Após a operação
popular anti-terrorista em Odessa do dia 2 de maio, no dia 4 os
separatistas contra-atacaram. Cerca de 1000 pessoas, usando as velhinhas tresloucadas como os escudos humanos, bloquearam o Departamento do Ministério do
Interior de Odessa. Os separatistas conseguiram na justiça (?) a libertação dos
seus comparsas, mas não conseguiram capturar as armas. Os acontecimentos desta
noite irão ditar se as forças ucranianas conseguirão segurar a cidade ou se
Odessa se transformará em foco do terrorismo separatista (para já chegam as informações do que os separatistas estão levar nas fuças)...
Os russos
Entre os agitadores que estavam por trás dos confrontos em Odessa foram
detidos pelo menos três cidadãos da Rússia, informa a secreta ucraniana SBU. Os
respetivos documentos foram entregues ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da
Ucrânia.
Um dos detidos é Mefedov Evgeniy Igorevich, nascido em 1983 na cidade de Iochkar-Ola. Nas suas
próprias palavras o pai trabalha no Ministério das Situações de Emergência da
Rússia.
Outros detidos são Krasilnikov Andrey Vladimirovich (1966), morador da
cidade de Nijni Novgorod e Zolotashko Aleksandr Aleksandrovich (1976), nas suas
próprias palavras o pai é funcionário dos Tropas de interior da Rússia.
O MNE da Ucrânia informou que: “Há toda a razão para afirmar que a tragédia
(em Odessa) foi previamente planeada e foi uma ação financiada generosamente pelos
serviços russos especiais, cujo objetivo era provocar uma explosão de violência
em Odessa e desestabilizar toda a região sul da Ucrânia.
Os cidadãos russos detidos já fornecem os depoimentos. Estamos convencidos
de que uma investigação completa e imparcial, que é realizada por agências de
lei e ordem da Ucrânia, permitirá revelar não só os autores diretos da
tragédia, mas também os seus marionetistas e patrocinadores, tanto na Ucrânia, como
na Rússia”, – salientou o MNE ucraniano, informa Censor.net.ua
As forças por trás dos separatistas
As provocações que tiveram lugar em Odessa e levaram aos confrontos e mortes
em massa, ocorreram por interferência externa e foram financiados por dois ex-funcionários
do governo do Viktor Yanukovych, que se escondem no país vizinho – Serhiy Arbuzov
(ex-1º Vice-primeiro ministro) e Olexander Klimenko (ex-chefe da Autoridade
Tributária).
Os eventos, envolvendo as forças militares irregulares do território não
reconhecido internacionalmente da Transnístria foram coordenadas pelos grupos
de sabotagem da Federação Russa.
Neste momento, SBU, juntamente com o Ministério do Interior está tomar as medidas
operacionais e de investigação para identificar as vítimas dos eventos em
Odessa, e os seus organizadores, informa o Serviço de Imprensa do SBU.
Escreve o Ministro do Interior Arsen Avakov:
“Eu não tenho palavras para expressar a minha raiva pelo facto vergonhoso
de liberarem 10 provocadores que contribuíram em Odessa pela morte de 43
pessoas e ferimentos dos 160 /.../ os provocadores detidos deveriam ser
escoltados ontem à noite para Kyiv. Contudo, o Procurador-Geral Adjunto proibiu diretamente a sua transferência fora de Odessa. Como resultado, o
departamento de polícia da cidade foi bloqueado, polícia recebeu ordens para
não libertar os provocadores e se preparar para repelir o ataque. No entanto, o
Ministério Público ordenou a libertação dos detidos. Essa decisão da
procuradoria requer a investigação mais séria possível. A libertação dos
provocadores pode levar aos novos surtos de violência em Odessa.
Ação do MINT: toda a liderança do MINT provincial foi demitida na íntegra,
foram abertos os processos-crime. O novo chefe do departamento de polícia de
Odessa, Ivan Katerynchuk chegará neste momento (general Katerynchuk já chegou, na foto em baixo).
O general Ivan Katerynchuk (moreno à esquerda) já trabalha em Odessa |
Em geral, as minhas conclusões são: as autoridades de lei e ordem da Odessa
necessitam da demissão imediata de toda a sua liderança, incluindo os
comandantes do nível médio e sénior do
Ministério do Interior, do SBU, da Procuradoria. Esses órgãos trabalham em
Odessa apenas para a proteção do contrabando. Despedir os na totalidade.
A influente blogueira de Odessa, Zoya Kazanzhy escreve:
“Parece que Odessa agora terá um novo Governador” (existe
a informação do que o novo Governador poderá ser Ihor Palitsya, de momento o
vice-governador da província de Dnipropetrovsk).
No entanto, o Governador de Odessa em funções, Volodymyr Nemirovsky,
informou que na cidade está ser criado o batalhão da defesa territorial,
unidade especial militar de 400 efetivos. Os objetivos do batalhão são: “a reconstituição rápida da lei e ordem na região”.
O batalhão é formado pelo estado-geral do Ministério da Defesa da Ucrânia e
dirigido pelo chefe da Administração estatal de Odessa. O batalhão será
co-financiado pelo fundo empresarial privado. Os membros do batalhão terão o fardamento
militar e portarão as armas, todos os voluntários poderão se dirigir ao
comissariado militar de Odessa, termina Nemirovsky.
Bônus:
Reportagem fotográfica detalhada dos acontecimentos de Odessa:
Os patriotas ucranianos salvam os separatistas da Casa dos Sindicatos de Odessa:
Separatistas pró-russos atiram/jogam coquetéis molotov da Casa dos Sindicatos de Odessa contra os manifestantes ucranianos. O incêndio começou, entre outras coisas, por
causa desses coquetéis. Mais uma prova de que não houve activistas indefesos que foram alegadamente «cinicamente queimados pelos nacionalistas». Os partidários da rússia estavam
armados e também queimaram tudo ao redor, sem perceber que eles próprios seriam vítimas do mesmo incêndio.
Separatistas armados disparam das janelas da Casa dos Sindicatos de Odessa. Em resposta, coquetéis molotov são atirados contra eles. Não houve a “queima de civis”. Houve uma batalha de rua entre as pessoas armadas, em que os separatistas pró-russos pretendiam realizar um massacre. Contando com a possibilidade de atacar, impunemente os apoiantes desarmados da Ucrânia, como o fizeram alguns dias antes em Donetsk.
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