No dia 31 de janeiro, a rússia lançou um ataque com mísseis contra o centro histórico de Odesa – um local listado na Lista de Patrimónios Mundiais em
Perigo da UNESCO. O ataque resultou em vítimas. Entre aqueles que estavam no epicentro do ataque, encontravam-se representantes diplomáticos noruegueses.
No início desta semana, o Hub Cultural da UNESCO em Lviv foi inaugurado para preservar o património cultural ucraniano. Ao mesmo tempo, a Rússia continua a tentar transformar
os nossos sítios culturais em cinzas.
Este é um ataque terrorista deliberado contra civis, cidades ucranianas e as leis e normas internacionais. O mundo não pode permanecer inerte enquanto a Rússia age com
impunidade, destruindo o património cultural da Ucrânia e tirando vidas inocentes.
O filme documental “Summertime in Ukraine” conta as histórias dos voluntários americanos que defendem Ucrânia nas fileiras da unidade Ronin Team da GUR MOU.
Somente nos primeiros cinco anos da OAT (2014-2022), cerca de quatro mil voluntários estrangeiros participaram dos combates em defesa da Ucrânia. Atualmente, segundo dados não oficiais, seu número
pode chegar a 20.000 — razão pela qual a Legião Internacional foi organizada. No entanto, as Forças Armadas da Ucrânia também incluem unidades nacionais separadas. O filme transmite
um pouco dessa diversidade ao colocar meninos de diferentes países na frente da câmera. Mas o foco está nas histórias de três americanos: Murray, Waldo e Ceci.
Murray é instrutor e comandante. É rigoroso, mas justo, com uma tatuagem no pescoço dizendo «Boa Sorte, Não Morra». Ceci e Waldo são melhores
amigos, ambos bigodudos, nascidos no mesmo dia – 1 de outubro, mas com temperamentos diametralmente opostos. Ceci é melancólico, Waldo é mais otimista. O primeiro admite sombriamente: «Não
gosto da vida civil, é um tanto desconfortável.» O segundo também não gosta do tédio tranquilo e com um sorriso despreocupado caracteriza o ponto de equilíbrio como uma atividade
normal: «Acordamos de manhã, fomos trabalhar»; para ele, sucesso significa «ser feliz no seu trabalho», e ele é verdadeiramente feliz, e em seu lema ele tem seu próprio mandamento:
«Live Free, Die Hard».
O realizador ucraniano evita a adrenalina das reportagens militares, afasta-se da situação atual da linha de frente, concentra-se nas conversas e ninharias cotidianas em prol
de um objetivo: entender que tipo de pessoas que deixaram a fortaleza do conforto ocidental, passando por baixo de fogo na frente ucraniana. Ceci dá uma resposta provável: «Somos todos um bando de ninguém
sem nome.» Livres na abnegação, vitoriosos por natureza.
Um ronin é um samurai que vagueia após perder seu mestre. Um ronin pode se tornar um ladrão ou pode continuar sendo um nobre guerreiro. Com um único desejo: simplesmente
fazer a coisa certa.
Os criadores do documentário – a produtora Babylon'13 – irá doar todos os lucros da venda de ingressos para as necessidades da Legião Internacional das
GUR MOU.
A publicidade institucional da 3-ra Brigada de Assalto, muito possivelmente, a melhor campanha publicitária integrada das FAU.
«Leve a guerra ao próximo nível na maior e mais moderna unidade das Forças Armadas. Controle os robôs e destrua o mal. Apoie os seus, dirija em alta velocidade
e torne-se uma lenda viva dessa luta».
A 3ª de Assalto multiplicará o seu superpoder por três. Preencha o formulário e se junte: https://ab3.army/en/
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Uma das unidade mais resultativas da 3-ra Brigada de Assalto é o pelotão de drones de ataque “Revenge Group” do 1º Batalhão Mecânico. No vídeo
que se segue os combatentes contam o que está por trás dos golpes, bem-sucedidos, aplicados às forças inimigas:
Os voluntários dos EUA, da Grã-Bretanha, da Colômbia e do Brasil fazem parte da unidade «Khartia», a 13ª Brigada
da Guarda Nacional da Ucrânia (NGU).
Eles decidiram se juntar às Forças de Defesa da Ucrânia e executar tarefas em pé de igualdade com os ucranianos como parte de uma unidade consolidada, tendo os mesmos
direitos e responsabilidades. O treino/amento intensivo constante os ajuda a estarem prontos para o combate:
Veja como é o treino/amento dos membros estrangeiros da Khartia – do planeamento de ações ao treino/amento individual e coletivo, o mais próximo possível
das condições de combate.
Em 15 de janeiro de 1776 foi publicada em Lviv a primeira edição da «Gazette de Leopol», o primeiro periódico conhecido na Ucrânia. O jornal era publicado
em francês e tinha como objetivo informar os habitantes da cidade sobre notícias internacionais, eventos culturais e assuntos regionais; havia também uma seção «Ukrainika».
O jornal era publicado por um cidadão presupostamente francês, Chevalier Ossoudi, em um prédio na esquina das ruas Stavropigiyska, Nr. 11 e Ivan Fedorov. A existência
da «Gazette de Leopol» durou pouco: o jornal deixou de ser publicado naquele mesmo ano. O volume de cada edição é de 4 páginas. 51 edições do jornal foram preservadas.
Atualmente, fotocópias do jornal são mantidas na Biblioteca Científica da Universidade Nacional de Lviv «Ivan Franko».
O texto da capa da 1ª edição:
«Abdul Kerim, o embaixador da Porte (Turquia atual), teve a honra de ter sua primeira audiência com a Imperatriz (russa). Esta cerimônia foi observada com toda a solenidade
e esplendor inerentes a ocasiões excepcionais.»
Músico desde os 9 anos de idade, Everson Neves (24), mudou sua rotina, defendeu Ucrânia nas fileiras da Legião Internacional. O brasileiro atuou como militar voluntário
e médico combatente nas trincheiras europeias defendendo Ucrânia.
