Estranhamente ou não, os
crentes neo-estalinistas continuam com a sua crença do que, ora na URSS não
havia as repressões, ora Estaline desconhecia a sua existência. É muito difícil
discutir com as pessoas que negam o evidente. Os documentos existem, são perfeitamente
conhecidos e bem claros, de maneira que os comentadores não têm muita coisa para
adicionar.
por: Jan Rachinski, sociedade Memorial (Facebook)
Eis a nota que o
camarada-chefe do NKVD, Nikolay Yezhov, apresentou ao camarada Estaline no dia 26 de julho
de 1938: “Ao camarada Estaline. Envio a lista dos detidos, sujeitos ao
julgamento do Colégio Militar na primeira categoria”.
E eis a resolução do
camarada Estaline: “Pelo fusilamento (assim no original) de todos 138 pessoas”.
Mais em baixo a assinatura do segundo carrasco mais importante – Molotov.
Inicialmente a lista continha
139 nomes, Estaline riscou (até a segunda ordem), o nome do marechal Alexander Yegorov
e emendou a cifra 139 para 138, significa que leu a lista.
A lista continha os
nomes dos: 9 chefes das circunscrições militares, chefes da Força Aérea e da
Frota militar, 5 Comissários de povo e uma dúzia de vice-comissários, diretor
do Instituto Central de Aerodinâmica (TsAGI) e diretor da fábrica
de aviação, 2 chefes do Planeamento estatal, chefes dos Departamentos do Comité
Central do PC(b), primeiros secretários do partido comunista na Quirguízia e
Arménia, secretários distritais dos comités do partido e até o comandante do
Kremlin…
Todos eles tiveram o
mesmo destino: o “processo” no Colégio Militar durou cerca de 10 minutos (sem
presença de advogados, testemunhas e direito ao apelo) e fuzilamento. Camarada Vasiliy Ulrikh executava
as ordens do ditador soviético de uma maneira extremamente operativa: 45
pessoas foram condenadas e executadas já no dia 28 de junho, no dia seguinte
foram outros 67 e mais 14 no dia 1 de agosto. Nove pessoas viveram até dia 19
de agosto, um até 10 de setembro e mais um até o dia 3 de março de 1939. É
desconhecido apenas o destino do Trofim Chubar, irmão do membro do Bureão Político,
Vlas Chubar (ele próprio
fuzilado em fevereiro de 1939).
O marechal Yegorov,
retirado da lista, foi fuzilado (ou morreu na cadeia?) em 23 de fevereiro de
1939 (acusado de espionagem e participação na preparação do golpe do estado). É preciso notar, que
todas as pessoas da lista foram mais tarde reabilitadas, menos três oficiais do
NKVD, corresponsáveis pelos crimes estalinistas: Agranov, Bulakh e Leplevski.
Fonte:
Ver o autógrafo em
formato maior:
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http://historiamaximus.blogspot.pt/2013/03/assinatura-que-custou-138-vidas.html
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