A luta contra os “cosmopolitas
sem raízes” e “servilismo perante Ocidente” começou na URSS em 1936, mas se
transformou em uma campanha ideológica entre 1948 – 1956, pretendendo garantir a
pureza do “novo homem soviético” contra o “putrefaciente influência ocidental”.
Hoje, mais de 20 anos
após o desaparecimento da União Soviética é particularmente interessante
verificar onde é que vive a prole da liderança soviética, a mesma que tão
incansavelmente lutava contra “Ocidente putrefaciente”.
A neta do Estaline, Chris
(Olga) Evans, filha da Svetlana Alliluyeva
e
do arquiteto americano William Wesley Peters, tem 40 anos, vive em Portland nos
EUA e é dona de uma loja vintage.
O cidadão americano Sergei Khrushchev,
filho do Nikita Khrushchev, visita Moscovo regularmente, ele é professor em
várias universidades americanas. A bisneta do Khrushchev, Nina L. Khruscheva é professora na
faculdade das relações internacionais da Universidade New School e no Instituto
World Policy, ambos em Nova
Iorque.
A neta do Yuri
Andropov, chefe do KGB da URSS e Secretário-geral do PCUS, Tatiana I. Andropova
vive em Miami (EUA), onde ela ensinava a coreografia. Com ela vivia o seu
irmão, Konstantin I. Andropov.
O bisneto do Leonid
Brezhnev, Dmitri A. Brezhnev estuda a politologia na Universidade de Oxford. Desde
1990 vive nos EUA a sobrinha do Brezhnev, Lyubov Brezhneva (filha
ilegítima do seu irmão Yakov Brezhnev), ela é autora do livro autobiográfico “The
World I Left Behind”, o livro pode ser encomendado por 28 dólares (incluindo as
portes do envio na sua página WEB: brezhnev.com.
A filha do principal
ideólogo do comunismo tardio soviético, asceta Mikhail Suslov, Maya M.
Sumarokova (historiadora profissional especializada em Balcãs),
desde 1990 vive com marido e dois filhos na Áustria.
A filha do Mikhail Gorbachev,
Irina
Virganskaia, reside em São-Francisco, onde fica o escritório principal da Fundação Gorbachev.
Desde 1995 ela é vice-presidente daquela instituição.
Como podemos ver,
nenhum dos filhos, netos ou bisnetos dos comunistas-mor vive na Correia do
Norte, Cuba ou Venezuela…
Tradução em língua portuguesa @Ucrânia em África
5 comentários:
Vc conhece a história deste magnata da comunicação brasileira?
http://pt.wikipedia.org/wiki/Adolpho_Bloch
Foi dono de um canal de televisão que durante muito tempo foi o segundo mais importante do Brasil. Depois o canal veio a falência, tb tinha uma editora e uma das revistas mais importantes do pais.
Não conheci o homem, o título deste artigo "Cosmopolitas sem raízes" é um título irônico, todo o mundo tem o direito de escolher o lugar para morar, apenas não podíamos de usufruir do mesmo, como se dizia no romance "1984": "todos os animais são iguais, mas uns são mais iguais que outros"...
Estimado, Carlos Ramos,
diz que "As pessoas são livres de escolher os locais a visitar. As pessoas são livres escolher os valores que mais lhes convém". Pois exactamente disso estamos a falar no artigo, os moradores da URSS não eram livres nem na escolha dos locais à visitar, nem nos valores à seguir. Pode começar por aqui: http://en.wikipedia.org/wiki/Neo-Communist_Party_of_the_Soviet_Union
As pessoas podiam escolher os valores que bem entendessem, simplesmente, de acordo como se tentava levar a cabo esse projecto (URSS), não tinham significado político. As pessoas não podiam viajar na antiga URSS. Mas diga-me nos países capitalistas (que actualmente são praticamente todos) qual a percentagem de pessoas que podem viajar? Barreiras e muros existem diversos e de vários géneros. Qualidade de vida também é possível, mas está ao alcance de quantos? Já agora, permita-me, porque não publicou, ou porque apagou o meu comentário? Cumprimentos, C.
Estimado, Carlos,
1) se uma pessoa por abraçar o neo-comunismo na URSS passou um ano no hospital psiquiátrico no tratamento compulsivo e saiu de lá inválido, então não se pode afirmar que "as pessoas podiam escolher os valores que bem entendessem". Ou melhor, quem afirma isso ou não é inteligente ou faz a propaganda comunista.
2. Creio que Carlos viaja, então nem tudo é tão sombrio no capitalismo ;-)
3. Não publico, nem publicarei as mensagens que contêm a propaganda comunista, uso de uma excepção (filho do Chernenko) para tentar afirmar que ele representava o estilo da vida da elite comunista soviética, é francamente uma propaganda. A elite viveu mais ou menos assim: http://pt.wikipedia.org/wiki/Galina_Brejneva
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