quarta-feira, julho 29, 2015

Mensagem da Ucrânia: queremos 1.240 mísseis “Javelin”!

O presidente de um país invadido, Petró Poroshenko, pergunta Ocidente: vocês estão com o bárbaro ou com o mundo livre?

por: Sohrab AHMARI (The Wall Street Journal)

Como é próprio à um chefe de Estado que está gerindo uma guerra, o presidente ucraniano, Petró Poroshenko é contundente na entrevista (dada) na segunda-feira (última) à noite, no edifício da administração presidencial (em Kyiv). Questionado sobre o tipo de armas que as suas forças armadas precisariam para impedir qualquer nova agressão por parte da Rússia e os seus agentes separatistas no leste da Ucrânia, o Sr. Poroshenko foi específico: “Estamos à procura de apenas 1.240 mísseis “Javelin”, e isso é absolutamente justo.”

Ler o texto integral em inglês (só para os assinantes): “Message From Battlefield Ukraine”:

Na entrevista, o presidente da Ucrânia recorda aos “esquecidos” que em 1994, na sequência da proclamação do seu estatuto político pacífico e fora dos blocos militares, o país se desmilitarizou voluntariamente, entregando ao controlo internacional os 1.240 mísseis balísticos nucleares. Duas décadas depois, Ucrânia deseja receber ao menos 1.240 complexos de mísseis anti-tanque “Javelin”, para poder se defender da agressão russa.

O presidente Poroshenko recordou que em 1994, seguindo o Memorando de Budapeste, Ucrânia desmantelou voluntariamente do seu sistema da defesa nuclear, recebendo em troca as garantias dos EUA, da França e da Grã-Bretanha da defesa da sua soberania e integridade territorial. Petró Poroshenko frisou na entrevista: “nós não exigimos que os militares britânicos, americanos ou franceses venham para cá para combater por nós. Fazemos isso com esforço próprio, pagando o preço mais alto – a vida dos nossos soldados. [...] Precisamos é de solidariedade”, – afirmou presidente Poroshenko.

O presidente ucraniano disse também que está convencido, caso seja impossível parar o agressor (russo), isso significará que a segurança global não existe. Ele também chamou à atenção ao facto dos bombardeamentos diários das forças russo-terroristas contra os militares e civis ucranianos, informando que o número dos civis e militares que já morrerem na região de Donbas se aproxima às 9.000 pessoas.

“Ninguém podia imaginar que isso aconteceria no centro da Europa no século XXI”, – disse o presidente ucraniano, citado pela agência ucraniana UNIAN.

Bónus
A página da Facebook Lokalna Istoria (História Local) publica a foto da Maria Mazuryk, natural da vila de Pechenizhyn, da atual região ucraniana de Ivano-Frankivsk. Membro ativa da resistência ucraniana OUN-UPA, ela morreu em abril de 1946, cercada pelas tropas de NKVD, num esconderijo (kryjivka) da resistência, localizado na aldeia de Kryvets, no distrito de Bohorodchany, na mesma região de Ivano-Frankvsk.

Glória aos Heróis! 

1 comentário:

Anónimo disse...

A verdade é que a Ucrânia foi traída por signatários desse acordo.