No Brasil, Everson foi músico (e também o empreendor, tinha uma hambúrgueria), onde teve passagens por diversas bandas do Sul do Brasil. “Toco gaita desde os 9 anos
de idade. Meu pai, que sempre me incentivou a tocar o instrumento, me acordava às 6 da manhã, me levava no programa do Seu Maneca, na Rádio Clube de Lages, para poder me apresentar”, contou Everson.
O natural de Lages, estado de Santa Carolina, afirmou que passou por um longo processo de recrutamento para poder defender Ucrânia dos ataques russos. “Foi um longo processo onde
tive diversas provas e testes de conhecimento. Consegui provar minha eficiência e fui aceito no batalhão o qual hoje faço parte”, contou Everson.
Everson faz parte do Legionnaires Special Group, onde é médico de combate e realiza os primeiros socorros em soldados feridos. No grupo de combate, ele conta que os soldados recrutados
não atacam, apenas defendem o país dos ataques.
“Vim com a missão de ajudar, salvar e proteger, minha função aqui é ser médico de combate, que é um soldado treinado em primeiros socorros para
socorrer soldados feridos. Apesar do perigo imenso e das críticas que recebo diariamente, eu me sinto feliz por poder estar ajudando e fazendo parte da história”, disse o lageano.
Everson Neves chegou à Ucrânia em janeiro de 2023 e voltou ao Brasil em agosto de 2024. Depois disso, concorreu ao vereador, mas, para já, não fui eleito.
O filme ucraniano «Porcelain War» foi nomeado para o Óscar na categoria de Melhor Documentário.
«Porcelain War» teve a sua estreia mundial no Festival de Cinema de Sundance em 2024, onde venceu o Grande Prémio do Júri na secção de Documentários
dos EUA. O filme já arrecadou pelo menos 37 prémios e 27 nomeações em festivais de cinema internacionais, escreve a Embaixada da Ucrânia em Moçambique.
A cerimónia acontecerá no dia 2 de março deste ano.
O mercenário Frank Darío Jarrozay (35) é único POW cubano, capturado vivo pelas FAU, revelou como foi manipulado para se juntar à guerra russa na Ucrânia,
atraindo pelas falsas promessas de emprego, escreve o jornal americanoDiario las Americas
A Assembleia da Resistência Cubana entrevistou o cubano Frank Darío Jarrozay, que explicou que foi levado para Ucrânia sob a falsa promessa de trabalhar na construção
civil na rússia. «Entrei na plataforma, mas não para entrar na guerra. Nunca pensei que fosse guerra», disse o jovem.
Orlando Gutiérrez-Boronat, do Diretório Democrático Cubano, disse que Frank Darío forneceu um testemunho valioso sobre as baixas cubanas e as condições
no front. «Ele não tem números exatos, mas seu depoimento é muito importante», disse Gutiérrez-Boronat, esclarecendo que Jarrozay não é um apoiador do regime cubano.
Frank Dario, 35, de Guantánamo, foi capturado pelo exército ucraniano enquanto lutava do lado russo. Em abril de 2024, em Kyiv, ele revelou como foi enganado por um anúncio
nas redes sociais que prometia empregos na construção civil na rússia.
«Veio como um anúncio, um anúncio dizendo que a rússia precisava de pessoas para construção e outras tarefas», conta Jarrozay.
O deputado do Parlamento ucraniano Maryan Zablotskiy visitou o mercenário cubano por duas vezes e conta o seguinte:
Spin-off: O prisioneiro repetiu diversas vezes que na prisão ucraniana ele está sendo alimentado muito melhor do que podia se dar ao luxo de comer em casa. Ele ficou especialmente
surpreso que mesmo um dos bombardeamentos russos próximos, no dia 8 de julho de 2024, não alterou os horários de serviço de comida no campo dos POW.
Histórico: 35 anos, músico, toca bateria. Na sua terra natal, ganhava a vida junto aos turistas estrangeiros.
Diz (quem duvidaria), ele agora está arrependido, mostrando um grande ódio ao regime cubano (esta é a posição padrão dos cidadãos cubanos),
jura que ele próprio não gosta dos russos e, alegadamente, ele só partiu para o ataque depois que um deles colocou uma granada junto à sua cabeça.
O caminho para a guerra: supostamente, descobri a oportunidade de ganhar dinheiro como mercenário por meio de um russo que falava espanhol, que mais tarde enviou uma passagem aérea
eletrônica ao seu telefone. Eu tinha um passaporte estrangeiro antes disso porque era músico e sonhava em fazer algum tipo de «turnê» como uma forma de escapar de Cuba para sempre. Cerca de cinco
outros compatriotas estavam no voo para Moscovo/ou, mas não se comunicaram entre si. No aeroporto de Moscovo, ele foi recebido por uma pessoa com uma foto sua impressa, alimentado em algum lugar e levado para a cidade
de Rostov. Lá, no escritório, assinou um contrato em russo (percebi unicamente que era por um ano), sem entender uma única letra do que estava escrito. Imediatamente foi para a guerra, onde todas as ordens
e todas as comunicações também acontecem exclusivamente em russo. Ele conta com horror como os ucranianos (glória às Forças Armadas da Ucrânia!) lhes deram um dia difícil
na direção de Donetsk, onde 15 russos e 4 mercenários morreram em consequência de um ataque. Apenas em casos muito excepcionais, os corpos dos cubanos são enviados para casa, mas a grande
maioria é simplesmente abandonada nos mesmos locais da sua morte.
Quando perguntado «O que você diria para aqueles que agora estão planeando fazer isso com suas próprias vidas?» — responde que a situação
em Cuba é tão crítica e desesperadora que as pessoas estão fugindo para os Estados Unidos pelo mar. E que suas palavras não os convencerão a não procurar uma oportunidade de
partir, mesmo com a perspectiva de morrer sob as balas.
Uma citação: «É melhor ficar prisioneiro aqui (na Ucrânia) por 50 anos do que voltar para Cuba». E aí, ele diz, há um medo tão grande
do sistema que, mesmo que a democracia prevalecesse agora, ela só passaria em duas ou três gerações.
Para já, o mercenário continua no campo dos POW russos, onde poderá permanecer, caso não ser incluído na troca, até o fim da guerra.
