quinta-feira, dezembro 04, 2025

«Taifun»: a unidade totalmente feminina de drones da Guarda Nacional da Ucrânia

Conheça Viktoriia, Tetiana, Oleksandra, Maryna e a sua comandante Daria «Hilka» – integrantes de uma unidade totalmente feminina de drones, parte integrante da unidade especial «Taifun» (Tufão), a primeira e única na Guarda Nacional da Ucrânia (NGU).



Elas escolheram servir nas FAU para defender seu país contra a agressão russa. Algumas delas retornaram à Ucrânia de locais seguros no Ocidente, para se alistar na Guarda Nacional. Na linha de frente, elas operam drones, percorrem estradas perigosas e atacam as posições russas. 




Quase quatro anos após a invasão russa, as mulheres ucranianas estão assumindo cada vez mais funções de combate antes reservadas aos homens. A dificuldade da Ucrânia em recrutar pessoal obrigou suas forças armadas a se adaptarem. No início deste ano, mais de 70.000 mulheres haviam se alistado no exército ucraniano — um aumento de 20% desde 2022. Cerca de 5.500 delas atuam atualmente em funções de combate. 

Mas a tripulação de Daria é a primeira da guarda nacional ucraniana a operar inteiramente sem homens. Somos imensamente gratos a elas por sua coragem!

Fotos: Oksana Parafeniuk / para The Washington Post

quarta-feira, dezembro 03, 2025

Como queniano que foi para a rússia para trabalhar encontrou a sua morte na Ucrânia

O queniano Martin Mburu, que viajou para a rússia no fim de outubro, para assumir um cargo militar, sem imaginar o que o aguardava, morreu em combate, liquidado pelas tropas ucranianas, escreve a publicação queniana Nairobi Leo 

Martin Macharia Mburu morreu, juntamente com um outro mercenário nigeriano, na quinta-feira, 27 de novembro, logo após a colocação na linha da frente, depois de um treino/amento de apenas três dias. Seus passaportes foram recuperados junto aos restos mortais, além de documentos russos e passagens aéreas, que indicam que Macharia deixou o Quênia em 21 de outubro de 2025. Segundo relatos, ele foi coagido a se alistar no exército russo e tentou enfrentar as forças ucranianas antes de morrer.

Significa, que desde a sua chegada à rússia até a sua morte passou um pouco mais de um mês.

O caso já havia sido levado ao conhecimento da Assembleia Nacional em 19 de novembro por Gitari Gachoki, de Kirinyaga Central, que alegou que Mburu, acompanhado de outro queniano, foi forçado a assinar um contrato com o exército russo, sem experiência prévia, para servir nas forças armadas russas. 

A morte de Mburu ocorreu semanas depois de o Quênia ter solicitado o apoio da Ucrânia para repatriar seus cidadãos, capturados pelas FAU, após serem forçados, pelos russos, a combaterem pela forças russas de ocupação. 

No dia 6 de outubro, o Secretário Principal do Ministério de Negócios Estrangeiros / das Relações Exteriores, Korir Sing'Oei, anunciou que o governo está trabalhando com autoridades ucranianas para fornecer assistência consular e garantir o retorno seguro dos quenianos detidos na Ucrânia. 

Sing’Oei também confirmou que três outros quenianos: Shaquille Wambo, Pius Mwika e Derick Njaga foram evacuados em segurança pela Missão Queniana em Moscovo/ou e estavam a caminho da Quénia. 

Salve a sua vida e entrega-se às FAU: t.me/spasisebyabot

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segunda-feira, dezembro 01, 2025

Bombardeamentos intensos russos atingem a cidade de Kyiv

Por duas noites seguidas, rússia ataca Kyiv — como se tentasse pressionar Ucrânia, em extremis, a aceitar os acordos impostos. No distrito de Svyatoshyne, um drone atingiu diretamente a janela de um prédio residencial. Em Vyshgorod — um outro ataque: oficialmente um míssil, mas há quem diga que poderiam ter sido dois drones com carga termobárica. Ardeu por um longo tempo e de forma incontrolável.





Esta é a verdadeira resposta da rússia a todos os esforços de paz do mundo — e as suas reais intenções relativamente ao fim desta guerra. Ou seja: continuar a guerra e matar ainda mais.

Duas pessoas foram mortas no ataque de 29 de novembro à noite contra Kyiv. Vinte e nove pessoas ficaram feridas, incluindo crianças. Edifícios residenciais, automóveis, casas particulares e garagens foram danificados. Alvos civis.




A guerra não irá parar sozinha, porque o agressor está determinado a continuá-la a qualquer custo. A tarefa do mundo hoje é tornar insustentável para a rússia o custo de prosseguir esta guerra. Só a força — e apenas a pressão sobre Moscovo — surtirá efeito.

