domingo, maio 11, 2014

“Referendo” separatista em curso (2)

A Operação Anti-Terrorista (OAT) continua a decorrer na província de Donetsk, alguns distritos da mesma foram libertados pelas forças da auto-defesa territorial, o batalhão "Dnipro" da província vizinha, Dnipropetrovsk.

As forças da operação anti-terrorista realizaram hoje, 11 de maio, as ações pró-ativas nas áreas de Sloviansk, Kramatorsk e Krasniy Lyman, na província de Donetsk. Foram destruídos todos os postos de controlo dos terroristas nas entradas de Krasniy Lyman, posto de controlo, já na cidade de Sloviansk, na área de fábrica de ração animal, onde se deu um combate curto. Também foi destruído o posto de controlo dos terroristas perto de Andreevka, nos arredores de Kramatorsk. “Polícia ucraniana e os civis não tiveram baixas, as baixas dos terroristas são verificados”, escreve News.liga.net.

Uma das localidade libertadas é Krasnoarmiysk, os edifícios da administração estatal e polícia foram libertados pelas pessoas, que se apresentaram como batalhão da auto-defesa territorial “Dnipro” (o vice-governador de Dnipropetrovsk, Borys Filatov, já desmentiu a participação do real batalhão "Dnipro", formado pelo seu governo regional nessa operação).

A entrada da polícia é guardada por 6 militares, armados com AK-74, AKSU, AKS-74U, a defesa do departamento do Ministério do Interior também é reforçada pelos carros blindados, alegadamente, do banco Privatbank (!), entradas e saídas são bloqueadas pelos pontos de metralhadoras, informa a página do conselho municipal da cidade.

Os organizadores do “referendo” praticamente pararam todas as assembleias de voto, dizem que foi devido a pressão da Guarda Nacional da Ucrânia. Na Internet apareceu o vídeo que mostra a discussão entre os separatistas locais e o comandante da Guarda:

Vocês aniquilaram o nosso referendo!” – reclamam os separatistas. “Rapazes, mas que “referendo”, vocês são ucranianos ou que?" – respondeu o militar – “eu servi a tropa nesta cidade, estive cá várias vezes, tudo estava bem”.
"Votação" nos postos de controlo separatista
Em resposta, os separatistas disseram que “por aqui mesmo agora está tudo bem”. “Então será melhor ainda”, concluiu o comandante ucraniano, informa Hromadske.TV

"Referendo" na região de Luhansk

“Os moradores da província de Luhansk rejeitaram o “referendo” ilegal dos terroristas”, afirmou o chefe interino da administração regional estatal de Luhansk, Irina Verigina.

“Já agora podemos dizer com segurança que região disse um firme “não” ao “referendo” ilegal /.../ poucos concordaram aparecer nas assembleias de voto na mira das armas. Nas grandes cidades a atividade é observada principalmente entre a geração mais velha, que já viveu a maior parte de sua vida na URSS e sonha com a reencarnação do estado totalitário. A juventude ignorou a votação completamente – a geração mais jovem considerava, considera e considerará a sua pátria apenas um país – Ucrânia”, - sublinha-se no comunicado da Irina Verigina.
"Referendo" na ponta de armas...
“Nos distritos de Belokurakino, Svatovo e Troitsk (região norte de província de Luhansk), devido à consolidação das autoridades locais e os cidadãos não foi aberta nenhuma “assembleia de voto”. Também é importante notar que até mesmo muitos dos adeptos da “federalização” da região de Luhansk, após uma deterioração significativa da situação da criminalidade na área mudou os seus pontos de vista à favor de uma Ucrânia unitária e indivisível”, - informa News.liga.net.

Já os “federastas” da região estão decididos: «melhor viver na merd@ do que com os nacionalistas». Os sonhos e medos dos moradores da Aleksandrivka, a cidade-satélite de Luhansk.
Os separatistas-eleitores vão votar no "referendo"...
Quando perguntados sobre como imaginam a sua vida após o referendo, os locais respondem: “É melhor viver na merda, do que com os nacionalistas”. Em geral, os locais sonham e contam com ajuda russa: “Putin não trai os seus, pois ele é chekista. Seremos admitidos na zona de rublo e não seremos perdidos.”

Os apoiantes de separatismo ficaram surpreendidos quando não acharam nos boletins do “referendo” o ponto “pela Rússia”, pois estavam, convencidos que participarão no análogo do “referendo” da Crimeia que foi seguido pela anexação de península pela Rússia.

Entre os moradores de Aleksandrivka são difundidos os rumores sobre o eventual ataque “do Setor da Direita e da Guarda Nacional”, para ocupar a assembleia de voto e apreender os boletins e protocolos de votação. Por isso local de votação é guardado por dois homens, armados com AK, escreve Citynews.net.ua.

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