Yana Stepanenko, a menina ucraniana da região de Donetsk, que aos 11 anos perdeu as duas pernas num ataque russo de mísseis contra a cidade de Kramatorsk em abril de 2022.
Yana nasceu na região de Donetsk, na cidade de Nova Iorque. Em abril de 2022, devido ao avanço militar russo na região, a sua família estava na cidade de Kramatorsk,
da onde tentavam se evacuar à Ucrânia livre.
No dia 8 de abril de 2022 as forças russas atingiram à estação de caminhos-de-ferro / de trem de Kramatorsk com míssil «Tochka-U». Yana foi atingida
e perdeu duas pernas, a sua mãe também perdeu uma das pernas naquela estação. Somente seu irmão saiu ileso.
Hoje, como 13 anos, Yana corre semi-maratonas, já participou na maratona de Boston, onde percorreu 5 km.
No total, 61 ucranianos morreram naquela manhã. Várias pessoas foram feridas. Os habituais comentaristas portugueses, ex-militares, todos alinhados com a propaganda russa, partiram imediatamente ao ataque, argumentando
que: «rússia não sequer possuia sistemas Tochka-U», «possuia, mas não os usava», «possuia e usava, mas não na Donbas»...
Andrii Turas, um militar ucraniano, sobreviveu ao ataque russo em Olenivka que matou 54 POW ucranianos e feriu outros 130. Enquanto estava em cativeiro, ele conheceu ator Steven Seagal, e esse
encontro terminou com Andrii sendo torturado.
Andrii «Tritya» Turas era um oficial da Legião Internacional da Ucrânia, do Serviço de GUR MOU, contou como, depois de defender Mariupol e após a rendição
em «Azovstal», ele acabou em uma colônia penal russa em Olenivka, onde sobreviveu a um brutal ataque terrorista russo e conheceu o ator americano Steven Seagal.
O militar passou quase 2,5 anos em cativeiro russo após deixar «Azovstal». Ele sobreviveu ao ataque russo em Olenivka. Na noite do ataque terrorista, Andriy estava no pátio.
Segundo ele, após a tragédia, uma delegação internacional, incluindo o ator Steven Seagal, teria visitado os POW ucranianos.
Seagal se autodenominou voluntário, um suposto representante da comunidade internacional, o que facilitará o rápido retorno dos POW à Ucrânia. Mas a sua retórica
era claramente propagandística russa.
«Eu domino inglês bem, então saí para falar com ele sozinha, sem tradutor.» Ele perguntou: se eu quero ir para casa? E ele também perguntou o que eu achava
do suposto «ataque terrorista ucraniano». Eu disse que acreditava que não era um míssil ucraniano, mas uma bomba pré-plantada russa. Por isso, mais tarde fui levado para o departamento punitivo,
chamado DIZO (literalmente «isolamento disciplinário»), como punição. Então me espancaram nas pernas e no corpo. “Fortemente”, diz Andriy Turas.
Na noite de 28 a 29 de julho de 2022, as forças russas explodiram uma das barracas na colônia penal de Olenivka, perto de Donetsk, onde prisioneiros de guerra ucranianos eram mantidos.
Como resultado, 54 militares de «Azov» foram mortos e outros 130 ficaram feridos.
Steven Seagal não participou na tortura dos POW ucranianos de forma física. Como propagandista russo ele é simplesmente co-responsável pelo tratamento abusivo e desumano ao qual
os POW ucranianos foram e estão sendo sujeitos no cativeiro russo.
Em agosto/setembro de 2024 o cineasta ucraniano-brasileiro Guto Pasko estive na Ucrânia como observador internacional da guerra, missão realizada dentro do programa da PEN UKRAINE
«Solidariedade com Ucrânia», apoiado pela International Renaissance Foundation.
Junto com Sérgio Utsch, jornalista brasileiro correspondente internacional do SBT na Europa e Flávia Tavares, editora-chefe do Canal Meio, Guto participou no/do podcast Explaining
Ukraine (PEN Ukraine / UkraineWorld).
A conversa ocorreu em Kyiv, na sede da PEN Ukraine, em setembro de 2024 com mediação de Volodymyr Yermolenko, filósofo ucraniano, editor-chefe do UkraineWorld e presidente
da PEN Ukraine. UkraineWorld (ukraineworld.org) é produzido pela Internews Ukraine, uma das maiores ONGs de mídia da Ucrânia.
Para muitos ao redor do mundo, a Legião Internacional Ucraniana é uma oportunidade de abordar diretamente uma das maiores injustiças do mundo. Em meio à guerra em
andamento na Ucrânia, voluntários de todo o mundo estão respondendo ao chamado do presidente da Ucrânia por voluntários internacionais para ajudar na defesa do país.
A necessidade de militares experientes e motivados nas fileiras das Forças Armadas Ucranianas é primordial. O armamento fornecido pelos aliados da NATO/OTAN é tecnologicamente
superior e dá à Ucrânia uma vantagem, mesmo que o inimigo tenha mais mão de obra. Os soldados da Ucrânia também são altamente motivados devido à natureza defensiva da guerra.
No momento, a Ucrânia é a única coisa que impede um conflito direto entre a rússia e o Ocidente.
O que é a Legião Internacional da Ucrânia?
Assim como a Legião Estrangeira Francesa, a Legião Internacional da Ucrânia recebeu voluntários de mais de 55 países. Sua estrutura consiste em vários
batalhões, regimentos e grupos táticos. O número exato de combatentes estrangeiros na Ucrânia é confidencial.
Voluntários estrangeiros lutam ao lado do Exército Ucraniano desde 2014, quando a rússia invadiu a Crimeia e o leste da Ucrânia. Então, voluntários
estrangeiros lutaram contra a Rússia ao lado de vários batalhões de voluntários ucranianos, até que o parlamento ucraniano aprovou um projeto de lei permitindo que estrangeiros se juntassem
ao exército.
Em 27 de fevereiro de 2022, três dias após a invasão em larga escala da rússia, o presidente Volodymyr Zelenskyy ordenou a formação da Legião
Internacional para ajudar na defesa da Ucrânia.
