domingo, julho 28, 2024

A derrota épica dos mercenários russos no Mali

Em 27 de julho, um destacamento de milícias das tribos tuaregues “Defesa do Povo de Azawad” na área da cidade de Tin-Zawatin no Mali abateu entre 50 à 80 mercenários russos, de 10 à 15 russos foram capturados. Os tuaregues também abateram o helicóptero Mi-24P com tripulação russa.
O heli Mi-24P abatido (à confirmar)

A milícia Azawad publica diversas imagens da épica derrota da coluna do grupo «Wagner» no Mali, na fronteira com a Argélia. Os mercenários de Putin foram emboscados e vários engenhos explosivos foram plantados ao longo do percurso do comboio. Os blindados foram imobilizados, a maior parte do destacamento russo foi eliminado. Um helicóptero de ataque Mi-24 que tentava prestar apoio às forças terrestres foi também abatido por guerreiros do deserto. Os tuaregues, que lutam há décadas nas suas areias nativas, aproveitaram excelentemente o terreno para uma emboscada e castigaram um grupo russo fortemente armado.

A julgar pelo vídeo, os russos foram emboscados por milícias armadas com armas ligeiras. Provavelmente, dois ou três veículos poderiam ter sido explodidos por minas ou por um lança-granadas, mas não é visível qualquer cratera no local da batalha, os cadáveres dos russos não foram danificados pelas explosões, estavam amontoados à volta dos seus veículos, que é, conseguiram saltar para fora deles. O equipamento e as armas primitivas das milícias tuaregues são impressionantes. Os POW russos foram obrigados a dizer perante as câmaras: “Rússia - não, Wagner - não, Azawad!”

Obviamente, as forças mercenárias russas viajavam sem reconhecimento ou segurança, confiando na sua esmagadora superioridade em equipamento militar e armamento.

Neste momento, os TG canais russos reportaram a destruição de 80 e a rendição de 15 mercenários russos, pertencentes ao 13º destacamento de assalto “Wagner” no Mali. No ataque foi eliminado o comandante wagneleiro Anton «Lotus» Elizarov, que em 2023 comandou o assalto a cidade de Soledar na Ucrânia. Outro dos mercenários liquidados conhecidos é o wagneleiro e blogueiro militar do TG canal GREY ZONE, moscovita Nikita Fedyanin, conhecido como “Bely” ou «Quinhentos».

Os blogueiros russos costumam escrever com desdém sobre a forma como os houtis e os outros africanos confrontam os americanos e os franceses, mas as tropas ocidentais nunca sofreram derrotas tão severas e únicas. E a rússia, após o massacre perto de Hisham, em 2018, sofreu outra derrota humilhante numa das suas guerras coloniais.

«Mali em três dias»

Na primeira foto, os soldados russos Wagner posam em frente ao seu carro blindado no início de uma expedição punitiva contra os tuaregues. Na segunda foto, os tuaregues posam em frente ao carro blindado capturado. 


A diferença acentuada de equipamento é notável - os tuaregues praticamente não têm equipamento, lutam de mantos e chinelos, apenas dois deles possuem coletes capturados. Os mercenários de Wagner possuem o que há de mais moderno em armamento de infantaria - coletes à prova de bala e de carga, rádios, kits de primeiros socorros, munições, fardas, calçado. Para participar numa expedição punitiva em África, Wagner seleciona militares russos entre os que participaram na guerra contra Ucrânia. Obviamente, os russos não consideravam os tuaregues um inimigo sério; como o resultado há um feriado no deserto - nunca ninguém entregou troféus tão importantes aos pobres tuaregues nómadas.

Os rebeldes tuaregues que liquidaram os wagneleiros oferecem à Ucrânia a entrega dos prisioneiros da Wagner sobreviventes e rendidos.

Um dos wagneleiros capturados, aparentemente pertence aos kadirov boys

Fontes: ButusovPlus / @nevzorovtv

segunda-feira, julho 22, 2024

«O Cativeiro»: a história real da defensora de «Azovstal»

A história da Valeriya «Nava» Subotina, que durante 86 dias defendeu Mariupol e «Azovstal». Seguidos de 11 meses do inferno do cativeiro russo – primeiro em Olenivka, depois na prisão de Taganrog. 

