O presidente de um país
invadido, Petró Poroshenko, pergunta Ocidente: vocês estão com o bárbaro ou com
o mundo livre?
por: Sohrab AHMARI (The Wall Street Journal)
Como é próprio à um
chefe de Estado que está gerindo uma guerra, o presidente ucraniano, Petró
Poroshenko é contundente na entrevista (dada) na segunda-feira (última) à
noite, no edifício da administração presidencial (em Kyiv). Questionado sobre o
tipo de armas que as suas forças armadas precisariam para impedir qualquer nova
agressão por parte da Rússia e os seus agentes separatistas no leste da
Ucrânia, o Sr. Poroshenko foi específico: “Estamos à procura de apenas 1.240
mísseis “Javelin”, e isso é absolutamente justo.”
Ler
o texto integral em inglês (só para os assinantes): “Message From Battlefield
Ukraine”:
Na
entrevista, o presidente da Ucrânia recorda aos “esquecidos” que em 1994, na sequência
da proclamação do seu estatuto político pacífico e fora dos blocos militares, o
país se desmilitarizou voluntariamente, entregando ao controlo internacional os
1.240 mísseis balísticos nucleares. Duas décadas depois, Ucrânia deseja receber
ao menos 1.240 complexos de mísseis anti-tanque “Javelin”, para poder se
defender da agressão russa.
O presidente Poroshenko
recordou que em 1994, seguindo o Memorando de Budapeste, Ucrânia desmantelou voluntariamente
do seu sistema da defesa nuclear, recebendo em troca as garantias dos EUA, da
França e da Grã-Bretanha da defesa da sua soberania e integridade territorial. Petró Poroshenko frisou
na entrevista: “nós não exigimos que os militares britânicos, americanos ou
franceses venham para cá para combater por nós. Fazemos isso com esforço
próprio, pagando o preço mais alto – a vida dos nossos soldados. [...]
Precisamos é de solidariedade”, – afirmou presidente Poroshenko.
O presidente ucraniano
disse também que está convencido, caso seja impossível parar o agressor
(russo), isso significará que a segurança global não existe. Ele também chamou
à atenção ao facto dos bombardeamentos diários das forças russo-terroristas
contra os militares e civis ucranianos, informando que o número dos civis e
militares que já morrerem na região de Donbas se aproxima às 9.000 pessoas.
“Ninguém podia imaginar
que isso aconteceria no centro da Europa no século XXI”, – disse o presidente
ucraniano, citado pela agência ucraniana UNIAN.
Bónus
A página da Facebook Lokalna Istoria (História
Local) publica a foto da Maria Mazuryk, natural da vila de Pechenizhyn, da atual
região ucraniana de Ivano-Frankivsk. Membro ativa da resistência ucraniana
OUN-UPA, ela morreu em abril de 1946, cercada pelas tropas de NKVD, num
esconderijo (kryjivka) da resistência, localizado na aldeia de Kryvets, no distrito de Bohorodchany, na
mesma região de Ivano-Frankvsk.
Glória aos Heróis!
1 comentário:
A verdade é que a Ucrânia foi traída por signatários desse acordo.
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