Há uma variedade de funções na Legião Internacional, e todos os tipos de conjuntos de habilidades são bem-vindos. Combatentes estrangeiros participaram de
grandes campanhas, lutando na região de Kiev, campanha de Zaporizhzhia, ofensiva de Kharkiv, Bakhmut, Kupyansk e Chasiv Yar — só para citar algumas.
Algumas unidades famosas são:
Legião da Liberdade da Rússia
1º Batalhão de Infantaria
2º Batalhão
3º Regimento de Propósito Especial
Como se juntar à Legião Internacional da Ucrânia: instruções
A Legião Internacional inclui uma mistura diversificada de voluntários de todo o mundo. Eles se juntam para apoiar a defesa da Ucrânia e são selecionados com base
em sua motivação, habilidades de comunicação, aptidão física e adaptabilidade, independentemente de sua formação.
Há um processo simplificado para se inscrever na Legião Internacional, os formulários são preenchidos ONLINE e os recrutadores entrarão em contato
remotamente. Não há centros de recrutamento para estrangeiros no exterior ou na Ucrânia. As pessoas são aconselhadas a não viajar para a Ucrânia na tentativa de se juntar às Forças
Armadas, o recrutamento está disponível apenas on-line. As pessoas devem se inscrever no conforto de suas próprias casas.
A lei ucraniana permite que a legião internacional recrute combatentes de 18 a 60 anos, os candidatos não devem ter antecedentes criminais ou doenças crônicas, ser
fisicamente saudáveis e ter a capacidade de entrar na Ucrânia de seu país.
Há um caminho para a cidadania ucraniana para membros da Legião Internacional, a legislação atual exige que os soldados sirvam até o fim da guerra para recebê-la
— embora haja iniciativas para agilizar esse processo. Um contrato com as Forças Armadas da Ucrânia permitirá que os soldados permaneçam no país por um longo prazo.
Os candidatos não são considerados mercenários ao ingressar na Legião Internacional, pois assinam contratos militares e se tornam membros de pleno direito das Forças
Armadas Ucranianas. Os candidatos não são estritamente restritos à Legião e podem ser colocados em diferentes equipa/es, esquadrões, companhias ou batalhões com soldados internacionais.
A lei ucraniana não permite que estrangeiros assumam o papel de oficial nas forças armadas.
Assim que os candidatos forem aceitos na Legião, eles serão contatados por um recrutador com uma lista de itens que precisam levar. Também é recomendado que eles
comecem a comprar equipamentos após concluir o treinamento básico na Ucrânia, pois terão uma compreensão mais clara de suas necessidades específicas até então. Os candidatos
não poderão trazer suas armas para a Ucrânia.
Quais são os requisitos para admissão dos candidatos?
Os candidatos receberão um salário mensal com base na proximidade das linhas de frente, com taxas atuais variando de US$ 550 por mês para aqueles atrás da linha de
frente a US$ 1.100 por mês para serviço em zonas perigosas e até US$ 4.800 por mês para implantação em combate. É importante observar que as taxas de câmbio podem afetar
esses salários, e algumas funções e unidades podem oferecer bônus adicionais.
Os contratos com a Legião Internacional duram três anos, com um período mínimo de serviço de seis meses antes que a rescisão antecipada seja possível.
Os legionários se tornam membros plenos das forças armadas, e há um caminho para a cidadania ucraniana. A legislação atual exige que os soldados sirvam até o fim da guerra para se
qualificarem para a cidadania, embora haja iniciativas para agilizar esse processo. Um contrato com as Forças Armadas da Ucrânia permite que os soldados permaneçam no país por um longo prazo.
A experiência de combate é valiosa, mas não tê-la não o desqualifica imediatamente. Muitas funções nas Forças Armadas Ucranianas podem
utilizar várias habilidades e os programas de treinamento prepararão os candidatos para as condições únicas do campo de batalha.
O treino/amento varia de acordo com a filial em que os candidatos se juntam, a unidade em que são colocados e sua experiência. Alguns podem ser mobilizados em poucas semanas, enquanto
outros podem ser colocados em um programa intensivo de treinamento de seis semanas, onde se familiarizarão com o território, comunicações, estrutura de comando e condições no campo
de batalha.
Até mesmo os veteranos de combate mais experientes podem se beneficiar dos cursos de treinamento fornecidos por ambas as filiais da Legião Internacional.
As fileiras da Legião são preenchidas com indivíduos de todas as esferas da vida, já que a diversidade é um dos seus principais pontos fortes, de acordo com
as Forças Armadas, candidatos que falam inglês, espanhol e ucraniano são aceitos.
Entendendo os riscos
Juntar-se à Legião Internacional requer um compromisso pessoal significativo e investimento financeiro. Isso não é férias, as despesas de viagem não
são cobertas e muitos arranjos devem ser feitos às custas do candidato. Os candidatos são incentivados a consultar as autoridades locais e considerar as leis em seu país sobre ingressar em um exército
estrangeiro antes de se inscrever.
A adesão não é isenta de riscos significativos para a vida. Os voluntários devem enfrentar as realidades da guerra, incluindo a possibilidade de ferimentos ou morte.
A guerra na Ucrânia é feroz, com alta probabilidade de encontrar situações de combate intensas. Aqueles com experiência anterior em combate podem não estar preparados para o estilo de
guerra na Ucrânia. Aqueles que escolhem se voluntariar devem entender os riscos para si mesmos e seus companheiros.
Soldados feridos recebem tratamento médico gratuito e compensação especial por invalidez. Famílias de soldados mortos têm direito a uma compensação
de 15 milhões de UAH acima de $ 400.000. Para receber isso, a família imediata deve abrir contas bancárias e enviar os documentos necessários na Ucrânia. Soldados incapacitados recebem pagamentos
escalonados com base na gravidade de seus ferimentos.
Organizações de apoio à legião também existem, consistindo de ONGs, grupos de apoio a veteranos e parceiros que ajudam com recursos e fundos que apoiam os
legionários em serviço ativo. Isso inclui todos os tipos de suporte médico e material.
