Os filhos de ucranianos residentes no Arquipélago dos Açores (Portugal), reavivam a sua língua e cultura
Ao fim de sete anos a vivendo em Açores, a jovem Maryana dedica parte dos sábados a (re)aprender a língua e tradições da sua terra natal. Numa iniciativa que permite aos jovens imigrantes praticar a escrita e a leitura, a pedido de muitos pais, a jovem de 16 anos frequenta desde Janeiro as aulas de ucraniano organizadas pela Associação dos Imigrantes dos Açores.
Semanalmente, aos sábados, um grupo de seis jovens entre oito e 16 anos recorda aspectos gramaticais, exercita a escrita, mas também fala de literatura, arte, música, trajes típicos e artesanato. Com o objectivo de manter viva a cultura e a língua, a Associação dos Imigrantes acolheu a iniciativa inédita, cedendo um espaço da sua sede na cidade de Ponta Delgada.
"Gostava de voltar para a Ucrânia quando acabar os estudos e vou precisar desta língua", confessou à agência Lusa a jovem, que além do ucraniano e do português também fala inglês.
Embora reconheça "não ter sido muito fácil" aprender inicialmente o português - "andava sempre com o dicionário ao lado" – Maryana garante agora está à vontade para conjugar dois idiomas e até juntar o inglês, uma língua leccionada pela mãe numa escola privada em Ponta Delgada.
Durante quatro horas, a professora Svitlana Reshko, que reside em São Miguel há seis anos, reaviva os tempos de docência na Ucrânia e ajuda outros imigrantes a não deixarem cair no esquecimento a língua da sua terra natal.
"Estes jovens nasceram todos na Ucrânia. Vieram muito novos para os Açores. Falam ucraniano em casa, mas já lhes começa a faltar vocabulário", contou à Lusa a professora, que durante 14 anos leccionou numa escola primária da Ucrânia.
Estimulado pelas aulas da mãe, Yury admite que actualmente já sabe mais português do que ucraniano e estas aulas vão ajudá-lo a relembrar certas palavras."Comecei a escola aqui (Açores)", afirmou o jovem de 13 anos.
Semanalmente, aos sábados, um grupo de seis jovens entre oito e 16 anos recorda aspectos gramaticais, exercita a escrita, mas também fala de literatura, arte, música, trajes típicos e artesanato. Com o objectivo de manter viva a cultura e a língua, a Associação dos Imigrantes acolheu a iniciativa inédita, cedendo um espaço da sua sede na cidade de Ponta Delgada.
"Gostava de voltar para a Ucrânia quando acabar os estudos e vou precisar desta língua", confessou à agência Lusa a jovem, que além do ucraniano e do português também fala inglês.
Embora reconheça "não ter sido muito fácil" aprender inicialmente o português - "andava sempre com o dicionário ao lado" – Maryana garante agora está à vontade para conjugar dois idiomas e até juntar o inglês, uma língua leccionada pela mãe numa escola privada em Ponta Delgada.
Durante quatro horas, a professora Svitlana Reshko, que reside em São Miguel há seis anos, reaviva os tempos de docência na Ucrânia e ajuda outros imigrantes a não deixarem cair no esquecimento a língua da sua terra natal.
"Estes jovens nasceram todos na Ucrânia. Vieram muito novos para os Açores. Falam ucraniano em casa, mas já lhes começa a faltar vocabulário", contou à Lusa a professora, que durante 14 anos leccionou numa escola primária da Ucrânia.
Estimulado pelas aulas da mãe, Yury admite que actualmente já sabe mais português do que ucraniano e estas aulas vão ajudá-lo a relembrar certas palavras."Comecei a escola aqui (Açores)", afirmou o jovem de 13 anos.
Também Yuliya confessa estar mais à vontade a falar português, uma vez que quando chegou a São Miguel tinha 10 anos.
"Ucraniano só falo em casa e esqueço já algumas palavras. Agora acho que até já sei mais português", confessou à Lusa Yuliya, 14 anos, que frequenta com a irmã as aulas na Associação dos Imigrantes.
"Ucraniano só falo em casa e esqueço já algumas palavras. Agora acho que até já sei mais português", confessou à Lusa Yuliya, 14 anos, que frequenta com a irmã as aulas na Associação dos Imigrantes.
Entusiasmada com o projecto, a professora Svitlana Reshko explicou que as aulas não têm avaliação: "Corrigem-se os erros e tiram-se dúvidas"."Reunimos os livros que trouxemos da Ucrânia e usamo-los nas aulas", disse a professora admitindo que fazem falta mais manuais.
Os jovens trazem também material para não esquecerem a cultura da sua terra natal, disse a professora, ao contar que uma das alunas trouxe para a Associação um traje tradicional, enquanto Svitlana Reshko também já levou para as aulas bordados típicos da Ucrânia.
As aulas decorrem até finais de Julho, mas Svitlana Reshko espera que o projecto, que arrancou este ano, tenha continuidade no futuro.
Os jovens trazem também material para não esquecerem a cultura da sua terra natal, disse a professora, ao contar que uma das alunas trouxe para a Associação um traje tradicional, enquanto Svitlana Reshko também já levou para as aulas bordados típicos da Ucrânia.
As aulas decorrem até finais de Julho, mas Svitlana Reshko espera que o projecto, que arrancou este ano, tenha continuidade no futuro.
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