segunda-feira, maio 04, 2015

A II G.M. e lend-lease mongol

Um dos pontos importantes da ajuda aliada à União Soviética na II G.M. foi o Lend-Lease, o programa dos EUA que forneceu ajuda financeira e material à União Soviética e outras nações aliadas, entre 1941 e 1945.
Até os botões dos fardamentos soviéticos eram produzidos nos EUA, @TimurKhorev
Mas antes da chegada dos camiões Studebaker US6 ou caças P-39 Airacobra, o exército soviético precisava de se locomover e não tinha os meios. Em 1941 a URSS possuía um défice de cavalos de cerca 8 milhões de unidades (!) Uns morreram, não sobrevivendo a coletivização forçada dos seus donos, outros, caíram, tal como soldados do Exército Vermelho, no cativeiro nazi. Naquele momento a URSS recebeu uma importante ajuda da República Popular da Mongólia.

A RPM começou exportar os seus cavalos à URSS em 1941, mas desde o março de 1942 as exportações se tornaram massificadas. Até 1945 Mongólia enviou à União Soviética mais de 500.000 cavalos de raça cavalo de Mongólia. Era uma espécie de Lend-Lease à mongol. Semi-selvagens, robustos e resistentes, os cavalos mongois estavam muito melhor adaptados às condições extremas da frente de batalha do que os cavalos europeus. Em 1943, um em cada cinco cavalos na frente foi «mongol».

Os participantes soviéticos da guerra sublinhavam as qualidades excepcionais dos cavalos mongóis: “No ínício pensavamos que esses pequenos cavalos não conseguirão levar os soldados com equipamento completo. Passando os caminhos militares duros, montados nos cavalos mongóis, temos a certeza de que eles são fortes, não conhecem a fadiga e são muito simples no que toca a alimentação. Nos curtos intervalos entre as batalhas eles se pastavam, comiam a relva, a casca das árvores e estavam sempre prontos à entrar em combate”.
Duas vezes Herói da União Soviética, o general da cavalaria Issa Pliyev, escreveu no seu livro das memórias: «Cavalo mongol simples, ao lado do tanque soviético, chegou até o Berlim» (FONTE).

Bónus

No verão de 2023, os ocupantes russos aquartelados na região ucraniana de Luhansk receberam dois (02) cavalos de Bascortostão para a realização de “tarefas especiais” (futuramente os ocupantes planeiam aumentar o número de cavalos até 10). Em particular, os cavalos deverão ser usados ​​para patrulhar e entregar carga em posições na zona de combate, escreve Bashinfo.


Os dois cavalos da raça Bashkir foram trazidos à Ucrânia para servir numa unidade dos ocupantes russos, composta, principalmente, pela minoria étnica de bashkiris, originária da região autónoma russa de Bascortostão, uma região bastante depressiva e como tal, bastante usada pelas autoridades russas para o recrutamento mais ou menos compulsivo dos cidadãos no seu esforço neocolonial de subjugar Ucrânia militarmente, tentando usar, para o efeito, as tropas, de preferências «indígenas», poupando os soldados russos, provenientes das grandes cidades da rússia europeia.

1 comentário:

Anónimo disse...

Os mongóis só estavam ajudando os descendentes da Horda Dourada no Kremlin kkkkkk.