O Impacto da Legião
A Legião Internacional Ucraniana está fazendo a diferença dentro e fora do campo de batalha, destacando o compromisso global de apoiar a luta da Ucrânia pela liberdade.
Voluntários de todo o mundo enfatizam que defender valores democráticos é responsabilidade de todos.
Essa unidade inspira outros a ajudar de várias maneiras — por meio de advocacia, ajuda ou até mesmo se juntando à luta. A Legião incorpora a ideia de que proteger
a liberdade e a justiça é um esforço coletivo, muito parecido com quando o mundo se uniu durante a Segunda Guerra Mundial. Embora haja riscos inerentes, a união une os voluntários a uma luta
histórica contra a tirania na guerra entre a rússia e a Ucrânia.
Siga o link para saber mais sobre a Legião Internacional diretamente.
Bónus
Depoimento do voluntário brasileiro Giovanni Paese Junior Cezimbra (Flautista de Hamelin). É um depoimento bastante crú, honesto e realista, em que o militar aconselha os brasileiros não virem à Ucrânia, caso as motivações sejam meramente financeiras ou oriundas de desilusões quotidianas. O próprio Giovanni decidiu permanecer na Ucrânia, se transferindo ao OZSP «Azov»:
Os ocupantes russos atingem diversas igrejas ucranianas, particularmente as igrejas ortodoxas — mais de 300 igrejas ortodoxas do patriarcado russo foram arrasadas. Também foram
atingidos 169 templos protestantes, o alvo preferencial do exército russo de ocupação.
Em janeiro de 2025 na cidade de Zaporizhia, foi atingida e danificada, pelo bombardeamento aéreo russo, o catedral de São André do patriarcado de Moscovo/ou.
É importante lembrar sempre que o patriarca russo, Kirill aprova, abençoa e chama isso de “guerra santa”. O patriarca russo literalmente abençoou o assassinato
de seus próprios paroquianos ortodoxos.
Uma tendência inesperada surgiu na Legião Estrangeira da Ucrânia — uma onda de combatentes colombianos. O que os atrai pelo mundo para lutar pela Ucrânia?
É sexta-feira antes do Natal e este certo bar de expatriados em Kyiv está lotado de soldados de licença. O ar está pesado com suor e fumaça de cigarro e o
som da banda abafa qualquer chance de conversa significativa. A cena remonta à camaradagem da Segunda Guerra Mundial: jovens atléticos ostentando cortes de cabelo militar com bíceps salientes sob camisas
justas. Mas há uma reviravolta — a música não é Frank Sinatra, é uma banda latina de cinco integrantes tocando cumbia e, em vez de uísque, a bebida escolhida é a tequila.
Desde que a invasão em grande escala começou, estrangeiros de todo o mundo responderam ao chamado do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy para lutar pela Ucrânia. Enquanto
muitos vêm de aliados mais convencionais do país, como os Estados Unidos e o Reino Unido, um contingente surpreendentemente grande chegou do sul global, particularmente da América do Sul.
Nesta noite em particular, neste bar em particular, membros colombianos da Legião Estrangeira se reúnem para desabafar entre períodos na linha de frente. Para os feriados,
em vez de voltar para casa, esses soldados optaram por alugar Air Bnb's e explorar as cidades históricas da Ucrânia, como Kyiv e Lviv. A atmosfera no bar subterrâneo é festiva. Soldados compram
bebidas uns para os outros e dão tapinhas nas costas uns dos outros, enquanto as garotas locais gritam de alegria enquanto esses colombianos os giram e os fazem girar pela pista de dança. Cultura — e provavelmente
alguns números de telefone — estão sendo trocados. Esses ecos de «festejar como se não houvesse amanhã» geralmente permeia zonas de guerra, onde o amanhã nunca é
prometido.
«Muitos de nós viemos por motivos diferentes», diz Jhoe Manuel Almanza, indicativo de chamada Dragon, um soldado colombiano de 30 e poucos anos. “Para mim, era sobre
viver uma experiência única e fazer parte de algo maior, fazer parte da história.” Ele explica que a maioria dos colombianos raramente sai do país. “Eu queria ver o mundo, aprender.”
Lutar pela Ucrânia deu a Almanza a oportunidade de combinar sua experiência militar com seu desejo de viajar.
Táticas de guerrilha vs. guerra de alta tecnologia
Na Colômbia, o serviço militar é obrigatório para homens de 18 a 50 anos. Os homens normalmente passam de 12 a 24 meses no serviço, embora muitos, como Almanza,
optem por ficar mais tempo como carreira. Essa ampla experiência militar torna os colombianos especialmente adequados para ajudar a Ucrânia. No entanto, como Almanza explica, as batalhas que eles enfrentam aqui
são bem diferentes. “Na Colômbia, é mais uma luta no estilo guerrilha com recursos limitados”, ele diz. “Na Ucrânia, a luta é muito mais avançada, com artilharia, drones
e posições organizadas. Na Colômbia, você pode atacar diretamente, mas aqui, você garante uma posição com artilharia e então avança com cautela.”
Para Almanza, esse estilo de guerra se alinha mais de perto com as visões que o inspiraram a se juntar ao exército quando jovem. «As trincheiras e a guerra posicional me
lembram da Segunda Guerra Mundial», ele diz. «Mas o uso de drones e tecnologia moderna fazem a diferença.»
Sacrifício e apoio
Enquanto Almanza está emocionado com sua nova vida na Ucrânia, sua família na Colômbia passou por sua própria montanha-russa emocional. «No começo,
eles não concordaram», ele diz. «Minha mãe especialmente não queria que eu fosse por causa dos perigos. Mas, eventualmente, eles me apoiaram à sua maneira. Alguns amigos ajudaram com
dinheiro para que eu pudesse fazer a viagem para cá.» Almanza diz que planeja ficar na Ucrânia após a vitória e espera comprar uma casa e se estabelecer.
Ucrânia oferece salários competitivos para soldados estrangeiros que assinam contratos militares. Almanza observa que o salário médio mensal de um soldado da linha
de frente é de cerca de 120.000 UAH (cerca de US$ 2.834). Em comparação, ele diz que um soldado colombiano ganha cerca de US$ 350 por mês. «O salário é melhor do que eu poderia
ganhar na Colômbia», ele diz. Com seus ganhos, Almanza sustenta sua mãe e sua família alargada em casa.