Havia confusão no pátio: as pessoas corriam, sem saber o que fazer. No nono andar, um homem estava preso em um apartamento completamente tomado pela fumaça — ele iluminou a janela com uma lanterna, mostrando que estava vivo e aguardando socorro. Lá embaixo, os homens, junto com a polícia, gritavam para que todos se afastassem. Como costuma acontecer em cenas de ataque, havia tensão: um policial agarrou um jornalista pela roupa e o puxou atrás do cordão de segurança, como se este fosse o principal culpado pelo caos.





Há mortos. Há um pequeno mercado perto da casa — a onda de choque estourou as janelas e portas, juntamente com as suas bases; os prédios estão praticamente à descoberto.

Fotos: Efrem Lukatsky; Serviço de Emergências (DSNS); Anton Shtuka, Kostiantyn & Vlada Liberovy

Texto: Efrem Lukatsky; Embaixada da Ucrânia em Portugal

domingo, novembro 30, 2025

Standing Free: a bomba levou a minha casa

Standing Free é a primeira longa-metragem do diretor ucraniano-canadense Max Khomenko. Trata-se de um projeto documental profundamente pessoal, filmado durante suas três viagens à Ucrânia em plena guerra. Através das histórias de crianças, civis e soldados, Max mostra o custo humano da agressão russa e sua própria trajetória pelo país devastado pela guerra.

Ao trabalhar no filme, ele arriscou a vida, filmando nas linhas de frente no leste da Ucrânia e trabalhando ao lado de militares da Brigada «Azov», da Primeira Brigada Presidencial, da 3ª Brigada de Assalto e da 95ª Brigada Aerotransportada de Assalto.

O mundo mudou como o conhecemos. Uma destruição que se espalha para além das fronteiras da Ucrânia é mostrada através dos olhos de um canadense com raízes ucranianas. Os efeitos dessa guerra são explorados em um formato de documentário artístico. Um adolescente de Vancouver abandona sua vida pacífica para se reunir com sua família na Ucrânia. Ele viaja e documenta opiniões e depoimentos de especialistas pelo Canadá, Geórgia e Eslováquia. Finalmente, ele chega à casa de sua família, que foi bombardeada pelos russos. Max então realiza entrevistas com cidadãos ucranianos e soldados do exército para revelar os efeitos da guerra e como pessoas comuns superam imensos obstáculos.

Com o apoio da Fundação «Shevchenko», o filme já foi exibido em cinco países em formato de curta-metragem, arrecadando fundos para iniciativas humanitárias e de manutenção da paz na Ucrânia. Quatro anos de trabalho árduo no projeto renderam a Maxim o Prêmio Humanitário John Gibbard (2023) da Associação das Nações Unidas no Canadá.

Bombardeamentos nazistas e ruscistas de Londres (1940) e Kyiv (2025)

No início da Segunda Guerra Mundial, o governo britânico não considerava o metro/ô de Londres como um abrigo, apesar de, durante a Primeira Guerra Mundial, as pessoas já terem se refugiado ali para se proteger dos bombardeios, recorda a página WAS.



Artistas famosos cantam para as pessoas comuns

Contudo, durante o primeiro grande ataque a Londres, em 7 de setembro de 1940, as pessoas literalmente invadiram a estação Liverpool Street para se esconder das bombas. Depois disso, as autoridades mudaram de postura: o metro/ô foi oficialmente incluído na lista de abrigos e seu uso começou a ser organizado, desde as condições sanitárias até o fornecimento de alimentos.


Distribuição do bolo inglês pelas damas da sociedade

Inicialmente, o metrô era aberto como abrigo a partir das 16h, e as pessoas formavam filas para conseguir um lugar; segundo testemunhas, era possível «vender» um lugar na fila, e rumores se espalharam pela cidade de que representantes de certos grupos ocupavam os melhores lugares. A partir de novembro de 1940, foram introduzidos bilhetes especiais para permanecer no metro/ô durante os ataques, que designavam os moradores às determinadas estações; se houvesse lugares livres, outras pessoas também podiam comprar bilhetes. No auge dos bombardeios nazistas, cerca de 177.000 pessoas dormiram no metro/ô de Londres, o que representava cerca de 4% da população da capital britânica. 

Como a Grã-Bretanha sobreviveu a esses ataques? (vídeo somente em ucraniano)

Ucrânia 2025. Metro de Kyiv, fotos do Yan Dobronosov (descobre as diferenças, os artistas famosos ucranianos já cantaram no metro de Kyiv, casos de Svyatoslav Vakarchuk e Okean Elzy ou Verka S.):