Nas últimas horas foram registados tiroteios e alguns bombardeamentos em
Sloviansk, onde os terroristas continuam alvejar as forças ucranianas à partir
dos bairros residenciais, edifícios habitacionais e até de apartamentos dos
cidadãos. Exército, como de costume, responde com fogo pontual, tentando excluir
as baixas entre os civis. Até agora consegue este objetivo, pois os últimos
bombardeamentos das posições separatistas resultaram em apenas quatro feridos entre os civis.
Baixas separatistas
O jornalista russo Arkady Babchenko escreve sobre as baixas do lado terroristas, citando um dos separatistas que
escreve do local dos últimos combates (fábrica de sal na entrada à cidade de
Sloviansk).
Viatura modificada da Guarda Nacional da Ucrânia |
Ao lado da fábrica de sal, entrada da cidade, perto das ruínas da fábrica
química, na autoestrada Rostov – Kharkiv está o posto de controlo dos (separatistas), que controla a entrada na cidade. (As forças ucranianas) começam
o combate com eles (separatistas), calculam as posições e atingem os com o grande
calibre. Não são 100, mas dúzia – duas dúzias dos mortos (separatistas)...
O mais triste que a tática está certa... Simplesmente trituram os
combatentes (separatistas) com artilharia. Sair eles não podem – irão deixar
passar até (bairro de) Cherepovka e aos pontes...
Jornalistas – terroristas
Na guerra, por vezes os terroristas se mascaram de jornalistas e estes
últimos tomam a parte ativa nos combates. Como separar os inocentes dos culpados?
Escreve o jornalista português Nuno Rogeiro:
A guerra ucraniana em Sloviansk é especialmente complicada. Na noite
passada, os grupos pró-russos dispararam de um jardim infantil e de um centro
de acolhimento. Como responder, quando para-militares se alojam em edifícios
civis?
jornalistas - terroristas... |
Mas há mais problemas.
As forças especiais da Ucrânia capturaram, perto do aeródromo de
Kramatorsk, um «comando» separatista à civil, equipado com o lança-mísseis
antiaéreo portátil GROM E2, uma modificação polaca do Igla russo. Preparavam
mais um ataque aos helicópteros que os ucranianos basearam na pista de
Kramatorsk (4 Mi-24/35 «Hind» armados, 2 «Hind» de guerra electrónica, 6
Mi-8/17 «Hip» de transporte armado, 2 «Hip» de comando e 1 de ambulância).
A arma apreendida, muito eficaz, não existe nos arsenais ucranianos. Kyiv
suspeita que se trata de mísseis capturados pelos russos na Chechénia, na
região de Itum-Kalinsk ou em 2008 na Geórgia.
O mais bizarro em tudo isto é que o «comando» incluía dois jornalistas
russos: Marat Saychenko e Oleg Sideakin, da «Life News» e do «Izvestia», que
pareciam ter contratado com os separatistas à «caixa» o abate de aeronaves
ucranianas.
Estranhos companheiros de caminho...
O Coronel I.B, da força aérea ucraniana, diz-nos que um dos interruptores
do GROM (o «starter») foi substituído do original polaco para uma peça russa
(no vídeo, a partir de 1:22).
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