Durante 86 dias, os militares ucranianos mantiveram defesas na cercada Mariupol e no território da fábrica de Azovstal. Para preservar a vida dos soldados e salvar os feridos, os defensores - por ordem do comando militar superior - deixaram de estar na defensiva, abandonaram o território da central e deveriam render-se ao chamado «cativeiro honroso» na presença de organizações internacionais e observadores, com condição de troca no prazo de 3 a 4 meses. 

Valeriya «Nava» Subotina fazia parte do serviço de imprensa do regimento «Azov». Foi obrigada a permanecer em cativeiro – primeiro em Olenivka, depois na prisão de Taganrog – durante mais de 11 meses. Neste livro, Valeriya descreveu todos os círculos do inferno por onde passou durante quase um ano. Vigilância constante, controlo, humilhação, condições de detenção desumanas, escassez crítica de alimentos e água, tentativas do inimigo de a quebrar físicamente e psicologicamente, subjugá-la, intimidá-la e empurrá-la para a traição – Valeriya teve de passar por tudo isso. Os interrogatórios e a tortura eram exaustivos. A impossibilidade de contactar com amigos e familiares, a desinformação e a propaganda inimiga retirariam a última esperança de intercâmbio e liberdade. No entanto, o cativeiro não quebrou a mulher intrépida; agora é testemunha dos crimes da federação russa.

Ler trecho em inglês

Blogueiro

Para apoiar a defensora da Ucrânia comprem o livro, em formato físico (em papel) ou em PDF, em formato digital. Ofereçam aos amigos e familiares para que o mundo saiba do heroismo ucraniano, para que saiba a dimensão do neofascismo russo em pleno século XXI.

quinta-feira, julho 11, 2024

O genocídio dos ucranianos na agenda da propaganda russa

O canal TV russo Tsargrad, que pertence ao oligarca «ortodoxo» Konstantin Malofeev, próximo de Putin, publicou um artigo admitindo que a rússia atingiu deliberadamente Okhmatdyt e apelando a mais assassinatos de civis.

No texto, o propagandista Andrei Perla escreve abertamente que a rússia atingiu deliberadamente Okhmatdyt e apela a mais assassinatos de civis. Pois, segundo ele, não há civis na Ucrânia, todos são inimigos, por isso todos precisam de ser mortos.

(...) A impiedosa lei da guerra é demasiado simples: tais inimigos não podem ser considerados humanos. Devemos ter consciência de que é simples e assustador: não há pessoas do outro lado. Nem uma única pessoa. Os nossos mísseis não matam pessoas. Nem uma única pessoa. Não há lá pessoas.

Se não tomarmos isto como um dado adquirido, se não nos proibirmos de os considerar pessoas, de sentir pena deles, de cuidar deles, enfraqueceremos. Vamos limitar a nossa capacidade de salvar os nossos filhos. Tornaremos difícil para nós próprios alcançar a Vitória.

(...) Não pode haver negociações com eles. Não há nada para falar. E não pode haver defesa contra o terrorismo, a não ser uma única solução: atacar as cidades inimigas com as armas mais poderosas de que dispomos. Por humanidade, podemos provavelmente sugerir o início da evacuação para a Polónia no prazo de 48 horas.

Portanto, é simples e assustador, mas não há necessidade de inventar desculpas por atingir um hospital pediátrico. Devemos dizer: querem que isto pare? Desistam. Capitulam. E então talvez possamos poupar-vos.

Felizmente ex-presidente e vice-presidente do Conselho de Segurança da rússia desde 2020 Dmitri Medvedev esclarece no seu TG canal o tipo de piedade que o regime russo está decidido oferecer à Ucrânia e aos ucranianos, no caso de «um regime político moderado emergirá das ruínas da parte restante da ex-Ucrânia».

«Mas este não será o fim da operação militar da Rússia. Mesmo depois de assinarem os papéis e de aceitarem a derrota, os restantes radicais,após um reagrupamento de forças, mais cedo ou mais tarde regressarão ao poder, inspirados pelos inimigos ocidentais da Rússia. E depois chegará a hora de finalmente esmagar o réptil.Espetar um longo prego de aço no caixão do quase-estado banderista. Destruir os restos do seu legado sangrento e devolver as restantes terras ao seio das terras russas».