Lutas ocultas
A vida como um soldado estrangeiro na Ucrânia não é isenta de desafios. «É difícil, mas gratificante», diz Almanza. Por trás do valor estavam
as duras realidades da guerra. «Claro, o risco é alto, e eu perdi companheiros», ele admite.
Antes de sua pausa, Almanza sofreu uma lesão na mão que dificultou a operação de sua arma. No início de janeiro, ele viajou para Ternopil para fisioterapia
em um dos hospitais militares da Ucrânia — serviços totalmente cobertos pelo governo ucraniano. Esse apoio se estende a todos os soldados, estrangeiros e ucranianos. No infeliz evento de morte, o governo também
fornece indenização às famílias dos combatentes estrangeiros mortos.
Carlos Molina, um ex-capitão dos fuzileiros navais dos EUA cuja família é da Colômbia, trabalha há meses para ajudar soldados de língua espanhola na
Ucrânia. O maior obstáculo, ele diz, é o idioma. «Os problemas vêm em muitas formas e tamanhos», explica Molina. «Eles ficam frustrados porque, quando têm um problema, não
têm com quem conversar.» Enquanto muitos ucranianos falam inglês, poucos falam espanhol. Para soldados que não sabem inglês, a comunicação se torna um desafio significativo. Para
lidar com esses desafios, a Legião Estrangeira trouxe instrutores de língua espanhola, uma equipe de suporte de língua espanhola em tempo integral e até criou uma versão em espanhol de seu
site.
A ausência de uma embaixada colombiana na Ucrânia complica ainda mais as coisas. Molina conta a história de um soldado ferido que perdeu seu passaporte. Sem uma embaixada
colombiana, o soldado deve deixar a Ucrânia para substituí-la. Molina acredita que um escritório centralizado dedicado a soldados estrangeiros poderia resolver muitos desses problemas. «Eles estão
perdendo uma ponte, um lugar para onde podem levar seus problemas», diz ele.
Construindo pontes que duram mais que a guerra
Apesar dessas dificuldades, soldados estrangeiros provaram seu valor no campo de batalha. Muitas tropas ucranianas elogiam seus colegas estrangeiros por sua dedicação e perspectivas
únicas.
«Voluntários estrangeiros estão aqui porque querem estar aqui», diz Andrii, um soldado da 25ª Brigada Aerotransportada da Ucrânia. A composição
diversificada das Forças Armadas da Ucrânia, misturando combatentes ucranianos e estrangeiros, está forjando laços globais que perdurarão além da guerra.
«A Colômbia é uma democracia, e muitos colombianos simpatizam com a Ucrânia por causa do desejo compartilhado de liberdade», diz Almanza. Ele observa que, embora
os colombianos frequentemente discordem sobre política interna, há uma admiração generalizada pela luta da Ucrânia pela independência.
Mercenários cubanos presos na guerra russa sem fim: «como cidadãos russos, temos que permanecer na guerra até o fim». A história de como o «sonho russo» dos
mercenários cubanos se tornou o seu pior pesadelo.
«Um ano atrás, Jorge pensou que um passaporte russo seria sua passagem para a liberdade e a riqueza. Em vez disso, ele se viu em um pesadelo sem fim, arriscando sua vida na guerra
brutal de Moscovo/ou contra Ucrânia. O recruta cubano é um dos milhares de estrangeiros que assinaram contratos com o exército russo, atraídos por promessas de altos salários e cidadania rápida
para eles e suas famílias, escreve Politico Europe no seu texto que sairá na edição de amanhã.
Maldição do passaporte
Doze meses depois, os recrutas cubanos e suas famílias dizem que seus novos passaportes acabaram sendo menos uma garantia de mais direitos do que a certificação de um rebaixamento:
de garotos-propaganda da solidariedade internacional a cidadãos russos regulares e mobilizados — um status que poucos russos nativos invejariam.
Em setembro de 2022, o anúncio do presidente russo Vladimir Putin de uma «campanha de mobilização parcial» mergulhou o país em um estado de choque. Pela
primeira vez desde a invasão em grande escala, a própria população da rússia foi confrontada com a realidade da guerra e convidada a contribuir com suas vidas.
Embora a campanha tenha desencadeado um êxodo em massa de jovens, centenas de milhares responderam ao chamado — alguns por um senso de dever patriótico, muitos outros pelo
que sentiam ser uma falta de escolha ou por medo de retaliação.
Os mobilizados esperavam ser dispensados em breve, após a suposta vitória iminente da rússia, ou, no mínimo, substituídos por novos recrutas.
Em vez disso, eles foram mantidos na frente de batalha por dois anos e contando, já que putin atrasou a ordem de uma segunda mobilização na esperança de evitar outro
colapso social. Para substituir as baixas, ele confiou na atração de mais voluntários, oferecendo altos salários aos russos, bem como cidadania acelerada para recrutas estrangeiros.
Enquanto isso, os russos mobilizados e suas famílias foram levados a entender que somente o fim da guerra pode trazer o fim da mobilização. Como os cubanos estão
descobrindo, os russos recém-formados, mesmo que tenham se alistado apenas para um período de um ano no exército, não são exceção.
«Eles estão usando a cidadania para nos amarrar», disse David, outro recruta cubano cujo contrato terminou oficialmente em julho, em uma videochamada. «Isso soa como
chantagem para mim.»
David disse que viu seu cartão cubano de identidade pela última vez em outubro de 2023, quando este foi confiscado por seus superiores militares. Pouco depois, seu passaporte
russo — emitido apenas algumas semanas antes — também foi tirado dele, sob o pretexto de que era mais seguro cruzar para a Ucrânia sem ele.
Desesperados, alguns mercenários cubanos fogem da guerra, como foi o caso do Bofill Rodrigues Richard Asniet, qua abandonou a sua unidade militar e neste momento se tornou um fugitivo das autoridades russas:
Para os cubanos, muitos dos quais veem a vida sob a ditadura de Havana e as sanções dos EUA como uma prisão a céu aberto, a perspectiva de um segundo passaporte
tem sido um grande incentivo. No entanto, esse documento, como se viu, tornou-se uma corda no pescoço.»
