O 1º dia do trabalho do
novo parlamento ucraniano começou com ação do grupo parlamentar da VO Svoboda
(Liberdade) que fisicamente impediu dois deputados da oposição de entrar no
plenário.
Os deputados, Olexander
Tabalov (pai) e Andriy Tabalov (filho) foram eleitos pela coligação afeta à
Yulia Tymoshenko. Donos de uma fortuna considerável, eles foram o alvo fácil da
coerção económica por parte do partido do poder, dai a sua recusa de fazer parte
do grupo parlamentar pelo qual foram eleitos.
No entanto, o líder da
VO Svoboda, Oleh Tiahnybok já avisou que o seu grupo parlamentar irá impedir
aos “desistentes” de participar nos trabalhos do parlamento. Na Internet foram
publicadas as imagens do texto do juramento formal assinado por ambos, onde
estes juravam “perante o Senhor Deus e o povo da Ucrânia cumprir as obrigações
listadas”.
No plenário, a maioria
dos deputados da VO Liberdade vestia as camisas bordadas ucranianas e os da “Batkivshyna”
(Pátria) vestiam camisetas com retrato da Yulia Tymoshenko e inscrição “Liberdade
para os prisioneiros políticos”, ver as fotos AQUI.
Os deputados da VO
Liberdade colocam os “desistentes” fora do plenário:
Mas VO Svoboda não
parou por ai, no mesmo dia à tarde, os deputados do partido cortaram o murro
metálico que ilegalmente cercava o parlamento ucraniano, impedindo o contacto
entre os deputados do povo e o povo. Como explica o partido, parlamento
ucraniano é o órgão supremo do povo ucraniano e o povo tem o direito de o
contactar. Ver fotos: AQUI e AQUI
No entanto, um dos
deputados do Partido das Regiões, Ministro da Defesa em funções, Dmitri
Salamatin, também mostrou o seu caráter. Dentro do plenário, na entrada da bancada
governamental, ele se recusou a mostrar o crachá do deputado à uma oficial de
segurança, rejeitando o seu pedido legítimo em seguintes termos:
“Mas que fod@! Que
documentos pro car@lho”, e foi embora, informa a página ucraniana LB.ua
Parlamento ucraniano também
escolheu a mesa do presídio temporária com cinco membros, um por cada força
partidária que elegeu os deputados nestas legislativas. Embora o representante
comunista não poderia legalmente estar lá presente, pois o artigo 38º do
regulamento diz claramente: “só pode formar o seu grupo parlamentar o partido que
terá elegido pelo menos um deputado pelo círculo majoritário” e o PC ucraniano não
conseguiu eleger nenhum.
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