No início da guerra de larga escala os propagandistas russos ainda eram tímidos, se referindo aos ucranianos como “gente fraterna”, embora eles próprios não acreditavam nisso. No terceiro ano da guerra os propagandistas russos clamam abertamente pelo genocídio. Como no 3º Reich clamavam abertamente pelo genocídio dos judeus ou em Ruanda, pelo genocídio dos tutsis.

Hoje em dia, a rússia é um verdadeiro estado gerido pela ideologia do neofascismo russo. Isto não é uma figura retórica. Diversas publicações da TV, rédio e redes sociais são uma prova clara disso mesmo.

Anatoly Dremov, um blogueiro militar russo, diz isto com clareza ainda em 2023:

«Para os humanistas e para as pessoas justas, repito, isto é a guerra! E na guerra todos os métodos são bons. Se nos não bombardearmos maternidades, escolas e casas comuns, não venceremos esta guerra. Só a pressão da população da (Ucrânia) sobre Zelensky poderá obrigá-lo a capitular.


TG canal do Anatoli Dremov

A reputação da Rússia e do seu exército está em causa. Devemos ganhar, não importa o custo!

E lembre-se, não pode dizer mal do seu país durante a guerra. Mesmo que ela esteja errada!»

Um dos mais importantes propagandistas russos, Vladimir Soloviev, pede em direto, na TV, a eliminação física e extermínio das cidades de Kyiv, Odessa, Mykolaiv e Kharkiv da face da terra:


Quanto à necessidade de a Ucrânia aderir à NATO

Ucrânia, que faz fronteira directa com a rússia, está sob constante ameaça de agressão russa, o que significa uma ameaça à segurança e estabilidade da Europa. Portanto, a solução inequívoca para o problema de segurança da Europa é a adesão da Ucrânia à NATO.

Um convite oficial para a Ucrânia aderir à NATO o mais rapidamente possível fortalecerá significativamente a posição negocial de Kyiv em quaisquer futuras negociações com Moscovo.

O actual nível de apoio militar dos países da NATO pode impedir a Rússia de atingir os seus actuais objectivos tácticos na Ucrânia, mas para garantir a independência e a segurança da Ucrânia no futuro, é necessária uma abordagem estratégica mais abrangente, cujo resultado deverá ser uma decisão sobre a adesão da Ucrânia à NATO.

Para os países localizados na região euro-atlântica, a Ucrânia é um exemplo de um dos parceiros mais próximos da OTAN, que está agora o mais próximo possível da Aliança no âmbito de projectos separados, como o órgão conjunto criado do Conselho Ucrânia-OTAN .

A guerra híbrida travada pela Rússia contra o Ocidente não consiste apenas na propagação da desinformação e da intimidação, mas também na sabotagem, na sabotagem e no assassinato. O objectivo de Moscovo não é apenas testar a capacidade e a coesão dos Estados membros da NATO, mas também moldar o futuro campo de batalha.

A Ucrânia é capaz de se tornar um catalisador para a reforma e renovação da Aliança. Tal actualização é absolutamente necessária, bem como uma revisão das estratégias de segurança do Ocidente como um todo, dados os poderosos desafios de segurança da Rússia (China).

A guerra na Ucrânia minou as estruturas de segurança estabelecidas, pelo que associações como a NATO devem ser significativamente actualizadas. O atraso na aceitação de novos membros, em particular da Ucrânia, com a sua experiência em travar guerras móveis e de alta tecnologia modernas, pode levar ao domínio militar da Rússia no continente e a um enfraquecimento significativo da segurança dos países ocidentais, que subestimam a experiência de operações de combate reais e o impacto de novas ameaças.

Ucrânia é uma barreira que impede a destruição da estabilidade e da segurança do mundo ocidental, uma salvaguarda contra a passagem das fronteiras europeias pelo exército russo. As ideias estereotipadas e os avisos sobre a plena participação dos países pós-soviéticos nas estruturas ocidentais, em particular na NATO, devem ser ultrapassados, porque a Ucrânia já provou a sua eficácia na contenção da agressão russa e, portanto, precisa da Aliança do Atlântico Norte para conter a expansão da Rússia.