Bónus II
Nos combates pela aldeia de Novoivanvka no distrito de Sudzha na região de Kursk foi liquidado o mercenário africano Derrik Ngamana (32), cidadão da República Centro-Africana,
que assinou o contrato com o exército russo para «garantir o melhor futuro aos seus filhos».
O mercenário africano serviu na companhia de assalto da 155ª brigada de guardas da marinha da frota russa do Pacífico com a patente de marinheiro (equivalente à patente
de soldado raso nas forças terrestres). Esta brigada sofreu perdas significativas nas batalhas pela região de Kursk.
O voluntário ucraniano-brasileiro Gabriel Lopacinski morreu em combate na Ucrânia. Descendente de ucranianos e natural de Mallet, Paraná, Gabriel se voluntariou para defender a
terra dos seus antepessados.
Gabriel no centro de Lviv na Ucrânia
Na tarde desta segunda-feira (13 de janeiro de 2025), familiares e amigos de Gabriel Lopacinski, de 22 anos, usaram as redes sociais para comunicar a morte do jovem malletense, que estava combatendo
na guerra da Ucrânia, escreve a página brasileira Studio W.
Segundo as informações preliminares, o falecimento teria ocorrido entre os dias 23 à 24 de dezembro de 2024.
De acordo com familiares, Gabriel sempre demonstrou interesse pelas forças armadas e teve a oportunidade de integrar o exército ucraniano. A paixão pela carreira militar
levou o jovem a se envolver diretamente no conflito que assola Ucrânia.
Nas redes sociais, uma das mensagens em homenagem ao jovem foi publicada por sua tia, que escreveu:
«Nosso guerreiro! Descanse em paz ao lado de Deus. Dói muito saber que não vai mais voltar. Você morreu fazendo o que gostava, meu sobrinho, meu afilhado Gabriel Lopacinski.
Sem acreditar ainda.»
Blogueiro
A única coisa que uma pessoa verdadeiramente livre pode escolher é a quem e por quê oferecer o seu tempo de vida. Até o último suspiro, até o último
pensamento, até o último nascer ou pôr do sol. O caminho de Gabriel terminou onde estava o seu coração. Ele morreu defendendo a existência da Ucrânia como uma entidade independente
e dos ucranianos ao redor do mundo como uma nação livre. Ele morreu no campo de batalha para que os filhos e netos de uma Ucrânia livre nunca se sentissem escravos. Porque ele próprio estimava a
liberdade como o valor mais alto.
Escravos não são admitidos no paraíso. As pessoas livres do mundo, que morreram na luta pelos valores mais altos, permanecerão para sempre em nossa memória
como líderes da liberdade e do serviço altruísta à Nação.
A rússia continua a tentar minar a confiança na Ucrânia – tanto a nível interno como internacional. Estão a ser utilizadas uma variedade de narrativas
de propaganda: desde a alegada incapacidade das autoridades ucranianas para conduzir uma mobilização eficaz até à possível cessação da assistência dos parceiros internacionais.
Quando a rússia lançou uma invasão em grande escala, a 24 de fevereiro de 2022, um número significativo de países ocidentais duvidou da capacidade da Ucrânia
para resistir a um inimigo dez vezes superior. Mas a realidade superou todas as expectativas. A liderança político-militar ucraniana demonstrou coerência, determinação e eficiência.
O Presidente Volodymyr Zelensky tornou-se um símbolo de resiliência, os seus discursos inspiraram milhões de ucranianos e a comunidade internacional a lutar.
Hoje, o exército ucraniano continua a demonstrar ao mundo a sua capacidade não só de defender o país, mas também de manter eficazmente os territórios
libertados. As Forças Armadas da Ucrânia estão a implementar com sucesso três tarefas principais: impedir avanços em larga escala das tropas russas na linha da frente, dissuadir o exército
inimigo e destruir as suas forças. Os militares ucranianos interromperam a ofensiva das forças russas na região de Kharkiv e impediram o seu ataque à região de Sumy, impedindo o inimigo de
criar uma «zona tampão» no nordeste da Ucrânia. Em agosto de 2024, as FAU lançaram uma operação na região russa de Kursk, que obrigou o comando russo a transferir mais de
50.000 militares para esta zona, enfraquecendo as suas posições noutras frentes. Em 2024, os militares ucranianos destruíram mais pessoal e equipamento inimigo do que nos anos anteriores da guerra, o que
enfraqueceu significativamente o potencial ofensivo do exército russo.
As autoridades ucranianas são acusadas de viverem o «caos de mobilização», mas os fatos indicam o contrário. Ucrânia está a implementar
uma abordagem sistemática para mobilizar e formar os seus defensores. Com o apoio dos parceiros dos países da NATO, dezenas de milhares de militares ucranianos foram treinados de acordo com os padrões
mais modernos. A eficácia de combate das FAU tornou-se óbvia até para os militares russos, que reconheceram repetidamente o profissionalismo do exército ucraniano. As alegações de
«deserção em massa», incluindo histórias mal contadas dos soldados que foram treinados em França, são infundadas. Assim, a 155ª Brigada «Anna de Kyiv» capturou
4 soldados russos na direção de Pokrov há alguns dias. Apesar de todos os problemas, a brigada continua a ganhar experiência de combate. Os soldados ucranianos continuam a demonstrar uma motivação
e um patriotismo incríveis, o que se tornou um fator decisivo para dissuadir o agressor.
Os meios de comunicação russos propagam regularmente a ideia de que os EUA e a Europa estão «cansados» de ajudar Ucrânia e que o financiamento será
interrompido. Contudo, na realidade, o apoio à Ucrânia só está a aumentar. Por exemplo, os EUA decidiram repetidamente por novos pacotes de assistência militar e financeira, e a UE continua
a investir na estabilidade da Ucrânia. Na cimeira da Força Expedicionária Conjunta (JEF) em Tallinn, os países participantes concordaram em prestar assistência militar à Ucrânia
em 2025, num total de 12 mil milhões de euros. A questão do apoio à Ucrânia tornou-se fundamental para o mundo democrático.
