur é mais alemão do que polaco lol

Jest nas Wielu disse...

Mazurenkow, desejar as cidades do país alheio é um chauvinismo agudo, polonês ou não. Mas podem dar exemplo, devolvendo Silésia a Alemanha e depois veremos...