Um convite oficial para a Ucrânia aderir à NATO o mais rapidamente possível fortalecerá significativamente a posição negocial de Kyiv em quaisquer futuras negociações com Moscovo.
O actual nível de apoio militar dos países da NATO pode impedir a Rússia de atingir os seus actuais objectivos tácticos na Ucrânia, mas para garantir a independência e a segurança da Ucrânia no futuro, é necessária uma abordagem estratégica mais abrangente, cujo resultado deverá ser uma decisão sobre a adesão da Ucrânia à NATO.
Para os países localizados na região euro-atlântica, a Ucrânia é um exemplo de um dos parceiros mais próximos da OTAN, que está agora o mais próximo possível da Aliança no âmbito de projectos separados, como o órgão conjunto criado do Conselho Ucrânia-OTAN .
A guerra híbrida travada pela Rússia contra o Ocidente não consiste apenas na propagação da desinformação e da intimidação, mas também na sabotagem, na sabotagem e no assassinato. O objectivo de Moscovo não é apenas testar a capacidade e a coesão dos Estados membros da NATO, mas também moldar o futuro campo de batalha.
A Ucrânia é capaz de se tornar um catalisador para a reforma e renovação da Aliança. Tal actualização é absolutamente necessária, bem como uma revisão das estratégias de segurança do Ocidente como um todo, dados os poderosos desafios de segurança da Rússia (China).
A guerra na Ucrânia minou as estruturas de segurança estabelecidas, pelo que associações como a NATO devem ser significativamente actualizadas. O atraso na aceitação de novos membros, em particular da Ucrânia, com a sua experiência em travar guerras móveis e de alta tecnologia modernas, pode levar ao domínio militar da Rússia no continente e a um enfraquecimento significativo da segurança dos países ocidentais, que subestimam a experiência de operações de combate reais e o impacto de novas ameaças.
Ucrânia é uma barreira que impede a destruição da estabilidade e da segurança do mundo ocidental, uma salvaguarda contra a passagem das fronteiras europeias pelo exército russo. As ideias estereotipadas e os avisos sobre a plena participação dos países pós-soviéticos nas estruturas ocidentais, em particular na NATO, devem ser ultrapassados, porque a Ucrânia já provou a sua eficácia na contenção da agressão russa e, portanto, precisa da Aliança do Atlântico Norte para conter a expansão da Rússia.
A Rússia quer ganhar uma posição política na Eurásia, para fortalecer a sua presença militar (criação de bases militares russas, blocos de satélites). A NATO deve crescer e expandir-se para contrariar estas tendências. Uma NATO poderosa numa composição alargada é uma garantia contra a expansão da Rússia.
A cimeira de Washington deverá tornar-se um sinal claro para a adesão da Ucrânia à NATO. Este será mais um passo para alcançar uma paz sustentável na Ucrânia e na Europa.
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