A propaganda russa afirma que «o tempo está a trabalhar contra Ucrânia». Mas a realidade é diferente. As sanções, o isolamento económico
e a escassez de recursos estão a minar a capacidade da rússia para continuar a guerra. Entretanto, a Ucrânia está a receber cada vez mais armas, incluindo sistemas de longo alcance que lhe permitem
atacar centros logísticos em território russo. A economia ucraniana está a adaptar-se aos desafios da guerra, enquanto a economia russa está a mergulhar na crise. O mundo compreende que um conflito
prolongado será desastroso para a rússia, e não para Ucrânia.
Apesar da rússia estar a tentar desacreditar a Ucrânia através da sua propaganda, a verdade e os factos continuam do lado do povo ucraniano. Ucrânia está a
demonstrar ao mundo que é capaz de defender eficazmente as suas fronteiras, mobilizar recursos e manter-se resiliente para repelir a agressão russa. O Ocidente continuará a ajudar Ucrânia, porque
esta é uma luta não só pela integridade territorial de um Estado, mas também pelo futuro de toda a Europa.
Pouco mais de quatro anos se passaram desde o lançamento da central nuclear belarusa, e sua operação já enfrenta inúmeros problemas. No momento, ambos os reatores
da usina estão desligados. Um deles está passando por reparos programados, e o outro está parado devido a um acidente - um vazamento no circuito primário, que leva à liberação
de substâncias radioativas.
Conforme relata a página (t)checa «Aktualne Zpravy» em seu site, as declarações oficiais do Ministério da Energia da Belarus, que explicam o acidente pela «atividade
de um dos sensores», parecem pouco confiáveis, especialmente no contexto da situação política e da campanha eleitoral. No entanto, a situação está gradualmente se tornando
mais clara, e especialistas observam que os desligamentos constantes de reatores e a necessidade de reparos apenas aumentam os riscos à segurança. O equipamento tem um recurso limitado para ciclos de liga e desliga,
e desligamentos frequentes aumentam a probabilidade de acidentes graves que podem ter consequências devastadoras não apenas para a Belarus, mas também para os países vizinhos.
Este incidente se tornou uma lição importante para outros países da Europa Central, como a República (T)checa e a Eslováquia, onde a energia nuclear é
uma parte importante de seus sistemas energéticos nacionais. A Eslováquia, em particular, tem duas usinas nucleares em operação – Močovce e Bohy, que fornecem uma parcela significativa
da eletricidade do país. A Eslováquia também está considerando ativamente expandir sua indústria de energia nuclear: novas unidades de energia estão planejadas para serem construídas
em usinas existentes para garantir a estabilidade do fornecimento de energia no futuro.
A piora da situação na usina nuclear bielorrussa coloca em questão a segurança do uso de tecnologias russas na energia nuclear. Diante desses desafios, os governos
da Europa Central devem repensar suas estratégias nessa área. A República (T)checa já anunciou sua recusa em permitir que empresas russas, incluindo a Rosatom, participem de licitações
para a construção de novas unidades nucleares devido a ameaças à segurança nacional, e a Eslováquia deve levar essa experiência em consideração ao selecionar fornecedores
para projetos futuros. Isto é especialmente importante no contexto da agravada situação internacional e tendo como pano de fundo o descrédito da rússia como parceira confiável no campo
da energia nuclear devido à sua agressão à Ucrânia.
A experiência da usina nuclear bielorrussa mostra claramente que a cooperação com empresas russas no setor de energia nuclear pode ser perigosa. Vazamentos de materiais
radioativos, paradas e reparos frequentes são apenas alguns dos problemas enfrentados por países que escolhem a rússia como parceira na construção e operação de usinas nucleares.
Além disso, no contexto da crise econômica na rússia causada pelas sanções por sua agressão à Ucrânia, surgem riscos adicionais quanto à capacidade da rússia
de cumprir suas obrigações e garantir a manutenção adequada das instalações nucleares no exterior.
Os aspectos políticos da situação também são de grande importância. O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, está se aproximando ativamente
da rússia, fazendo repetidas visitas a Moscou e defendendo abertamente a retomada da cooperação com o Kremlin. Isso, por sua vez, cria riscos políticos adicionais para a Europa, minando a unidade
na região. A estratégia europeia comum para a independência e segurança energética pode ser destruída por essa reaproximação, já que os países que restabelecem
os laços com a rússia colocam em risco a política comum de diversificação do fornecimento de energia.
Outro aspecto importante é a chantagem do gás, que a Eslováquia tem usado repetidamente contra a Ucrânia, especialmente durante crises energéticas. Precedentes
com interrupções no fornecimento de gás pela Eslováquia, quando o país agiu no interesse do Kremlin, são evidências de que as ambições políticas de Fico
podem ter consequências de longo alcance não apenas para a segurança energética da Ucrânia, mas também para a unidade europeia como um todo. As disputas de gás entre a Ucrânia
e a Eslováquia apenas aumentam as preocupações sobre como potenciais laços políticos com a rússia podem afetar a estabilidade do fornecimento de energia na região.
Isso força os países da Europa Central a avaliar criticamente suas estratégias energéticas. Nos últimos anos, a rússia, devido às suas ações
de política externa e dificuldades econômicas, perdeu o status de parceira confiável em muitas áreas estratégicas, em particular na energia nuclear. Portanto, países como a República
(T)checa e a Eslováquia devem escolher não apenas tecnologias, mas também fornecedores que possam garantir não apenas alta eficiência, mas também segurança, dados os possíveis
riscos da rússia.
A necessidade de diversificar as fontes de energia e reduzir a dependência de tecnologias perigosas e fornecedores estrangeiros está se tornando um desafio importante para o futuro
desenvolvimento energético da Europa Central. A Eslováquia, tal como outros países da região, deve seguir o exemplo da República (T)Checa e escolher parceiros fiáveis para
garantir a estabilidade e a segurança da sua energia nuclear, sem ser influenciada por ambições e interesses políticos que possam ameaçar a unidade e a independência energética
da Europa.