No último dia 1 de dezembro
dois locais dos tártaros da Crimeia foram atacados pelos extremistas protegidos
pela polícia. Um dos alvos era o local de construção da Mesquita catedral de
Simferopol.
Primeiro, na noite de
sexta-feira para sábado, cerca de 200 jovens armados com as marretas apareceram
no terreno contencioso onde os tártaros da Crimeia construíram diversas edificações
temporários para protestar contra a política de uso e aproveitamento da terra,
praticada na península. Refat Abdullaev, um dos ativistas tártaros contou que
os jovens agressores eram comandados à partir das viaturas estacionadas nas
imediações, a ação foi acompanhada pelo efetivo policial (8-10 polícias, incluindo
os elementos da polícia de choque), que não impediu a ação da destruição das
edificações. Cerca de 20 tártaros que estavam no terreno na qualidade de vigias
não interferiram no sucedido por estarem em minoria numérica.
O serviço da imprensa
da Direção Geral do Ministério do Interior da Crimeia informou que os seus
efetivos estiveram no local para impedir os confrontos entre as partes e que na
ausência de queixas sobre o sucedido, polícia não pretende investigar o caso.
A responsabilidade da
ação foi revindicada pelo partido chauvinista local “Unidade russa”, que afirmou
na sua página na Internet: “os proprietários dos terrenos destruíram
construções ilegais … ajudados nesta ação pelos ativistas do partido “Unidade russa”.
A lei e ordem foram asseguradas pelos representantes dos cossacos e da polícia”.
Duas horas mais tarde,
na cidade de Simferopol, os desconhecidos atacaram o local onde será construída
a Mesquita catedral, usando uma bomba incendiária de fabrico caseiro. O caso
não teve vítimas e o guarda do local conseguiu apagar o fogo. A polícia enviou
uma brigada de investigação e abriu o processo-crime sob artigo № 194, parte 2
do Código Penal da Ucrânia (“tentativa da destruição da propriedade aleia via fogo-posto”),
que prevê uma pena efetiva de até 10 anos de privação de liberdade.
A Direção Espiritual
dos Muçulmanos da Crimeia (DUMK) classificou o ataque como ação xenófoba. O
mufti da Crimeia, Emirali Ablaev, disse: “este crime é claramente uma
provocação das forças que não querem a estabilidade e a coabitação pacífica na
península”, acrescentando: “impunidade aumenta o número dos crimes que são
cometidos na base de intolerância interconfessional e interétnica”.
Os peritos acham que os
incidentes deste tipo são capazes de destruir a paz instável na Crimeia. É de
recordar que durante as últimas legislativas o partido “Unidade russa” já tinha
prometido atacar as construções dos tártaros da Crimeia. Neste momento tudo
dependerá da ponderação feita pelo Mejlis
do povo tártaro. O vice-presidente do Mejlis, Refat Chubarov afirmou: “Essa
foi uma provocação direta. […] Necessária aos marginais que se sentem bem quendo
a sociedade da Crimeia se sente intranquila”.
Fonte:
2 comentários:
O governo ucraniano via prober a homossexualidade:
http://pt.euronews.com/2012/12/09/governo-ucraniano-quer-criminalizar-homossexualidade/
Na verdade quer proibir a propaganda da homossexualidade, coisa também estranha mas não é a mesma coisa :-)
http://tsn.ua/ukrayina/u-kiyevi-svobodivci-pobilisya-z-geyami-i-zabrizkali-yih-slozoginnim-gazom.html
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