O 1º vice-procurador-geral da
Ucrânia, Renat Kuzmin, foi recentemente incluído pelo Senado americano na lista
negra dos responsáveis ucranianos culpados da perseguição política da ex-primeira-ministra
Yulia Tymoshenko.
Em resposta, Kuzmin escreveu
a carta aberta ao Congresso dos EUA, propondo discursar perante os
congressistas e imprensa americana. Em resultado, no dia 19 de outubro, Kuzmin
viu anulado o seu visto múltiplo americano. Em vez de ficar quieto e calado, homem decidiu escreveu ao Obama. Não se sabe o que ele perderá desta vez…
Na carta, Kuzmin, faz múltiplas
afirmações controversas que dificilmente lhe granjearão o apreço ou apoio do
Obama.
Kuzmin denuncia um “plano
elaborado pelo Departamento da Justiça dos EUA, iniciado por alguns políticos
americanos e ucranianos” para “desacreditar o grupo de investigação da PGR da
Ucrânia” e pessoalmente Renat Kuzmin. Na sua visão, os alegados iniciadores do plano alegadamente
pretendiam prender Kuzmin nos EUA pela alegada coerção que este alegadamente
pretendia exercer sobre uma alegada testemunha indireta de um assassinado
datado de 1996 e outros alegados crimes em que é acusada Yulia Tymoshenko.
De acordo com Kuzmin, o
grupo dos conspiradores é composto pelos lobistas Joe Williamson e Ralph Caccia
da “Wiley Rein, LLP”, pelo congressista reformado Jim Slattery, que alegadamente
faz lobby pró-Tymoshenko “usando as relações pessoais com a chefe do
Departamento do Estado, Sra. Hillary Clinton” e pelo advogado Steve Bunnell, ex-funcionário
do Procurador-geral dos EUA.
Kuzmin queixa-se ao Obama
dos “funcionários do Departamento de Estado e do Departamento de Justiça dos
EUA que não reconhecem os regulamentos legais internacionais e … mostram o
exemplo do abuso da sua posição. … iludem o presidente dos EUA, o Congresso e a
nação americana”.
No fim da missiva, Kuzmin pede
Obama “para usar os poderes de seu cargo para incentivar o Senado dos EUA a
reconsiderar a sua recentemente aprovada resolução № 466”,
ou seja, exatamente aquela que colocou Kuzmin e seus comparsas na lista negra
dos culpados em abuso da posição privilegiada no sistema judicial ucraniano.
Texto integral da
carta:
O mesmo Renat Kuzmin, a tocar
no piano uma das canções criminosas mais famosas do espaço da ex-URSS, a
preferida do mundo criminal soviético e pós-soviético, chamada “Murka”...
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