A Rússia quer ganhar uma posição política na Eurásia, para fortalecer a sua presença militar (criação de bases militares russas, blocos de satélites). A NATO deve crescer e expandir-se para contrariar estas tendências. Uma NATO poderosa numa composição alargada é uma garantia contra a expansão da Rússia.

A cimeira de Washington deverá tornar-se um sinal claro para a adesão da Ucrânia à NATO. Este será mais um passo para alcançar uma paz sustentável na Ucrânia e na Europa.

Quantos soldados russos já morreram na Ucrânia?

A face do soldado russo morto. Kharkiv. Ucrânia. 2022. © Antoine d'Agata / Magnum Photos

The Economist procurou saber o número de russos mortos na Ucrânia, analisando vários fontes abertas, dado que a rússia não divulga o número de seus soldados mortos ou feridos desde o início da invasão em grande escala da Ucrânia em 2022. A resposta pode variar entre 150 mil mortos e entre 462 à 728 mil incapacitados. 

De acordo com informações das publicações russas «Mediazona» e «Medusa», até 21 de junho de 2024, morreram na Ucrânia entre 106.000 e 140.000 ocupantes russos. Esses números são baseados em obituários nas redes sociais e outras fontes abertas.

As fontes francesas apontam o número de 150.000 (até maio de 2024).

De acordo com estimativas da BBC Rússia, 139.000 soldados russos, contando com os efetivos da EMP Wagner e os separatistas da «ldnr» morreram (até junho de 2024).

Ao mesmo tempo, The Economist, com base nos documentos do Ministério da Defesa dos EUA, escreve que para cada russo morto em batalha, há 3-4 feridos.

“Isso significaria que entre 462 mil e 728 mil soldados russos ficaram incapacitados até meados de junho”.

The Economist também escreve que as perdas da Rússia na Ucrânia, a partir de 2022, excederam colectivamente o número de perdas em todas as guerras da URSS/Rússia desde a Segunda Guerra Mundial.

Apesar disso, é improvável que a Rússia tenha problemas com os combatentes no curto e médio prazo, escreve a publicação, apoiando-se em autoridades e analistas ocidentais. Segundo as últimas estimativas, a rússia é capaz de mobilizar de 25.000 a 30.000 soldados por mês.

Blogueiro

Por outro lado, Ucrânia consegue abater e/ou ferir, entre 25.000 à 35.000 militares russos por mês. O que obriga rússia, na tentativa de adiar a nova onda de recrutamento geral, esvasiar as cadeias, «apanhar» os emigrantes recém-naturalizados dentro da rússia ou tentar recrutar estrangeiros nos países do «sul global». 

Perdas russas totais (KIA, MIA, POW, feridos e desaparecidos) em 7-09-2024
Dados: Estado-maior General das FAU 


terça-feira, julho 09, 2024

Terror russo contra a população civil da Ucrânia

Em 8 de julho os ocupantes russos lançaram um ataque massivo de mísseis contra várias cidades ucranianas - Kyiv, Kryvyi Rih, Dnipro, Sloviansk, Kramatorsk. Hospitais, a infraestrutura civil e edifícios residenciais foram atingidos durante o ataque. 

Atualmente sabe-se que em resultado do ataque russo de 8 de Julho 38 pessoas morreram, entre eles quatro crianças, e 190 ficaram feridas: 64 pessoas estão em hospitais de Kyiv, 28 estão hospitalizadas em Kryvyi Rih e 6 pessoas em Dnipro. 

Um prédio residencial em Kyiv, no bairro de Shevchenkivskiy, após ser atingido pelo míssil russo:

Os ocupantes russos atingiram o centro clínico infantil «Okhmatdyt» (no momento do ataque russo no centro estavam cerca de 600 pacientes, médicos e pessoal auxiliar) e clínica «Adonis» (que resultou em 7 mortos) em Kyiv. 


«O foguete russo atingiu o departamento de terapia intensiva e intoxicação crônica. Parte do prédio foi totalmente destruída. Os tetos desabaram. Ouvimos pessoas gritando, pedindo ajuda», informou o Dr. Volodymyr Zhovnir, diretor do hospital «Okhmatdyt», discursando, via vídeo-conferência no Conselho de Segurança da ONU.

