No dia 24 de novembro
na Ucrânia e em mais de 30 países em redor do mundo foram recordadas solenemente
as vítimas do Holodomor,
fome artificial, planeada, organizada e executada pelo regime comunista da
URSS.
Os historiadores
canadenses, Alexander J. Motyl e Bohdan Klid acabaram de publicar o seu novo
livre “The Holodomor Reader”, uma coleção abrangente de textos-chave e fontes
primários, muitos dos quais nunca antes foram publicados em inglês, sobre Holodomor,
a fome genocida de 1932-33 na Ucrânia soviética. O assunto é introduzido em um
ensaio extenso e o material é apresentado em seis seções: bolsa de estudos;
avaliação jurídica; achados e resoluções; relatos de testemunhas e memórias; testemunhos
dos sobreviventes; memórias, diários e cartas; documentos soviéticos, ucranianos,
britânicos, alemães, italianos e polacos; obras de literatura. Cada seção é
prefaciada com observações introdutórias descrevendo o conteúdo. O livro também
contém um guia para leitura adicional e um mapa.
Além de virar um
holofote sobre esta catástrofe humana, cuja magnitude não se tornou aparente até
o colapso da União Soviética, este livro apresenta amplas evidências de que o Holodomor
foi um genocídio perpetrado por Joseph Stalin e seus capangas. O livro é um
guia indispensável para todos os que estão interessados no Holodomor, genocídios
ou estalinismo.
Sobre os autores:
Alexander J. Motyl é
professor de Ciência Política da Universidade Rutgers-Newark; ele é especialista
em Ucrânia, Rússia e União Soviética. Ele também é autor de livros escolares e seis
romances.
Bohdan Klid é diretor
assistente do Instituto Canadense de Estudos Ucranianos (CIUS) da Universidade de
Alberta. Ele é autor de artigos sobre historiografia ucraniana e música popular
contemporânea e política na Ucrânia.
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2 comentários:
Oi, vc pederia me falar um pouco, Como alguem q foi cidadao da URSS, Como funcionava o sistema "propiska"? As pessoas nao podiam sair de suas cidades e nao podiam receber saude medica?
Para conseguir qualquer trabalho decente, isso é, descarregar a mercadoria dos comboios ou coisas do gênero não é um exemplo disso, pessoa deveria possuir "propiska" (registo residencial). Para isso deveria ter uma residência (estudantes recebiam o registo temporário), os presos ou soldados rasos do exército não tinham. Pessoa não podia residir sem propiska mais que alguns dias, a ausência era punível com multa e depois creio podia dar a prisão. Os primeiros socorros pessoa receberia na mesma, ninguém perguntava pela propiska, mas para ser atendido no sistema policlínico (uma espécie do médico da família na zona da residência) a propiska mais uma vez era necessária. O instituto de propiska era mais uma maneira do estado autoritário de controlar o cidadão. Neste momento o instituto continua sob o nome de registo, obviamente hoje existem maneiras de ultrapassar a situação, mas podem haver casos em que o registo é exigido (saúde, registos diversos, emissão do passaporte para viajar, etc).
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