O momento, em slow motion, do impacto do míssil russo X-101 em Kyiv, na clínica «Okhmatdyt»:

A federação russa utilizou cerca de 40 mísseis de vários tipos contra Ucrânia: mísseis de cruzeiro dos bombardeiros estratégicos Tu-95, balísticos, Kh-22, mísseis Kinzhal, Kalibr. Fragmentos de foguetes atingiram cidadãos e infraestruturas civis em seis distritos da cidade de Kyiv (distritos de Solomianskyi, Holosiivskyi, Dniprovskyi, Darnytskyi, Desnianskyi).



Clínica «Okhmatdyt» após o ataque russo

As crianças com câncro/cancer são transferidos para outras unidades hospitalares de Kyiv

Os russos atacaram Kyiv em plena luz do dia para matar o maior número possível de pessoas. Sabe-se de cerca de 7 mortos e 11 feridos em Kyiv, 10 mortos e 31 feridos em Kryvyi Rih. O número de vítimas continua a aumentar.

O mais terrível foi o ataque russo contra Hospital Infantil de Okhmatdyt, onde médicos especialistas salvam a vida de centenas de crianças todos os dias. O exército russo luta contra as crianças doentes, a barbárie e o cinismo do regime russo não conhecem as fronteiras!

Os moradores de Kyiv se voluntariaram para ajudar na missão de salvamento de crianças, um dos ativistas é ex-militar ucraniano Artem Grot, ele pertencia às forças de operações especiais, perdendo perna numa das suas missões. 


Nas vésperas da Cimeira da NATO, Putin demonstrou mais uma vez a natureza bárbara desta guerra, o seu total desrespeito pela opinião da comunidade internacional e o seu forte desejo de tomar a Ucrânia e matar o seu povo, todos, até mesmo as crianças pequenas.

Se alguém duvida da necessidade de mais apoio à Ucrânia, então o bombardeamento de hoje é uma prova clara de que putin não planeia parar e que a próxima vítima poderá ser qualquer país europeu.

Ucrânia precisa de armas poderosas e de alta precisão e de permissão para destruir instalações militares russas que são utilizadas para ataques contra a Ucrânia. É necessário dotar a Ucrânia de sistemas de defesa aérea/mísseis e outras armas. Esta é a única opção para salvar cidades e aldeias ucranianas da destruição, para salvar as vidas dos cidadãos ucranianos.

É necessário o apoio a longo prazo dos parceiros ocidentais, o que proporcionaria estabilidade à Ucrânia. Isto é exactamente o que o povo ucraniano quer, recuperando-se mais uma vez do bombardeamento.


O bárbaro bombardeamento da Ucrânia em 8 de Julho de 2024 provou mais uma vez a relutância da rússia em apoiar a paz. Putin usa linguagem de ultimatos. O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, fala de uma paz benéfica apenas para a rússia. Mas enquanto Orbán voa à volta do mundo fingindo ser um “pacificador”, a capital ucraniana e outras cidades estão a ser destruídas por mísseis russos Kinzhal. A União Europeia deveria finalmente prestar atenção às ambíguas actividades de “pacificação” do Primeiro-Ministro húngaro e privar a Hungria da presidência do Conselho da Europa.

As cidades e aldeias ucranianas estão sob ameaça de destruição total sem apoio militar e sistemas de defesa aérea e antimísseis. Só uma posição unida e consolidada dos países na Cimeira da NATO pode salvar a Ucrânia e demonstrar a disponibilidade do mundo civilizado para deter putin. Ucrânia precisa de uma paz justa e não de uma iniciativa vazia de “paz” de políticos populistas e ditadores.

Os ataques com mísseis da Rússia constituem um desafio para toda a comunidade civilizada. A comunidade internacional não deve ter ilusões sobre o caráter fictício das declarações de putin sobre negociações, um cessar-fogo e um “congelamento da guerra”.

Após ataques contínuos e brutais com foguetes contra cidades pacíficas da Ucrânia, não são possíveis negociações com a rússia. O terrorismo russo contra a população civil da Ucrânia tem de acabar.

Blogueiro

Os propagandistas russos estão absolutamente abertos quando o propósito do ataque: obrigar Ucrânia sentar na mesa de negociações para tentar negociar a sua rendição. Neste momento rússia não consegue obter a rendição incondicional, com a vista de destruição total do estado ucraniano. Este objetivo ficará na sua cartada para os próximos 2-3 anos.